No final de tarde da ultima sexta-feira (23 de maio de 2025), o falecimento de um dos maiores fotógrafos do mundo e do Brasil (senão o maior), Sebastião Salgado. Seu olhar sobre o Brasil exibia a beleza e as contradições de um país que possui uma riqueza incomum. Além da condição desigual em suas comunidades. Indo literalmente do Oiapoque ao Chuí, suas fotos retratavam como o Brasil é. Suas varias etnias e descendentes vindas da Europa, Asia e Oriente Médio, mas que mantiveram sua essência nacional.
Em especial os povos indígenas na Amazônia e a invasão de seus territórios por garimpeiros ilegais. Nascido em Aimorés (Minas Gerais) em 08 de fevereiro de 1944 e iniciando na fotografia em 1973. Suas fotos exibem uma beleza singular, como o Brasil é um país vasto. Onde o próprio povo desconhece suas riquezas e seus semelhantes. Fundou com a esposa Letícia Wanick, o Instituto Terra. De acordo com as informações da família, ele veio a falecer de leucemia grave. Doença que o atingiu em 2010 numa visita à Indonésia. De início, uma malária que evoluiu. Deixando a esposa, os filhos Juliano e Rodrigo, e os netos Flávio e Nara. Ele vivia em Paris (França). Além do Brasil, viajou o mundo.
Suas lentes retrataram os sete cantos do mundo. Mas o local que o mais impressionou foi a Amazônia. Onde relatou a diferença quando a registrou em 1980 e mais adiante nos anos 2000. Comentando: “É um privilégio. É um espaço com mais de 180 culturas e línguas diferentes. Sem dúvida o espaço amazônico possui a maior concentração cultural do planeta”. Exemplificado com a exposição e livro “Amazônia”, ocorrida em 2022. Completou dizendo: “A fotografia é a minha vida, o que penso, acredito, amo. Está tudo dentro dela”.
Uma linda reflexão sobre a própria vida e o trabalho que nos trouxe um país que pouquíssimos veem como é belo e farto. Que poderia ser melhor do que estamos vivenciando nos dias de hoje. Se quiser saber mais sobre Sebastião Salgado, veja o documentário “O Sal da Terra” de 2014, dirigido pelo cineasta alemão Wim Wenders em parceira com o filho Juliano Ribeiro Salgado. Na época foi premiado em Cannes e indicado ao Oscar como Melhor Documentário.
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