Ao estrear em 2023, a serie baseada no game homônimo “The Last of Us” se tornou um sucesso mundial. Já havia causado um reboliço nas redes sociais e nos consoles. Estrelada pelo mandaloriano Pedro Pascal e a jovem Bella Ramsey, que vivem os personagens principais Joel e Ellie respectivamente. Incorporaram os papeis de corpo e alma. Sua elogiadíssima primeira temporada, comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2023/03/a-1-temporada-de-last-of-us.html. O criador do game Neil Druckman e o da série Craig Mazin nos trouxeram com êxito o universo pós-apocalíptico do game para o live action de forma impecável. Agora em 2025, a continuidade do conto de Joel e Ellie.
Passados cincos anos, eles vivem em uma comunidade em Jackson (Wyoming). Tem como um dos líderes, o irmão de Joel, Tommy (Gabriel Luna). Este se estabeleceu e se casou com Maria (Rutina Wesley). Eles têm um filho, Benjamin. Já com 18 anos, Ellie está brigada com Joel. Ela deseja explorar o que há em volta da comunidade e participar das patrulhas que a protegem. Ele quer mantê-la por perto. Ao mesmo tempo, Ellie e Dina (Isabela Merced) estreitam sua amizade. Já que a segunda terminou o namoro com Jesse (Young Mazino) mais uma vez. Em meio a isso, uma ameaça invisível está se aproximando. No caso, Abby, feita por Kaitlyn Dever (da minissérie Netflix “Vinagre de Sidra, 2025”).
Ela está no encalço de Joe, como bem vimos ao final da primeira temporada, ele assassinou seu pai. Já que ia operar Ellie, para extrair sua imunidade. Ela é a única pessoa na face da terra que não é afetada pelo vírus. E no segundo episódio, “Through the Valley”, ela surge para se vingar. Ao mesmo tempo, um exército de infectados é despertado e ataca a comunidade. Abby confronta Joel e Ellie chega tarde demais. Ele está morto e a jovem jura que irá matá-la por isso. Assim temos o mote inicial da segunda temporada de “The Last of Us”. Que ao contario da primeira, segue os próprios passos. Onde o game é uma referência.
Os eventos que ocorrem lá, acontecem em outro momento na série. O contexto fortalece a relação dos personagens. Em especial Ellie e Dina. Dando espaço para Tommy dizer a que veio. Bem como Jesse, sendo mais do que o ex de Dina. Gabriel exibe sua liderança e como Joel o influenciou a ser quem é. Já Young mostra todo gratidão que tem pela comunidade e se mantem fiel a ela. Enxergando no bem de todos como sua benção. E a confiança que eles têm por Ellie. Apesar do seu jeito agressivo e as vezes egoísta, fará de tudo para salva-los de qualquer adversidade. Bella está ótima, como Ellie chegando à maturidade.
Confrontando Joel para saber a verdade de como ele a salvou. Somadas suas escolhas para ajudar as pessoas e amigos próximos. Os dois momentos são exemplificados no penúltimo episódio, “The Price”. Aqui entendemos a desavença dos dois. Ele é marcado pelos aniversários de Ellie até chegar aos 18 anos. Aqui temos uma reconstituição da sequência do game, com Joel a levando para um passeio no museu. Ao entrar na capsula da Apollo com gravação do áudio quando os astronautas partiram para o espaço. E o motivo da briga, o marido da psiquiatra Gail, vivida por Catherine O’Hara (de “Fantasmas Ainda se Divertem, 2024”), Eugene (com o veterano Joe Pantoliano no papel) foi alvejado por Joel.
Após ser mordido por um infectado. Ele queria se despedir da esposa, mas por seguir o protocolo, Joel não realizou seu último desejo. Sendo que ele prometeu faze-lo diante dele e de Ellie. Aqui Pedro exibe todo seu carisma e força dramática para ser o herói e o vilão da vez. Uma pessoa colocada no limite para sair de situações extremas. Sacrificando tudo e a todos para salvar a única pessoa que lhe importa. Mesmo que ela perca a fé nele e rompa os laços criados. A temática da série vai além do sentimento de vingança. Tanto por parte de Ellie, quanto de Abby. Exibe uma faceta fora dos muros de Jackson, que o perigo está mais próximo do que imaginam. Seja os Cicatrizes; sejam os Lobos, liderados pelo implacável Isaac (Jeffrey Wright). Não só os infectados. Mesmo no final dos tempos, o amor e o ódio ainda estão no coração daqueles que não sucumbiram a doutrinas utópicas. A humanidade como conhecemos ainda existe para poucos.
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