Uma das mais aguardadas adaptações estreou no fim de 2024 e arrebatou multidões nas salas de cinema ao redor do globo. Estamos falando de “Wicked”, musical de sucesso na Broadway, em cartaz desde 2003. Ganhou sua versão para a sétima arte por John M. Chu, que realizou o romântico “Podres de Ricos” em 2018. O musical de Stephen Schwartz e Winnie Hotzman foi adaptado pela própria Hotzman ao lado do roteirista Dana Fox para nos trazerem as origens das bruxas que fazem parte do universo de Oz. No caso, a bruxa má do oeste Euphaba e a fada boa Galinda. Elas são interpretadas por Cynthia Erivo e a cantora pop Ariana Grande respectivamente. Sendo um preludio dos eventos vistos no clássico “O Mágico de Oz (1939)” estrelado por Judy Garland.
Aqui temos uma pequena Elphaba (Karis Musongole) nascer, bem diferente dos pais e seus poderes aflorando. Por isso, quando adulta (Erivo) é enviada para a universidade Shiz, ao melhor estilo Hogwarts da saga Harry Potter, para desenvolver seus poderes. A recepção não é das mais agradáveis. Sua aparência verde e recatada afasta a todos. Com exceção da diretora e professora Madame Morrible (Michelle Yeoh, Oscar de Melhor Atriz por “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora, 2022”). Este sente que Euphaba é diferenciada em todos os sentidos da palavras. Em meio a isso, temos Galinda. Ela chama atenção de todos, por sua beleza natural e carisma. O caminho delas se cruzam, graças a Morrible.
Colocando as duas para dividirem o dormitório da universidade. A convivência não é pacifica. Já que Galinda praticamente tomando o quarto para si. Durante as aulas, Euphaba se destaca. O professor e historiador Dillamond (com a voz de Peter Dinklage, o Tyrion Lannister de “Game of Thrones”) se encanta pelo seu entusiasmo. Galinda entende que precisa se aproximar dela, já que Morrible chamou Euphaba para ser sua aprendiz. Algo que a própria deseja para si e ser uma grande feiticeira. E se Euphasa conseguir superar as expectativas de Madame, será concedido um encontro com o Magico de Oz em sua suntuosa morada. Ele é feito por Jeff Goldblum (o dr. Ian Malcolm da franquia jurássica).
Ao mesmo tempo, há um rumor em Oz, onde os animais falantes estão sendo aprisionados ou isolados. Fazendo que Euphasa tome uma atitude a respeito e entendendo que o mundo em que vive é uma ilusão. As aparências enganam. Daí o mote inicial da Parte Um de “Wicked”. Euphaba se tornando a Bruxa Má do Oeste e não porque era a maldade em pessoa que conhecemos. E sim, uma mulher convicta de seus ideais, que viu a verdade por trás das máscaras do Mágico e de sua mentora. Onde o mal é feito por aqueles que deveriam fazer o bem para todos. Ela decide enfrenta-los e se torna sua pior inimiga.
Chu nos traz como Euphasa não é a vilã da história. E sim Oz e Morrible que convencem a todos que eles são os bons e que farão de tudo para acabar com ela. No meio do fogo cruzado, Galinda. Ciente de toda história, mas conivente com a situação. Sentindo a perda da amiga e tenta ajuda-la ao seu modo. Cynthia está ótima como a heroína da vez e soltando a voz literalmente. O destaque fica para Ariana. Extremamente divertida e carismática, indo além do alivio cômico. O jeito que ela balança o próprio cabelo é hilariante. A cumplicidade em cena das duas é um deleite para o espectador, beira à perfeição. A cenografia e o figurino são deslumbrantes. Deixando o leque aberto para a vindoura Parte II, “Wicked For Good”, tem estreia prevista para novembro deste ano.
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