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A Cinebiografia "BETTER MAN" do superstar Robbie Williams

O rock'n'roll e a sétima arte possuem uma relação intrínseca. Desde os primeiros filmes do rei do rock Elvis Presley como “O Prisioneiro do Rock (1957)” e “Feitiço Havaiano (1961)”, passando pela Beatlemania como em “A Hard Day’s Night” que ganhou o título em nossa terra brasilis de “Os Reis do Iê-Iê-Iê” em 1964 e chegando em documentários como “Woodstock: 3 Dias de Paz & Música” de 1970 e mais recentemente com “Summer of Soul (ou Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)” de 2021. Este é considerado a versão negra de Woodstock e ocorreu no bairro do Harlem em Nova York, comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2022/04/o-documentario-summer-of-soul-ou-quando.html

Ao mesmo tempo, filmes sobre os ícones da música também se tornaram um bom tema para a tela grande do cinema. Exemplos recentes como “Elvis” em 2022, “Rocketman (2019)” baseado nas memorias de sir Elton John e “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury (2018)”. Com isso em mente, o britânico Robbie Williams produziu a própria cinebiografia “Better Man: A História de Robbie Williams (Better Man, 2024)”. Dirigido por Michael Gracey que realizou o empolgante musical estrelado pelo eterno Wolverine Hugh Jackman, “O Rei do Show (2017)”. Formando dupla com Williams, eles nos trazem o conto sobre o jovem que deseja ser famoso. A partir de uma frase dita pelo pai Peter Conway (Steve Pemberton), “Na vida, ou se você é alguém ou se é ninguém”. Os dois passam sua juventude, aqui Robbie é feito por Jonno Davies, fazendo imitações de Frank Sinatra em frente à televisão nos anos 80.

Sua rotina muda quando o pai abandona a família para tentar a sorte com a vida artística. Mesmo assim, ele perseverou em seu sonho de ser conhecido mundialmente. A chance surge com a entrada na boyband That That no início dos anos 90. Daí um salto para sua carreira musical, onde ele se destacou no grupo. Se deixando levar pela fama, faz loucuras e é convidado a sair do grupo. Ainda com status de popstar, conhece Nicole Appleton (Raechelle Banno). Vocalista da girlband All Saints, com quem engatou um romance. Como bem vimos, ele finalmente alcança o sucesso ao redor do globo terrestre. Canções como “Angels” e “Feel” ratificam isso. Inclusive elas pontuam no decorrer da película, exibindo a personalidade conflituosa de Robbie. O amor e o ódio caminham juntos.


Já que se ressente com a fuga do pai e mesmo com o distanciamento não afetou o carinho que sente por ele. "Feel" é um exemplo. Isso é exemplificado no excepcional plano sequência ao som do hit “Rock DJ”. Quando o grupo assina seu primeiro contrato com uma gravadora. Ao ser filmada, literalmente “fecharam” a rua Regent em Londres. Em “Angels”, traz toda tristeza pela perda da avó Betty (Alison Steadman).  Narrando a própria história e tendo Jonno como seu duble de corpo para o efeito de captura de movimentos. A opção do personagem ser um macaco ao melhor estilo César da franquia “O Planeta dos Macacos” se mostra acertada. Já que Williams acredita por sua incansável performance de palco e agitação se assemelham a um símio.


Bem eloquente e admitindo ser tudo o que dizem sobre ele. Um bad boy (mas de bom coração), rude, babaca e extremamente confiante de si. Abordando a depressão, a ansiedade, o alcoolismo e as drogas com uma sinceridade pouco vista por celebridades como ele. Ao contrário das cinebiografias citadas anteriormente, podemos chamar “Better Man” como uma divertida comedia baseada numa historia real. Já que Williams leva tudo com muito bom humor e certo sarcasmo, seu status de popstar aos 51 anos de idade. Deixando bem claro que o pai foi sua maior influencia e ao mesmo tempo, maior decepção. Isso o impulsionou a seguir em frente e no final, eles se reconciliam ao modo de Robbie. Simultaneamente, exorcizou seus fantasmas interinos no impactante show em Knebworth (2003), ao som de “Let Me Entertain You”.

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