A rebeldia montada em uma motocicleta já foi representada na sétima arte. O imortal Marlon Brando o fez no clássico “O Selvagem” em 1953 e o inesquecível James Dean em “Rebelde Sem Causa” em 1954. Para muitos, o filme que marcou o tema foi “Easy Rider: Sem Destino” de Dennis Hooper em 1969. Assim chegamos a “Clube de Vândalos (The Bikeriders, 2024”) de Jeff Nichols. Que adaptou o livro de fotos feito por Danny Lyon de mesmo título (1967) e nos traz o conto sobre um grupo de motoqueiros, adicionando um tom documental.
Registrado através das entrevistas realizadas entre os anos de 1965 a 1973 por Lyon, é feito por Mike Faist (“Rivais, 2924”), com Kathy Bauer Cross, interpretada por Jodie Comer (a Villanelle da série “Killing Eve”). Ela é casada com Benny Cross, com o Elvis Presley Austin Butler no papel, um rebelde como James Dean. Que ajudou o caminhoneiro Johnny Davis (o Venom Tom Hardy) a fundar o clube que dá nome à película. Quando este assistiu “O Selvagem” pela TV.
Os vândalos são um grupo de motoqueiros que começou pequeno em Chicago e foi crescendo ao redor da América. Homens brutos que não levam desaforos para casa, mas que são fieis entre si e suas famílias. A ideologia inicial era atravessar o país montados em suas motocicletas, curtindo com os amigos. Ao mesmo tempo, criando um forte vínculo entre seus membros. Com o passar do tempo, essa ideologia foi mudando. Novos membros entendiam como um modo para transgredir. Ser simplesmente violento e atirar em pessoas por não gostar delas.
Dai o mote inicial de “Clube dos Vândalos”. Ao contrario do que seu titulo diz, vemos um estilo de vida que foi se perdendo entre as gerações. Nichols exibe como uma sociedade fechada é formada e sua crença ganha novos paradigmas. Algo que seria mais voltado para um grupo de pessoas unidas pela sua paixão por motocicletas que se transforma num grupo violento e sem pudor. Um retrato de época como os EUA perdeu a “inocência”.
Comentários
Postar um comentário