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Há 25 Anos Atrás, com "CENTRAL DO BRASIL (1998)", O Cinema Brasileiro Deixa Sua Marca Internacional

A noite do ultimo domingo (05 de janeiro de 2025) entrou para a história do cinema brasileiro. Pela primeira vez, uma atriz brasileira levou para casa a estatueta do Globo de Ouro para Melhor Atriz em Drama. Estamos falando da fenomenal Fernanda Torres por sua atuação arrebatadora em “Ainda Estou Aqui (2024)”. Dirigido por Walter Salles, o filme se tornou um sucesso em nossa terra brasilis com mais de três milhões de espectadores ate a presente data. Um momento semelhante que ocorreu há 25 anos atras. O mesmo Salles dirigiu em 1998, “Central do Brasil”. Que também foi indicado para o Globo de Ouro daquele ano nas categorias “Melhor Filme Estrangeiro” e “Melhor Atriz em Drama” para a mãe da Fernanda, a nossa magistral Fernanda Montenegro.


Na época, o filme levou para a casa o primeiro e o segundo foi para Cate Blanchett por “Elizabeth (1998)”. A película também foi indicada ao Oscar nas mesmas categorias, só que não levou nenhuma estatueta. Porém, muitos dizem, quem devia ganhar como “Melhor Atriz” era Fernanda Montenegro. Ao invés de uma jovem Gwyneth Paltrow por “Shakespeare Apaixonado (1998)”. Voltando a “Central do Brasil”, o filme levou nosso país tupiniquim para o mundo. Ganhando o Urso de Ouro, sendo o primeiro filme brasileiro a recebe-lo, e o Urso de Prata para Fernanda Montenegro como Melhor Atriz no Festival de Berlim.

O BAFTA (Inglaterra) como Melhor Filme de Língua Não-Inglesa e o Festival de Cinema de Havana como Melhor Filme e Melhor Atriz, dentre outros. Dito isso, “Central do Brasil” conta a história da professora aposentada Dora (Montenegro) que escreve cartas para pessoas analfabetas na estação de trem que dá nome à película, na cidade maravilhosa Rio de Janeiro. Ela não é a pessoa mais paciente do Brasil, por isso, a perde com frequência. Escrevendo as cartas, mas não são colocadas no correio. Guardando-as na gaveta da sua cômoda ou simplesmente as rasga para joga-las no lixo. Sua rotina é alternada ao conhecer Ana (Sôia Lira) e seu filho, Josué (Vinicius de Oliveira).

Ela pede para Dora escrever uma carta para Jesus, seu marido e pai do menino. Com um pequeno detalhe: eles nunca se conheceram, mas aguarda um encontro entre ambos em breve. Logo em seguida, Ana é atropelada e morre na frente de Josué. Este passa a frequentar a estação atras de abrigo e comida. Dora revê o menino e fica preocupada. O levando para casa e mais tarde é convencida por Pedrão (Otávio Augusto), a entregar Josué para Yolanda (Stella Freitas). Sem saber que ela e o marido matam crianças para vender seus órgãos no mercado negro. Ao conversar com sua vizinha e melhor amiga Irene, com a saudosa Marilia Pera (1943 – 2015) no papel, se sente culpada. 

É alertada por ela que o casal possui negócios escusos. Correndo para resgata-lo. Promete leva-lo de volta para sua família no Nordeste e descobrir o paradeiro do pai. Daí temos o início de um vínculo que será forte para Dora e Josué. Ela, uma mulher solteira sem filhos e ele, um menino em busca de sua família e a saudade da mãe. Papel que coube à Dora substituir. Apesar de ser uma mulher experiente, desconhece o sentimento materno. Durante a viagem, o aprende e descobre que pode amar. Um road movie na sua essência, que percorre o nosso Nordeste. Ate seu destino final em Bom Jesus do Norte. A caminhada da dupla tem seus percursos, ao mesmo tempo, nutre o sentimento de amor mutuo. Sendo a força motriz de “Central do Brasil”. Trazendo a sensibilidade e a visão de Walter Salles sobre nosso país com todas nossas diferenças, podemos amar uns aos outros.



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