A corrida espacial sempre foi bem explorada pela sétima arte. Filmes como “Interestelar (2014)”, “Estrelas Além do Tempo (2016)” e “Primeiro Homem (2018)” são bons exemplos. Assim chegamos a “Como Vender A Lua (Fly Me To The Moon, 2024)”. Estrelado e produzido pela Viúva Negra do Universo Cinematográfico Marvel Scarlett Johansson e tendo ao seu lado, o galã Channing Tatum. Os dois fazem a estrategista de marketing Kelly Jones e o coordenador de voo da NASA Cole Davis respectivamente. A primeira foi contratada pelo misterioso oficial do governo dos EUA Moe Berkus, feito por Woody Harrelson (o Haymitch Abernathy da franquia “Jogos Vorazes”), para melhorar a imagem da NASA em frente ao povo norte-americano.
Já o segundo busca redenção por seus erros durante a missão da Apollo I, que vitimou os pilotos. Kelly é talentosa em sua profissão. Consegue vender o produto como poucas. Enquanto Cole é um grande piloto e engenheiro que trabalha para NASA, que auxilia outros como ele a conseguirem completar sua missão no espaço. A convivência inicial entre os dois é pouco amistosa. Cole enxerga que ela não vai ajudá-los como se imagina. Kelly prova o contrário, já que ele não quer participar disso. Contratando atores para personifica-lo e seu melhor amigo, o engenheiro Henry Smalls, com o veterano Ray Romano no papel. Isso e outras ações que melhoram a imagem da NASA, frente ao público.
Conseguindo patrocinadores como o relógio Ômega. Aos poucos, Kelly e Cole vão se entendendo. Juntando forças para conseguir apoio dentro do congresso dos EUA. Conversam com senadores que são contra os investimentos à corrida espacial. A parceria rende bons frutos até o momento que Kelly recebe uma proposta de Moe. O presidente está preocupado com que a Missão Apollo 11 não dê certo. Por isso, ela é instruída a criar um cenário em que a missão é bem sucedida. No caso, filmar o pouso na Lua. Contrariada, tem o auxilio de sua assistente e fiel escudeira Rubin (Anna Garcia), contratam Lance Vespertine (Jim Rash) para filmar o pouso falso. Daí o mote inicial de “Como Vender A Lua”, com direção de Greg Berlanti e roteiro de Rose Gilroy.
Eles nos trazem uma comedia romântica com ares de espionagem, como pano de fundo a corrida espacial. Além de exibir a emancipação da mulher, saindo da imagem de esposa perfeita e doméstica, para ser uma profissional tão competente quanto um homem seja na profissão que ela escolher. E colocando mais lenha na fogueira sobre o pouso na Lua. Muitos até hoje não acreditam este fato histórico aconteceu e que tudo foi forjado. Berlanti soube “brincar” com as imagens da época e o que foi criado para a película. Deixando bem claro que a história foi escrita realmente. A Guerra Fria entre os EUA e a então União Soviética ganhando um tom mais leve em “Como Vender A Lua”. Scarlet e Channing formam uma boa dupla, enchendo a tela com a competência e carisma característicos.
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