Vivemos tempos turbulentos. Sejam por guerras sem fim, seja pelo fato que as pessoas simplesmente descartam as outras. Como vimos recentemente na região metropolitana de São Paulo, um policial jogando uma pessoa de cima de uma ponte. Daí surgem animações como “Robô Selvagem (The Wild Robot, 2024)”, para nos lembrar que a humanidade não está só nas pessoas. Baseado na série de livros escrita de mesmo nome do autor Peter Brown, temos a robô ROZZUM 7134. Que num futuro próximo caiu em uma ilha no meio do oceano. E precisa conviver com a população local formada por animais. A nave que a transportava e outros como ela, foi atingida por uma forte tempestade.
Abatida, ela caiu sobre um ninho de gansos. Vitimando quase a todos, menos um ovo. Seguindo sua programação ao cuidar de um ser vivo. O pequeno nasce e ganha o nome de Bico-Vivo, apesar de todas suas tentativas, Bico-Vivo não a deixa em paz. ROZ cuida dele do filhote como se fosse sua mãe. Como a se alimentar, nadar e especialmente a voar. Com o intuito que ele esteja preparado para a migração que os gansos fazem na mudança das estações na ilha. Ao protege-lo, conhece a raposa Astuto, que tenta comer Bico-Vivo. A desconfiança inicial vai se tornando um forte vínculo entre os três.
Assim temos a trama inicial de “Robô Selvagem” dirigido por Chris Sanders, que adaptou o conto com o auxílio de Brown. Conhecido por animações como ‘Lilo & Stitch (2002)” e “Como Treinar Seu Dragão (2010)”. Juntos nos trazer uma história que reflete sobre maternidade, a diferença de raça e de gênero. Temas da atualidade, ao mesmo tempo, a presença da Inteligência Artificial em nosso cotidiano. ROZZ tem a voz de Lupita Nuong’o (a Nakia da franquia ‘Pantera Negra”), o mandaloriano Pedro Pascal é voz da raposa Astuto e o Bico-Vivo ganha a voz de Kit Connor (você vai lembrar dele como o pequeno Reggie Dwight / Elton John de “Rocketman, 2019)”. Para a dublagem brasileira temos Elina de Souza, Rodrigo Lombardi e Gabriel Leone respectivamente.
Nos passando a mensagem como estamos esquecendo que o amor é o que nos une. Mesmo diferentes, ROZZ, Bico-Vivo e Astuto formam uma família disfuncional de início, criam uma ligação forte e indivisível. Trazendo à tona, como a inferência do homem faz mal à natureza. Somada a dependência da tecnologia e a IA, faz com que perca sua humanidade. Praticamente programado para trabalhar e sobreviver. Isso é quebrado com o sentimento crescente de mãe por parte de ROZZ por Bico-Vivo. Ela “quebra” os protocolos de sua programação pelo amor que sente pelo pequeno ganso.
Deixando bem claro que não importam as dificuldades a sua nossa frente, precisam enfrenta-las. No caso, Bico-Vivo tem asas muito pequenas o que dificultam seu voo. ROZZ faz tudo para que ele consiga voar como se deve para sua sobrevivência. Com a ajuda de Pescoçudo, o líder dos gansos na ilha, Bico-Vivo consegue superar seus problemas de voo. Com a voz do veterano ator inglês Bill Nighy (o pirata Davy Jones da franquia “Piratas do Caribe”) e Carlos Campanile como sua voz brasileira. Catherine O’Hara (“Os Fantasmas Ainda Se Divertem, 2024”) é mãe gambá Cauda-Rosa que aconselha ROZZ na criação de Bico-Vivo e o eterno jedi Mark Hamill faz o urso Thorn. Rosa Maria Baroli e Francisco Junior são suas vozes no Brasil respectivamente.
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