Estamos em 1988, Tim Burton ainda estava engatinhando como diretor de cinema. Para se tornar o cineasta que bem conhecemos com seu olhar bem pessoal e estética única. Até então havia feito curta-metragens e seu primeiro filme, “As Grandes Aventuras de Pee-Wee” em 1985. Isso o credenciou para ser chamado a realizar a comedia com ares góticos “Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice, 1988)”. Onde vemos o jovem casal Adam e Barbara Maitland, vividos por Alec Baldwin e Geena Davis respectivamente. Sofrendo um acidente quando estão voltando para casa em Winter Rose (Connecticut). Eles acabam falecendo, só que não percebem na hora. Já que estão em sua morada.
Vão a uma espécie de mortuário do outro mundo, recebem um manual com instruções de como devem "viver" no além. Descobrem que seus espíritos estão vinculados à casa. Por isso, não ascendem para o céu. Isso muda com a presença da família Deetz. Eles compram a casa e passam a morar lá. Incomodados, Adam e Barbara buscam meios para expulsá-los. Chamando atenção de Lydia, com Winona Ryder no papel. Ela é a única que consegue enxerga-los. Ela alerta a madastra Delia (Catherine O’Hara) e o pai Charles (Jeffrey Jones), que não lhe dão a atenção devida. Lydia e Barbara se aproximam. Com a segunda enxergando na adolescente, a filha que não teve com Adam. Eles não conseguem tira-los da casa. Eis que surge, uma solução.
Na maquete montada por Adam, da cidade em que vivem, veem o anuncio de um exorcista de pessoas vivas. Um pequeno detalhe: eles precisam dizer seu nome três vezes. Aí temos a entidade Beetlejuice, interpretado por Michael Keaton. Sarcástico e carismático convence Adam & Barbara, que é o cara certo para o trabalho. Mesmo assim, ela suspeita de suas ações. Daí a trama inicial de “Os Fantasmas Se Divertem”. Com Tim exibindo sua veia gótica que se tornou sua marca registrada em filmes como “Edward Mãos de Tesoura (1990)” e “A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)”. Somado à presença de Keaton, que caiu como uma luva no papel. Comediante de mão cheia, deixando bem claro que ele é o seu interprete definitivo. Sarcasmo, humor negro e carisma.
A película ficou marcada pelo tom de humor pitoresco de Burton e uma sequência que se tornou antológica. Na mesa de jantar dos Deetz, a família e seus convidados literalmente dançam ao som de “Day-O (The Banana Boat Song)” de Harry Belafonte. Um misto de soul music e ritmos caribenhos. Que também embala o alegre final do filme com os Maitland e os Deetz vivendo pacificamente na casa. Com Lydia dançando no ar, “Jump in the Fire (Shake, Senora)” de Belafonte. “Os Fantasmas se Divertem” foi um grande sucesso, nos brindou com o talento do trio formado por Tim, Michael e Winona.
Com os dois primeiros firmando uma parceria nos filmes do Cavaleiro das Trevas, “Batman (1989)” e “Batman: O Retorno (1992)”. Ryder volta a trabalhar com Burton no tocante “Edward Mãos de Tesoura” e na animação “Frankenweenie (2012)”. E despontando com filmes como “A Fera do Rock (1989)”, “Drácula de Bram Stoker (1992)” e “Garota Interrompida (1999)”. E atualmente faz a perseverante Joey Byers da série Netflix “Stranger Things (desde 2016)”. Eles voltam a trabalhar juntos em "Beetlejuice Beetlejuice: Os Fantasmas Ainda Se Divertem" que estreia no próximo 05 de setembro.
Comentários
Postar um comentário