Pular para o conteúdo principal

O Novo Álbum do PEARL JAM, "DARK MATTER"

Desde que a pandemia foi melhor controlada ao redor do globo terrestre, a vida foi voltando ao normal. Isso possibilitou o Pearl Jam retomar sua agenda de shows e em meio a pausa, gravou as canções que compõem seu mais recente trabalho, “Dark Matter (2024)”. Lançado oficialmente na última sexta-feira (19 de abril), tivemos uma previa no dia 16, com o álbum sendo tocado nos principais cinemas do mundo. Incluindo nosso país tupiniquim. Foi uma sessão chamada “Global Theatrical Experience”. Sendo tocado duas vezes. A primeira ouvimos as 11 canções do disco, sem imagens. Já a segunda com animações digitais que as ilustram. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2024/04/pearl-jam-materia-escura.htmlFoi uma experiência única e diferente. 

Era como estar numa apresentação ao vivo e o êxtase de presencia-lo. Agora ouvindo mais atentamente “Dark Matter”, podemos avaliar cada canção.  Gravado no estúdio Shangri-La  (Malibu, Califórnia) do renomado produtor Rick Rubin. Abrindo os trabalhos com “Scared of Fear”, como descrevemos anteriormente, ela possui ares psicodélicos com pegada progressiva. Que vai num crescendo, para se tornar um rock pulsante. Já “React, Respond” é um ska rock pontuado pelo contrabaixo de Jeff Ament. A doce “Wreckage” tem uma atmosfera Tom Petty, uma espécie de homenagem ao cantor que nos deixou precocemente em 2017 aos 66 anos. Já a faixa que dá nome ao álbum, “Dark Matter”, é um rock ao estilo PJ. Bem cadenciado e pesado com solo cortante de Mike McCready.

Já “Won’t Tell” é a balada e não balada característica PJ. “Upper Hand” possui ares de Pink Floyd e poderia se encaixar na trilha de um filme de ficção cientifica. O duo de guitarras Stone Gossard e McCready tocam em perfeita sincronia. O mesmo vale para “Waiting For Stevie”, eles exibem uma sintonia como poucos. É um rock pungente que vai emocionar o público nas apresentações da banda. Já “Running” é um punk rock que serve como tributo aos Ramones nas palavras de Eddie. Em especial, Joey. De quem era amigo pessoal. Já “Something Special” é dedicada às suas filhas Olivia e Harper. 

Um country rock que lembra “The Last Kiss” de Wayne Cochran. Gravada para o disco beneficente “No Boundaries” em 1999 para as vítimas da Guerra do Kossovo. Vedder dividiu a composição com Josh Klinghoffer (ex-guitarrista dos Red Hot Chili Peppers), que também participou das suas gravações. O lado rock’n’ roll do PJ volta com tudo na vigorosa “Got to Give” e fechando os trabalhos com a reflexiva “Setting Sun”. Uma ode de Eddie que está chegando aos 60 anos. E mesmo assim, ainda se sente jovem como no começo de carreira.

Servindo como uma referência para o álbum. O PJ se tornou a influência para uma nova geração. Assim como seus ídolos os Beatles, os Ramones, os Rolling Stones, Led Zeppelin e Pink Floyd. “Dark Matter” acaba sendo um balanço sobre a carreira do grupo. A presença do produtor Andrew Watt ratifica isso. Um grande fã do PJ, ele quis leva-los de volta ao universo musical deles de um passado não muito distante. Onde o bom e velho grunge se faz presente. Somado ao amadurecimento de Eddie, Stone, Mike, Jeff e do batera Matt Cameron, no grupo desde 1998, como músicos.  Onde temos um disco com o mais puro rock’n’roll. Deixando bem claro que a chama interna deles está longe de se apagar.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do ...

Millie Bobby Brown é "ENOLA HOLMES (Netflix)"

Sherlock Holmes é um dos personagens da literatura mais adaptados, tanto no cinema quanto na televisão. O mítico ator Peter Cushing imortalizou o personagem e mais tarde o Homem de Ferro Robert Downey Jr. assumiu o cachimbo e o violino nos filmes “ Sherlock Holmes (2009)” e “ Sherlock Holmes: Jogo de Sombras (2011)”. Junto a ele, antes de se tornar o mago Doutor Estranho do UCM, Benedict Cumberbatch interpretou Holmes na serie britânica “ Sherlock (2010 a 2017)”.  Inclusive houve uma versão para os dias de hoje com o seriado “ Elementary (2012 a 2019)” com Jonny Lee Miller (o Sick Boy de “ Trainspotting: Sem Limites , 1996”) no papel.  Agora chegou a vez do Homem de Aço Henry Cavill dar a graça como o detetive mais perspicaz e inteligente do planeta.  Só que desta vez ele não é o principal. No caso, sua irmã mais nova Enola. Feita por Millie Bobby Brown , a Eleven da série Netflix “ Stranger Things (desde 2016)”. Onde ela retoma a parceria com o canal das redes socia...

O Provocativo "TITANE"

O cinema francês sempre surpreende, com obras que nos fazem refletir sobre a condição humana. Seja com François Truffault ou movimento Novelle Vague com Jean Luc Goddard, trouxeram um novo olhar sobre o que é ser uma pessoa na sociedade que vivemos. Estamos falando dos anos 60 e 70, onde tivemos uma revolução cinematográfica tanto no velho continente como nas Américas. Agora no século XXI, uma nova geração formada por Julia Ducournau com sua perspectiva sobre a humanidade em “ Titane (2021) ”. Ela se destacou no primeiro trabalho “ Grave ” em 2016, onde temos uma jovem estudante de medicina interessada em canibalismo.  Agora com “ Titane ”, Ducournau nos traz a pequena Alexia em viagem com pai e por distrai-lo, sofrem um acidente de carro.  Ela bateu a cabeça e precisou de uma cirurgia de emergência para colocar titânio para reconstruir seu crânio. Ganhando uma bela cicatriz acima da orelha. Após passar por uma longa recuperação, ao ver o carro que quase a matou, ela simples...