Dando continuidade à nova tradição da Disney em adaptar seus desenhos clássicos para ganharem suas versões live-action. Iniciado em 2010 com “Alice no País das Maravilhas”; e em “Cinderella (2015)”, “Mogli: O Menino Lobo (2016)”, “A Bela & A Fera (2017)”, “O Rei Leão (2019)” e “Pinóquio (2022)”. Agora chegou a vez do menino que não deseja crescer Peter Pan. O filme é de 1953, numa nova roupagem dirigida por David Lowery, que adaptou o conto ao lado do roteirista Toby Halbrooks. Além de trazer o personagem, ele divide a cena com Wendy Moira Angela Darling, interpretada por Ever Anderson (que fez a versão adolescente de Natasha Romanoff em “Viúva Negra, 2021)”. Já no papel de Peter temos Alexander Molony. Os irmãos de Wendy, Michael e John, são feitos por Jacobi Jupe e Joshua Pickering respectivamente.
Seguindo o formato original, Lowery e Halbrooks, apresentam os personagens criados por J.M. Barriem entitulado “Peter Pan & Wendy (2023)”. Aqui eles apostam num tom mais maduro para a história. Temos a clássica abertura com a chegada de Peter ao quarto dos irmãos, perseguindo sua sombra. A pequena fada Sininho (Yara Shahidi) o acompanhando e despejando seu pó magico sobre eles para irem até a Terra do Nunca. Sua morada ao lado dos garotos perdidos. Assim como Peter, eles fugiram de seus lares. Enfrentando constantemente o inimigo de Peter, o Capitão Gancho. Temos Jude Law (o Albus Dumbledore da franquia “Animais Fantásticos”) como o cruel pirata. Aqui vemos uma Wendy que não deseja sair de casa, pois está de saída para estudar em um internato.
Aqui temos o mote para “Peter Pan & Wendy”, o dilema que todos passam quando deixamos de ser criança para a fase adolescente e consequentemente adulta. Ela prefere ficar onde é feliz e onde não há surpresas inesperadas. O medo pelo imprevisível. É o questionamento que temos quando deixamos para trás o momento que vivemos debaixo das asas de nossos pais. Para criarmos as nossas e termos voo próprio. Que me faz lembrar uma frase dita pela mãe deste que vos escreve: “Não criei meus filhos para ficarem comigo. Criei para eles voarem sozinhos”. Isso justifica a maior participação de Tigrinha (Alyssa Wapanatâhk). Uma personagem mais adulta e dando maior representatividade ao povo indígena.
Uma reflexão que a película nos traz. O medo faz parte da nossa jornada. Mas que ele não deve ditar nosso destino. E sim supera-lo para conseguirmos ser o que sonhamos. Além disso, aprofunda a relação entre Peter e Gancho. Indo além da rivalidade que bem conhecemos, há um sentimento de rompimento entre eles. Isso dá oportunidade de Law a desenvolver mais seu personagem. Saindo da caricatura que o marca, na medida certa a pegada cômica e a mais séria que lhe característica. Completa o elenco Molly Parker como a mãe de Wendy,Mary; Alan Tudyk (a voz do droide K2SO de “Rogue One: Uma História Star Wars, 2016”) é o pai George e Jim Gaffigan faz o atrapalhado imediato de Gancho, Smee.
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