O drama de guerra "NADA DE NOVO NO FRONT"

As guerras sempre renderam bons filmes no cinema. Alguns deles se tornaram clássicos do gênero como “O Mais Longo dos Dias (1962)”, “O Franco Atirador (1978)”, “Platoon (1986)” e “O Resgate do Soldado Ryan (1998)”. Mais recentemente tivemos “Dunkirk (2017)” e “1917 (2019)”. Pegando carona neste ultimo, o canal de redes sociais Netflix produziu “Nada de Novo no Front (All Quiet on Western Front, 2022)”. Baseado no romance homônimo escrito por Erich Maria Remarque em 1929, quando lutou na Primeira Guerra Mundial pela Alemanha. Que chegou a ser adaptado em 1930 para o cinema e levou o Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor para Lewis Milestone daquele ano. 

Agora é a vez do cineasta alemão Edward Berger, trazer sua versão para este conto. Junto aos roteiristas Ian Strokell e Lesley Paterson, conhecemos o jovem Paul Bäummer, feito por Felix Kammerer, se alistando ao Exercito Imperial da Alemanha. Junto aos amigos, Paul se encanta com a vida militar. Acreditando que está defendendo seu país, lutando pela sua liberdade em nome do então kaiser Wilhelm II. Ao chegar ao campo de batalha, se depara com a realidade da vida nas trincheiras de guerra. No primeiro dia, vivencia seus horrores. Num bombardeio, reconhece uma das vitimas. Ela é um dos amigos de infância que se alistaram.

Com o passar do tempo, Paul descobre que foi iludido. O medo constante da morte  e o banho de sangue que vê todos os dias nas trincheiras. Ele luta para sobreviver juntamente com seus companheiros e percebem que a guerra não é brincadeira. Fora dali, temos o politico Mathias Erzberger, interpretado por Daniel Brühl (o General Zemo do Universo Cinematográfico Marvel), que está lutando pelo armistício para terminar o conflito de uma vez por todas. Berger explora o discurso heroico vindo do clima de guerra. Onde os jovens se deixam iludir que irão salvar sua nação de um regime ditatorial.

Deixando bem claro, contra o que estão lutando. O medo da morte eminente, o egoísmo, a ansiedade para sair das trincheiras e voltar para casa. Berger aproveita o discurso pacifista de Remarque para ratifica-lo em cena, sendo representado por Paul. Este são os olhos do publico, testemunhando de quem está nos campos de batalha não há glamour como se imaginava. Juntamente, com o pior das atitudes de pessoas que estão ao seu redor. Sejam decisões certas e na sua maioria, erradas.