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Daisy Ridley é "OFÉLIA (2018)"

William Shakespeare é um dos autores mais adaptados no mundo artístico. Seja no teatro, na televisão e na sétima arte. Sir Laurence Olivier, um dos maiores atores de todos os tempos, o fez nos palcos teatrais e na tela grande do cinema. Mais recentemente o norte-irlandês Kenneth Branagh nos trouxe a literatura de Shakespeare nos anos 80 e 90 com “Henrique V (1989)” e “Hamlet (1996)” e o italiano Franco Zefirelli também adaptou “Hamlet (1991)” com mad Mel Gibson no papel. Esta é uma das obras mais populares de Shakespeare, ganhando uma nova perspectiva com o romance “Ofélia (Ophelia)” de Lisa Klein.

Onde temos a visão da amante de Hamlet, sobre o trágico conto do príncipe da Dinamarca. De acordo com seu olhar, Ofélia foi acolhida pela Rainha Gertrude como uma das suas damas de companhia. Por ser órfã, é discriminada pelas outras e ainda sofre pela falta de etiqueta. Mesmo assim, se destaca por ser uma voraz leitora de livros. Por isso, ela tem uma posição privilegiada ao lado da rainha. O que lhe dá proximidade e acesso aos planos de Claudius em assumir o trono. Somada a chegada de Hamlet, após uma viagem e o inicio do relacionamento deles. Essa é a trama inicial de “Ofélia” adaptada por sua autora e o roteirista Semi Chellas ao lado da diretora Claire McCarthy em 2018. 

Com Daisy Ridley, a cavaleira jedi Ray da saga Star Wars, no papel e Naomi Watts como Gertrude, Clive Owen (“Projeto Gemini, 2019”) faz Claudius e George McKay (“1917, 2019”) é Hamlet. Ao contrario da obra de Shakespeare, ao invés da clássica fala teatral temos um tom mais moderno de seus personagens. Aqui Ofélia ganha um novo formato, saindo da loucura que a marcou, causada pela atitude errática de Hamlet. Este momento é substituído por devaneios da personagem, onde sua imaginação se mistura com o que acontece ao seu redor. 

Ridley com o carisma característico, exibe isso muito bem. Originalmente Ofélia se afoga, desta vez seu destino final é incerto. Klein em suas obras buscam descontruir a literatura de Shakespeare, focando em seus personagens femininos e mostrando sua relevância dentro do mundo shakespeariano. Ao mesmo tempo, aproxima-la do publico jovem. Naomi com a competência de sempre, interpreta a Rainha que ganha uma irmã gêmea na trama. 

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