Mitos do cinema como o enigmático Orson Welles, o mestre do suspense Alfred Hitchcock e o empreendedor Walt Disney tiveram momentos de suas vidas reproduzidas na tela grande do cinema. Com “Mank (2020)”, “Hitchcock (2012)” e “Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2014)” respectivamente. O fascínio em descobrir suas facetas atrás das câmeras sempre fez parte do imaginário dos amantes do cinema e uma das suas figuras mais emblemáticas ganha uma película para chamar de sua. No caso, estamos falando da musa Marilyn Monroe. Seu nome de nascença é Norma Jean Baker, ela surgiu como modelo fotográfica. Posando para calendários e anúncios de produtos, ela conseguiu uma oportunidade no cinema nos anos 50 com papeis pequenos em filmes como “Só A Mulher Peca (1952)” e “Almas Desesperadas (1952)”.
Mais tarde descobriram quando modelo, posou nua e assim aguçou a curiosidade de todos e se tornou a sex symbol que conhecemos em “Os Homens Preferem As Loiras (1953)”, “Como Agarrar Um Milionário (1953)” e o clássico “O Pecado Mora ao Lado (1955)”. Este com a antológica cena com seu vestido levantado pelo exaltador de ar do metrô de Nova York. Assim Marilyn se tornou o mito que bem conhecemos até o fim fatídico ao morrer de overdose de remédios. Dai surge “Blonde (2022)” baseado no romance de mesmo nome com ares biográficos de Joyce Carol Oates, que foi adaptado por Andrew Dominik e assumindo a cadeira de diretor. Cineasta australiano conhecido por bons trabalhos como “O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (2007)” e “O Homem da Máfia (2012)”, nos traz seu olhar sobre Marilyn.
Para encarna-la temos a igualmente bela Ana de Armas. A atriz cubana transparece a força e o sentimento de Marilyn ao ter sua imagem explorada, só focada em sua beleza. Desprezando seu talento como atriz. A femme fatale do noir “Torrentes de Paixao (1953)” e a cantora na comedia romântica “Nunca Fui Santa (1956)”, por exemplo. Junto a isso, ela queria se aprimorar artisticamente. Entre fatos e boatos, Dominik exibe um retrato sobre a atriz que teve vários problemas emocionais na vida. A relação conflituosa com a mãe Gladys, feita por Juliane Nicholson (da série HBO “Mare of Easttown, 2021”) na infância. Entre idas e vindas, vemos Marilyn se relacionar com vários homens.
Entre eles
Charles “Cass” Chaplin Jr. e Edward
G. “Eddie” Robinson Jr., feitos por Xavier Samuels e Evan Williams respectivamente. Herdeiros de grandes nomes de
Hollywood e o que se sabe realmente é que Marilyn se relacionou apenas com o
primeiro. Com a chamada “liberdade
criativa”, Andrew forma o
trisal. Como os três nomeiam a relação aberta deles. Somada aos conflitos
internos de Marilyn, ela deseja seu reconhecimento como atriz. Sendo mais do
que um “rostinho bonito”. Onde é assediada
e abusada em todos os sentidos. Dominik
exemplifica isso, quando faz teste de cena com um produtor em seu escritório. Ela
é estuprada e a secretaria do lado de fora, é testemunha involuntária do ocorrido.
Com Joe DiMaggio (Bobby Cannavale), a relação abusiva vivida com o ex-jogador de beisebol no casamento. Extremamente Ciumento. Já que ela chama atenção de todos. Com Arthur Miller, feito por Adrien Brody (Oscar de Melhor Ator por “O Pianista, 2002”), um relacionamento mais ao gosto dela. Conseguindo se afastar da sua personagem. Os abortos que ela fez em pró da carreira, ganham mais ênfase. Aqui temos um retrato sobre a mitologia entorno de Marilyn. Com Norma Jane a vivendo em seus altos e baixos. Focando mais em seus conflitos internos, ela tenta separar Marilyn da sua pessoa para viver plenamente. Ao mesmo tempo, se mostrar relevante no cinema. Além da imagem imposta por Hollywood. A atuação de Ana é um show a parte.
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