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"DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA", o Universo Cinematográfico ganha novos contornos

Como bem diz Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) ao jovem Peter Parker (Tom Holland) em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021)”, o Multiverso é um conceito que pouco se sabe a respeito. Por isso é muito perigoso mexer com ele. Vimos suas consequências no último filme do amigo da vizinhança. Peter ao lado de suas versões de seus respectivos universos, Tobey Maguire e Andrew Garfield, conseguido arrumar as coisas. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2021/12/o-multiverso-chega-com-tudo-em-homem.html. Ele perdeu a tia May (Marisa Tomei) e todos esqueceram sua existência. Incluindo a namorada M.J. (Zendaya), seu melhor amigo Ned (Jacob Batalon) e o próprio Mago Supremo, Doutor Estranho (Cumberbatch).

Este foi alertado pelo amigo mago Wong (Benedict Wong) a não fazer uso do feitiço que mexe com a estabilidade do Multiverso. Como bem vimos na cena em que Peter pede a Strange para ajudá-lo em apagar a memória das pessoas sobre sua identidade secreta como Homem-Aranha. Diz a Wong que não fará, quando na verdade, acaba realizando como você bem sabe. 

Stephen dá a entender que já mexeu com isso e tem o controle necessário para fazê-lo. Daí o mote inicial para o novo filme do Mago Supremo, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (Doctor Strange and the Multiverse of Madness, 2022)”. O Multiverso foi introduzido ao Universo Cinematográfico Marvel em “Vingadores Ultimato (2019)”, onde os mais poderosos heróis da Marvel viajam no tempo e no espaço para reverter o estalar de dedos do titã louco Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita (2018)”. 

Após isso a Casa de Ideias resolveu se aprofundar no assunto com a série “Wandavision (2021)”. Com o pós dos eventos de “Ultimato” na perspectiva de Wanda Maximoff, com Elisabeth Olsen retornando ao papel e assumindo sua persona como Feiticeira Escarlate. A Marvel decidiu aproveitar o tema e transforma-lo em uma trilogia com a segunda parte em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” e encerrada agora com “Multiverso da Loucura”. Para assim integrarem o Universo Cinematográfico Marvel. Em meio a isso, tivemos a série do deus da trapaça “Loki (2021) “e a animação “What If (2021)”, onde o Multiverso foi bem explorado em ambas e mencionados no novo filme do Mago Supremo.

Por causa do “Blip”, como ficou conhecido o estalar de dedos de Thanos, Stephen (Cumberbatch) não é mais o Mago Supremo, por ter sido uma de suas vítimas. Wong assumiu sua posição. E logo de cara na abertura da película, somos apresentados à jovem America Chavez (Xochitl Gomez) e a versão de Stephen Strange em outro universo. Os dois estão percorrendo o Multiverso, fugindo de uma criatura mística. Eles estão em busca do Livro de Vishanti, que contem feitiços para deter tais criaturas. 

Durante o embate, Strange é morto e America usa seus poderes para escapar. Descobrimos que ela é capaz de viajar entre os Multiversos. Chegando a nossa realidade, onde vemos Strange, como um dos convidados no casamento de sua amiga, a medica Christine Palmer (Rachel McAdams). Ele precisa sair de lá, pois pressente uma presença maligna na cidade. Ao olhar para rua, vê pessoas assustadas. Carros e ônibus sendo destruídos. Como mestre das artes místicas, revela a verdadeira identidade do agressor. É a criatura Gargantos e está atrás de America. Sendo resgatada por ele e Wong, este surge de última hora. Em uma sequência empolgante, subjugam Gargantos.

Intrigados com a presença de America, ela explica quem é e revela a Stephen, seu outro eu do universo que a salvou. Wong retorna ao templo em Kamar-Taj com America como sua protegida. Já Strange vai até Wanda (Elisabeth Olsen) em busca de auxilio e maiores conhecimentos sobre o Multiverso. Ao conversarem, ele descobre a verdade dos fatos. É Wanda que está perseguindo America. Ela quer os poderes da jovem para viajar entre as realidades do Multiverso e chegar aos filhos Billy e Tommy. Com Julian Hillard e Jeff Klynne reprisam seus respectivos papeis em “Wandavision”. Assim temos o enredo para a nova aventura de Strange, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”.

Com roteiro de Michael Waldron, este responsável por “Loki”, soube conectar os eventos de “Wandavision” com o que acompanhamos na jornada de Stephen e America pelo Multiverso. E Sam Raimi assumindo a cadeira de diretor, temos aliado a isso uma pegada mais voltada ao suspense e terror característico do cineasta. Conhecido pelo cult anos 80 “Evil Dead: Uma Noite Alucinante” e a trilogia do Homem-Aranha nos anos 2000, Raimi possui a experiência necessária para se aprofundar em seus personagens. No caso Wanda e Stephen.

O trauma em Westview e o livro negro Darkhold afetaram Wanda. Ela se transformou na Feiticeira Escarlate, como profetizou Agatha Harkness (Kathryn Khan), a destruidora de mundos. Já Stephen, ao se encontrar com seus respectivos eus de outras realidades, percebe que não é tão feliz quando questionado por Christine no começo da película. Ele abriu mão de uma vida normal para ser quem é neste momento e não conseguiu se declarar para a pessoa que mais ama no mundo. Tanto Elisabeth quanto Benedict nos transmitem isso em cena. Os embates entre os dois são excepcionais. Finalmente vemos o real poder de Wanda e como Stephen aprimorou os deles. A arrogância está presente, mas o bom senso prevalece.

Em especial, no ato final. Ele não precisar sacrificar a vida de America para salvar o dia. E sim, orienta-la a descobrir a como usar seus poderes. Com muito carisma e desenvoltura, Xochitl deixa sua marca e deve aparecer mais no Universo Cinematográfico Marvel. Assim como Raimi, convidado pelo Marvel Studios, ele traz seu estilo único dentro do UCM. Como poucos, sabe unir suspense e terror como faziam antigamente. Em especial quando Stephen e America são apresentados aos Illuminati. Grupo de heróis que ajudam a manter o Multiverso estável em suas respectivas realidades. Aqui temos, Mordo mais uma vez interpretado por Chiwetel Ejiofor.

Junto a ele, temos o retorno de sir Patrick Stewart como Professor Charles Xavier e Lashana Lynch, a Monica Rambeau agora como a Capitã Marvel daquela realidade. E unindo o UCM às series de TV com a participação de Anson Mount, o Raio Negro de “Inumanos (2017)” e Hayley Atwell é a Capitã Carter de “What If”. Uma das surpresas do filme, John Krasinski (da franquia “Um Lugar Silencioso”) é Reed Richards, o senhor fantástico do “Quarteto Fantástico”. Este surgiu em meio a boatos entre fãs que o imaginavam no papel ao lado da esposa Emily Blunt, ela como Sue Richards, a “Garota Invisível”. E assim formarem o casal para novo “F4”. Considere isso apenas uma hipótese. Pois a única informação oficial é que a estreia dos heróis fantásticos no UCM está prometida para 2023.

Como você já está cansado de saber, o UCM faz uso de cenas pós créditos. Seja para dar uma ideia do que veremos a seguir. Seja a continuidade dos eventos vistos e/ou relacionado à atual fase. No caso estamos na Fase IV, iniciada com o filme da “Viúva Negra” em 2021. Em “Multiverso da Loucura” temos duas. Na primeira, após acertar o espaço-tempo no Multiverso, Strange saiu do Sanctum para passear pelo bairro. Eis que surge Clea, feita pela musa Charlize Theron. Uma bruxa que vive na Dimensão Escura e alerta que após os atos do Mestre das Artes Místicas, é preciso que ajeite as coisas por lá também. Já na segunda é o senso de humor típico de Raimi e ao mesmo tempo, uma homenagem a um dos seus maiores parceiros no cinema.

Estamos falando de Bruce Campbell, o eterno Ash de “Evil Dead”. Ele é um vendedor ambulante que surge em um dos universos visitados por Strange e America. Após uma discussão entre eles, Stephen solta um feitiço, onde ele fica se esmurrando continuamente. Posteriomente, volta à cena e para de se bater. E diz “Acabou! (It’s Over!)”.  Assim os créditos se encerram.

OBSERVAÇÃO: Para quem viu a trilogia “Evil Dead: Uma Noite Alucinante”, vai entender a referência.  Ash está isolado numa cabana no meio de uma floresta sinistra e acaba achando o “Livro dos Mortos”. E sem querer desperta o mal que existe nele. Um espirito maligno que tenta domina-lo. No confronto, briga com o próprio corpo. Até que resolve cortar a própria mão para encerrar o assunto. Um pequeno detalhe: na falta de um machado ou coisa do tipo, Ash usa uma serra elétrica. Dá para imaginar o que ocorre depois.


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