Na ultima segunda-feira (10 de janeiro de 2022) faz seis anos que o eterno camaleão do rock David Bowie nos deixou e no ultimo 06 de janeiro, se estivesse vivo completaria 75 anos (06.01.1947). Em 2020, tivemos o autobiográfico “Stardust”. Uma cinebiografia que não teve autorização da família de Bowie, neste caso seu filho mais velho Duncan Jones. Onde o legado musical de David não pode ser ouvido e tocado na película. Que conta sua trajetória quando foi à terra do tio Sam pela primeira vez para divulgar seu trabalho. Até então, ele não era reconhecido como artista.
Ficando restrito à Inglaterra e ao circuito musical europeu. Sentindo necessidade de ampliar seus horizontes e mostra aos norte-americanos que possui influência de seus principais nomes da música como o Rei do Rock Elvis Presley, o blues do Mississipi e a soul music da Motown. Assim viaja para lá, onde faz shows acústicos no circuito alternativo. Ou seja, convenções, pequenos bares e clubes noturnos. Bowie é interpretado por Johnny Flynn, que fez o jovem Albert Einstein na série National Geographic “Genius” em 2017.
Divulgado o álbum “The Man Who Sold The World”, onde Bowie está usando um vestido na sua capa. Estamos em 1971 e ao lado do representante da sua gravadora nos EUA Ron Oberman (Marc Maron), que lhe programa uma agenda com shows e entrevistas para promove-lo. Assim deixa a esposa Angie, feita por Jena Malone (a Johanna da franquia “Jogos Vorazes”) gravida na Inglaterra. De temperamento forte, não se conforma por não estar com o marido na América.
Nos
EUA, David é constantemente confundindo com uma mulher, por causa de seu
visual. Longos cabelos loiros, roupas esvoaçantes e um rosto delicado, quem o
vê fica com uma pulga atrás da orelha. Mesmo assim, ele segue em frente, mesmo
quando tudo parece que não vai dar certo. Perseverante, Oberman é um grande
admirador do seu trabalho e faz tudo para que o som de Bowie conquiste os
corações e mentes dos norte-americanos.
Por não ter consigo um visto de trabalho, David viaja no carro de Oberman pelos EUA e dormindo na casa dos pais dele. Ao mesmo tempo, preciso lidar com o sentimento de dor por deixar seu irmão mais velho Terry (Derek Moran), internado em uma instituição psiquiátrica. Já que foi diagnosticado com esquizofrenia. Isso o inspirou a compor o disco, porém seu maior medo é que isso o prejudique ao compor. Sem esquecer que um pouco dessa loucura é um dos fatores de sua criatividade. Isso o impulsiona a sempre se reinventar. Um passo para sua persona como o rockstar Ziggy Stardust.
Daí o mote inicial para “Stardust”. Dirigido por Gabriel Range, que escreveu o roteiro ao lado de Christopher Bell, para juntos nos trazer este conto envolto ao misticismo e as lendas urbanas sobre o Thin White Duke. Como o filme não teve autorização da família para saber mais sobre os fatos da época e não podendo usar o cancioneiro de Bowie, sua dramaticidade se perde em rumores. Junto aos relatos de Ron, que veio a falecer em 2019, vítima de câncer. “Stardust” é um retrato sobre como David não se via como a personalidade que revolucionaria o mundo da música e da moda como o fez a partir do antológico “The Rise and Fall of Ziggy Stadust and the Spiders From Mars” em 1972.
Duncan
comentou no seu twitter, após saber de uma reportagem do Hollywood Reporter a respeito do filme: “Ninguém concedeu direito de utilização das
músicas para uma biografia... Eu saberia disso. Não estou dizendo que este filme
não vai acontecer. Eu, sinceramente, não sei. Estou dizendo que, do jeito que
está, este filme não terá nenhuma música do meu pai, e não consigo imaginar
esse cenário mudando. Se você quiser ver uma cinebiografia sem as músicas dele
ou a bênção da família, esta é uma escolha sua”. Tanto ele quanto a
família, respeitam o desejo do pai em que sua vida e obra não virassem filme.
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