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"007: SEM TEMPO PARA MORRER", A Despedida de Daniel Craig

O momento chegou. Apesar de ainda estarmos vivendo a pandemia da Covid-19. Todos no nosso planeta azul estão voltando à boa e velha rotina com novos hábitos de higiene. Isso conseguiu deter o agente secreto com licença para matar mais famoso do cinema a ficar de quarentena. Estamos falando de James Bond. Com data inicial para abril de 2020, seu último filme “007: Sem Tempo para Morrer (007: No Time to Die, 2021)”, teve sua estreia adiada várias vezes no decorrer do ano. Até ser definida para o fim de 2021, mas com a situação mundial se estabilizando, ela foi antecipada. 

Chegando agora nas melhores salas de cinema da sua cidade. Começando de onde terminou “007 Contra Spectre (2015)” com Bond (Daniel Craig) se aposentando para viver ao lado de Madeleine Swann (Léa Seydoux). Porem antes somos introduzidos a uma sequência de abertura angustiante com o passado de Madeleine vindo à tona. Junto a isso, o vilão da vez, Lyutsifer Safin. Interpretado por Rami Malek (Oscar de Melhor Ator por “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury, 2018”). Onde criam uma conexão que se justifica ao longo da película. Em especial no tenso ato final e uma revelação que irá mudar toda a franquia daqui para frente ou não. Bond e Swann estão em Matera, interior da Itália.O amor está no ar, com o passado deixado para trás.


Ela o intima para enterra-lo de vez, já que o tumulo de sua primeira amada, Vesper Lynd está próximo. James se dirige até lá para encerrar de vez. Junto a um rito da cidade, onde queimam um papel escrito com seus maiores segredos pessoais.  De repente, o jazido explode. Ele descobre que Spectre está no seu encalço. No caso, seu irmão de criação Blofeld (Christoph Waltz). Como toda abertura dos filmes de 007, ela é empolgante e deixar os nervos à flor da pele. Vemos que apesar de aposentado, Bond ainda tem a pegada como agente de campo. Ele suspeita que Madeleine o traiu e a coloca no primeiro trem, logo em seguida, desaparece no meio à multidão. Passados cinco anos, Bond está na Jamaica. 

Tudo segue tranquilamente até que recebe a visita do velho amigo da CIA, Felix Leiter (Jeffrey Wright, a voz do Vigia da série animada Marvel “What If?, 2021”). Este lhe diz que precisa da sua ajuda para encontrar um artefato que ameaça à paz mundial e a humanidade. Uma toxina capaz de eliminar uma pessoa através do seu DNA, com um simples aperto de mão. No caso, uma nanotecnologia com pessoas que possuem o mesmo tipo sanguíneo ou relação familiar chamado "Heracles". Trabalhando como colaborador, Bond vai até Cuba. Lá se encontra com Paloma (a bela Ana de Armas do filme Netflix “Sergio, 2020”), seu contato local. Os dois se dirigem para uma festa. 


Descobrem que agentes da Spectre estão presentes e o cientista Valdo Obruchev (David Dencik), que desenvolveu o projeto Heracles, no laboratório do MI6. Este foi roubado por uma pessoa misteriosa que deseja usá-lo como uma arma de destruição em massa. Sendo testado com presença de pessoas que fazem parte da Spectre e a distância, Blofeld cumprimenta Bond. Em meio a ação, conhece sua substituta como 007, a agente Nomi (Lashana Lynch, a Maria Rambeau de “Capitã Marvel, 2019”). De início, os dois só trocam olhares nada amistosos. James consegue levar Obruchev até Felix. 

Os dois descobrem que o parceiro de Leiter, Logan Ash (Billy Magnussen) é um agente infiltrado do inimigo invisível que procuram. O embate é inevitável, que acaba vitimando Felix. James escapa por pouco e mais tarde, entra em contato com M (Ralph Fiennes). Este se culpa por ter autorizado o desenvolvimento de Heracles. Os dois voltam a trabalhar juntos, com a pista deixada pelo cientista. Blofeld sabe quem estão procurando. Assim Bond vai ao seu encontro ao lado de Nomi e Tanner (Rory Kinnear). 


Na prisão revê Madeleine, ela se tornou a psiquiatra responsável por Blofeld. Juntos novamente, tentam tirar informações dele sobre quem está eliminando a Spectre. A tensão está no ar. Finalmente Waltz traz o vilão que se espera dele. O olhar, a fala mansa e cheio de sarcasmo. Apesar dos pesares, James consegue se conter. Mesmo assim, ele o ameaça. Pouco depois de toca-lo, Tanner repara que Blofeld está imóvel. Verificando seu estado e percebe que ele está morto. Eles não entendem o que houve, Q (Ben Wishaw) descobre que James tem o vírus em suas mãos. Só que não é mortal para si e que tocou no pulso de Madeleine.

Indo atrás dela e descobri sua relação com Safin. A partir daí, a trama de “Sem Tempo Para Morrer” ganha novos contornos. Dirigido por Cary Joji Fujunaga a partir do roteiro escrito por ele, Neal Purvis & Robert Wade, estes dois últimos estão na franquia desde “007: O Mundo Não É O Bastante” de 1997. Sendo revisado por Phoebe Waller-Bridge (estrela da sitcom inglesa “Fleabag, 2016 a 2019”), assim temos o fechamento do circulo com o personagem interpretado por Daniel Craig. Além da gama do agente infalível e viril, vemos uma vulnerabilidade nas suas emoções. Se envolvendo mais com as pessoas em suas causas. 


Continua o charme com as mulheres, porém há uma cumplicidade. Cada um usa o outro, desde que haja benefício para ambos. Só que desta vez, James realmente se envolveu com Madeleine. O sentimento aflorou em ambos. Mesmo que os segredos deles os separem, o amor que sentem é muito maior do que isso. A ótima sintonia formada por Daniel & Léa é exemplo disso. Um dos poucos momentos tranquilos entre eles brincam sobre os defeitos de Bond e como isso a irritam. Craig encerra sua participação como começou com muito carisma e equilibrando o drama pessoal vivido durante sua jornada com aptidão física necessária para o papel. Junto a isso, deixando a imagem icônica de James Bond para acompanhar a atualidade dos nossos tempos. Exemplificado com a entrada de Nomi como nova 007 e um mundo mais globalizado pelas redes sociais.


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