A união
de desenho animado com pessoas do mundo real não foi muito vista na sétima arte.
Como exemplos pouco recentes temos o camundongo Jerry dançando ao lado do
imortal Gene Kelly no musical “Marujos do
Amor (1945)” ou quando Dick Van Dyke na antológica sequência
ao lado dos pinguins em “Mary Poppins
(1964)”. Talvez sua maior referência seja “Uma
Cilada para Roger Rabbit (1988)” de Robert Zemeckis. Onde os clássicos personagens
do cartoon da Disney e os Looney Tunes da Warner juntos pela primeira vez. Quem
imaginaria o Mickey Mouse e o Pernalonga dividindo a cena? Ou
o Patolino e o Pato Donald brigando para ver quem aparece mais?
Aproveitando que a NBA estava crescendo, onde astros como Magic Johnson, Larry Bird, Charles Barkley, Patrick Ewing, Shawn Bradley e Michael Jordan estavam elevando o nome do basquete para as grandes massas. Onde a venda de produtos relacionados como camisetas, tênis e artigos esportivos conectados aos times que eles jogavam ou que apenas levam seu nome, eram enormes. Daí a ideia de unir o útil ao agradável. Uma marca consolidada como “Looney Tunes” ao lado do maior jogador de baquete dos anos 90 (talvez de todos os tempos) Michael Jordan, o que poderia dar errado?
Assim temos a história de um empresário intergaláctico, mr. Swackhammer (dublado originalmente por Danny DeVitto) que possui um parque de diversões temática em algum lugar perdido do universo. Precisando de novas atrações, pois seus rendimentos estão caindo. Em busca de algo, vê seu monitor os Looney Tunes em ação. No caso, o Pernalonga, o Patolino, Gaguinho, o Taz, Frajola, Piu Piu e a Vovó. Ficando encantado e imagina que com eles voltará a enriquecer como antes. Seus capangas, os Nerdlucks, são chamados para captura-los. Apesar da pouca inteligência, tentam executar a tarefa. Porém sem muito sucesso.
Pernalonga, perspicaz como sempre, com seu jargão “O que há velhinho?”, faz um acordo com Swackhammer. Os Looney Tunes disputam uma partida de basquete com os Nerdlucks. Caso percam vão de livre espontânea vontade para o parque. Enquanto isso, o vilão arquiteta um plano maquiavélico. Roubando as habilidades dos jogadores acima citados e transformando os Nerdlucks em “Monstars”. Mais ligeiro que uma bala, Pernalonga traz para seu mundo Jordan para ajuda-lo, a treinar seus amigos para o jogo de suas vidas e formarem o TuneSquad. Daí o mote inicial para “Space Jam: O Jogo do Século”. Contando com o carisma e o talento nas quadras de Michael e os adorados Looney Tunes nos trazem uma película recheada de comedia, aventura e uma declaração de amor ao basquete.
Junto a
eles, um impagável Bill Murray (da
franquia Caça-Fantasmas) sendo o próprio e o melhor amigo de Jordan. Sempre uma opção para o banco de reservas e disponível quando um dos titulares precisar sair no meio do jogo
decisivo. Um par romântico para o Pernalonga, Lolla Bunny, criada especialmente
para a película. Passados 25 anos, eles estão de volta em “Space
Jam: Um Novo Legado (Space Jam: A New
Legacy, 2021)”, agora dividindo a cena com os Looney Tunes temos o astro do momento do basquete USA LeBron James. Celebrando as bodas de prata do filme anos 90. Já
que teve sua data de estreia inicial adiada, devido a pandemia do coronavirus, e sendo em breve discutido no blog deste que vos escreve.
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