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A "GUERRA DOS MUNDOS (2005)" por Steven Spielberg

Aproveitando o sucesso de “A Guerra do Amanhã” com o guardião da galáxia Chris Pratt nos serviços de streaming, vamos discutir uma de suas principais referências a scifi “Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 2005)” do mago Steven Spielberg. Seu fascínio pela vida extraterreste não é de agora vem desde o cult “Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)”, passando pelo drama “E.T.: O Extraterrestre (1982)” e até o arqueólogo mais conhecido da sétima arte falou sobre o tema em “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal (2008)”. 

Sempre com um ponto otimista sobre a presença da vida alienígena na Terra. Em 2005, trouxe o conto scifi “Guerra dos Mundos” escrito por H.G. Wells publicado em 1897. Onde nosso planeta azul é invadido por seres vindos do espaço e que antes deixaram suas máquinas, os mortais Tripods, enterrados na crosta terrestre. Aguardando o momento certo para chegarem, iniciar a conquista da Terra e exterminar a raça humana. Nos anos 30, Orson Welles aterrorizou a todos em uma transmissão radiofônico narrando a história de Wells. Onde todos nos Estados Unidos acreditaram que estavam sendo invadidos por seres de outro mundo.

Já em 1953, ganhou sua versão para o cinema com direção de Byron Haskin e estrelada por Gene Barry e Ann Robinson. Aqui o clássico scifi foi adaptado literalmente, onde os invasores são identificados como vindos do planeta vermelho, Marte.  Já Spielberg preferiu dar sua visão sobre ele. Coube aos roteiristas David Koepp e Josh Friedman darem uma nova abordagem à história. Onde temos o operário portuário Ray Ferrier, feito por Tom Cruise, se preparando para ficar de olho nos dois filhos, o adolescente Robbie (Justin Chatwin) e a pequena Rachel (Dakota Fanning). Já que sua ex-mulher Mary Ann (Miranda Otto) vai viajar com o atual marido Tim (David Alan Basche) para visitarem os pais dela.   Ray é um sujeito egocêntrico e não é muito ligado aos filhos. 

Sua rotina segue até surge uma tempestade de raios. Ele e Rachel percebem que os raios caem duas vezes no mesmo lugar. Algo incomum. Enquanto isso, Robbie pega seu carro sem avisa-lo. Descobre e indo atrás do filho, repara que seu carro a bateria entrou em curto. Bem como a oficina próxima da sua casa, onde seu amigo mecânico diz todos os veículos também estão assim. Se dirige para a praça central e perto da igreja, há uma rachadura no meio da rua. Ela foi atingida pelos raios e Ray sente um tremor vindo dela. Aos poucos, ele vai crescendo e surgindo debaixo da terra, uma imensa estrutura metálica. Assustando a todos e atirando um raio que vaporiza quem está à sua frente.


Ray corre para casa no encalço de Robbie e Rachel, para salvar a si e aos filhos. Acreditando que indo para a casa de Mary Ann, todos estarão a salvo. No meio do caminho, percebem que a situação é mais grave do que parecia. Onde Ray precisa criar forças para sobreviver e garantir a segurança de seus filhos. Assim temos o mote para “Guerra dos Mundos”. Aqui Spielberg traz um exercício cinematográfico, retomando um estilo mais voltado para o suspense e o terror. Como grande mestre da sétima arte que é, as sequencias onde os mortais Tripods estão em cena.   Por exemplo, na fuga de Ray e os filhos dentro de uma minivan, no seu primeiro ataque são de um primor cinematográfico de encher os olhos e deixando os nervos do espectador mais desavisado em frangalhos. 

Lembrando os tempos do cult “Encurralado (1971)” e o clássico “Tubarão (1975)”. Onde o suspense a flor da pele está presente, quando Ray e Rachel conseguem abrigo na fazenda de Harlan, interpretado por Tim Robbins. Este já paranoico com a invasão, faz com que todos se escondam no porão. É aí que mora o perigo. Os invasores saem dos Tripods para explorar o território. Adentrando no porão e vasculham cada centímetro em busca de vida humana e informações sobre nosso dia a dia. Fazendo com que Ray, Rachel e Harlan se escondam em meio ao que sobrou dele. Os tons acinzentados do diretor de fotografia Janusz Kaminski garantem o clima claustrofóbico do local.

Como é de praxe nos filmes de Steven, a relação pai e filho ganha destaque. Aqui Ray e Robbie se enxergam indiferentes, um para com o outro. Passado o tempo juntos, se aproximam com as dificuldades que estão vivenciando. O mesmo ocorre com Rachel, que faz com que Ray a proteja de tudo e de todos. Percebendo sua fragilidade e inocência, assumindo realmente o papel de pai dos seus filhos. Para seu conhecimento, Gene Barry e Ann Robinson em uma breve participação como os pais de Mary Ann. E com Morgan Freeman se fazendo de Orson Welles para narrar a introdução e o encerramento da película.


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