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"ESTADOS UNIDOS vs. BILLIE HOLIDAY"

A vida de um artista sempre encantou aqueles que o admiram, bem como os que apenas já ouviram falar nele. O glamour, as portas sempre abertas e o amor incondicional dos fãs são exemplos disso. Mais recentemente tivemos “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury (2018)” e a cinebiografia de Judy Garland, “Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019)”, estrelada por Rénee Zellwegger. Agora chegou a vez de uma das divas do jazz Billie Holliday em “The United States vs. Billie Holliday (2020)”. Ao lado de Ella Fitzgerald e Dinah Washington, elas revolucionaram o gênero. Saindo da conhecida improvisação e excelência musical, ao popularizarem o jazz para todos. 

Não ficando restrito aos negros e ganhando mais apreciadores. Para ser Billie temos Andra Day, com direção de Lee Daniels. Este conhecido pelo drama “O Mordomo da Casa Branca (2013)” e a série de TV “Empire (2015 a 2020)”, aqui ele traz a diva em uma entrevista refletindo sobre sua carreira. Billie desgastada pelo vício em álcool e drogas, aparentando cansaço físico, respondendo às perguntas do jornalista Leslie Jordan, feito por Reginald Lord Devine. Este já exibe seu tom a questionando “como é ser uma mulher de cor?”. Já dá uma ideia dos altos e baixos que Billie passou em sua vida e carreira. 


Entre eles, os romances mal-acabados que fizeram parte dela e que trouxeram mais danos do que fizeram bem a Billie. Contando em formato flashback, sem uma ordem cronológica especifica, enxergamos como sua personalidade forte ditou seus movimentos. Tendo como o mote a investigação por parte do FBI, sobre a canção “Strange Fruit” composta por Abel Meeropol. O maior sucesso de Holliday. Com uma mensagem contra o racismo e sobre os descendentes afro-americanos linchados no sul na terra do tio Sam e em outras regiões do país. É investigada por isso e tem no seu encalço, o agente Jimmy Fletcher (Trevante Rhodes de “Moonlight: Sob A Luz do Luar, 2016”). 


Este é desginado pela Agencia, para preservar os valores do cidadão (branco) norte-americano. Bem como evitar que Lady Day (como era chamada para os mais intimos) a interpretasse em suas apresentações. Jimmy fica dividido por isso, já que a admira como artista e o sentimento de cumprir seu dever. A aproximação dos dois é inevitável. A sequencia em que eles estão intimamente juntos, Daniels traz um olhar puro sobre a relação deles. A película é baseada no livro “Chasing The Scream (2015)” de Johann Hari e adaptado pela roteirista Suzan-Lori Parks, focando na caçada do FBI sob Lady Day.


Onde o Bureal usa Jimmy para atingir objetivos e ele usa Billie para conseguir os próprios. E numa breve porem impactante participação Natasha Lyonne como Tallulah Bankhead, sua confidente. Ambas nutrem paixão uma pela outra. Mas quem segura o filme nas costas é Andra Day, jovem talento do r’n'b, exibindo uma Billie Holliday com uma força dramática intensa. Os excessos com o uso constante de drogas, solta “Sua Voz literalmente!" nas canções de Lady Day e com um sexy appeal sem ser vulgar. Um talento para ficarmos atentos.


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