"FAÇA A COISA CERTA (1989)" de Spike Lee, sempre atual
Quando
o assunto é racismo na terra do Tio Sam, estamos entrando em um terreno
perigoso. Considerado um caldeirão prestes a explodir, sempre que é noticiado todo
tipo de conflito entre negros e brancos nos EUA. Na última quinta-feira (25 de
maio de 2020) o afro-americano George Floyd foi detido pelo policial Derek
Chauvin, por atitudes suspeitas. Foi algemado e imobilizado, o ato chama atenção
pelo seu alto grau de violência. Deitado no chão e com o joelho do policial no seu
pescoço, George, repetidamente diz “Que não
consegue respirar (tradução: I Can’t
Breathe)”. Não sendo prontamente atendido, veio a falecer.
Isso ocorreu
na cidade de Minneapolis. O ato causou uma grande indignação por todo país. Desde então os EUA em suas principais cidades como Nova York,
Miami, Los Angeles e Washington têm havido confrontos entre a população local e
as forças policiais. Onde inclusive na capital Washington foi feito uma espécie
de lockdown no entorno da Casa Branca. Para que o Presidente Trump não sofra
qualquer tipo de ataque à sua vida e nem de seus familiares. Essa ebulição não
é de agora, já faz parte da história norte-americana. Desde os tempos da escravidão
e depois do seu fim, quando Lincoln os declarou como homens livres.
Assim vamos
discutir o filme “Faça A Coisa Certa (Do The
Right Thing, 1989)” do cineasta afro-americano Spike Lee. No ano
passado celebrou 30 anos do seu lançamento e que até hoje se mantem atual e
relevante. Em meio a pandemia do Covid 19, os Estados Unidos estão praticamente
explodindo de costa a costa. E isso é bem representado pela película de Lee no
bairro negro Belford-Stuyvesant (Brooklyn, Nova York) na única pizzaria do
local, Sal’s. Onde um dos moradores Buggin Out, feito por Giancarlo Esposito (o Gus Fring de “Breaking Bad”), vai até lá e repara que no painel com artistas só
com descendência ítalo-americana. Questionando seu proprietário Sal,
interpretado por Danny Aiello (“O
Profissional, 1994”), o por quê não ter nenhum artista afro-americano no
painel.
DETALHE:
Sal tem a pizzaria no bairro há mais de 25 anos. Os dois
discutem, mas fica por aí. Spike é
Mookie e trabalha como entregador de pizza para Sal. Mora com a irmã Jade (Joie Lee) e tem como namorada Tina (Rosie Perez). Junto a isso convive com
o racismo constante do filho mais velho de Sam, Pino (John Turturro). Mas tem uma boa amizade com o mais novo, Vito (Richard Edson). As discussões entre ele
e Pino são frequentes. Já este insiste com o pai para deixar o bairro e reabrir
a pizzaria em outra praça. Estamos no verão, as temperaturas estão nas alturas.
Seja no clima, seja em Belford-Stuyvesant. A tensão local está em ebulição. Suas várias etnias convivem em clima de guerra.
Latinos contra coreanos, a patrulha
policial do bairro de olho nos porto-riquenhos e o dono coreano de uma loja de conveniência,
Sonny (Steve Park), não gosta de
judeus. O dia passa e estamos de noite, Buggin Out retorna à pizzaria com os
amigos Radio Raheem (Bill Nunn) e
Smiley (Roger Guenveur Smith) para
pedirem que Sal mude o painel e coloque artistas afro-americanos ao lado dos
dele. Este se recusa e pede para que Raheem saia com seu enorme som estéreo portátil.
Iniciando uma briga entre eles, com Sal destruindo o rádio com seu taco de
beisebol. A polícia
é chamada, prendendo Raheem e Buggin. O primeiro discute com os oficiais e é
ferido. Percebem que ele morreu na frente de todos que estavam na pizzaria. Deixam
o local às pressas e sem proteção. Revoltado com a situação, Mookie pega uma
lata de lixo e a joga na vidraça da pizzaria. Já Smiley a incendia e dizendo
que esta é sua vingança contra Sal.
Assim temos o mote para “Faça A Coisa Certa”. Onde Spike equilibra os discursos de seus
maiores influenciadores, o pacifista Martin Luther King e o radical Malcolm X.
Enquanto o primeiro pregava a força da palavra para trazer a paz entre brancos
e negros. Uma fala apaziguadora, já o segundo defendia o conflito armado para
trazer justiça aos descendentes afro-americanos. Evidenciando isso na primeira
parte, onde Mookie busca entender o ponto de vista da maioria branca dentro e
fora de seu cotidiano. E depois mudando de ideia, ao ver um conhecido
assassinado na sua frente. Lee exibe
bem que a intolerância está dos dois lados da moeda. Para a infelicidade de todos
nós, o ser humano continua sendo o pior entre os piores na face do planeta.
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