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"O CHAMADO DA FLORESTA" com Harrison "Indiana Jones" Ford


O mundo selvagem é deleite para a sétima arte. Como no western “Mais Forte que a Vingança (1972)” de Sydney Pollack e estrelado por Robert Redford. Este atuou recentemente no drama “Até O Fim (2013)”. Ambos se assemelham com os personagens vividos por Redford, que procuram refugio na natureza para viveram isolados da sociedade. Como se recebessem um chamado. Como isso em mente, o escritor Jack London criou o romance “O Chamado da Floresta” em 1903. 

Onde o protagonista é o cão Buck. O melhor amigo do homem é extrovertido e bastante desastrado. Vive bem ao lado da família do juiz Miller, sendo mimado constantemente. Até que é raptado. Sai da ensolarada Califórnia, sendo levado para Yukon. Localizada na parte mais fria da fronteira do Canadá, ele é vendido como cão puxador de trenó para o carteiro Perrault e sua parceira Françoise. Literalmente “come o pão que o diabo amassou”. 

Até que sente dentro de si, um chamado que solta seu lado mais selvagem. Onde começa a exibir sua força interior, que até então desconhecia. O romance fez muito sucesso e já ganhou algumas adaptações para o cinema. Entre as mais conhecidas temos a de 1935 com o galã Clark Gable, de 1972 com o Ben Hur Charlton Heston e o filme para a TV com Rutger Hauer (o replicante Roy da SciFi Cult “Blade Runner: O Caçador de Androides, 1982”).


O diretor Chris Sanders, vindos do mundo das animações com os sucessos “Lilo & Stitch (2002)” da Disney e o primeiro filme da franquia “Como Treinar Seu Dragão (2010)”. Trabalhando ao lado do roteirista Michael Green, faz a estreia em um filme com atores. Narrado pelo eterno Indiana Jones / Han Solo Harrison Ford, que mais tarde entra em cena como minerador John Thornton. Aqui Buck se torna um personagem virtual com a captura de movimentos de outros cães. 

Ele se torna um hibrido entre as raças São Bernardo e Scotch Shepherd. Seguindo sua premissa inicial, Buck agora é um cão puxador do trenó de Perrault (Omar Sy do drama francês “Intocáveis, 2011”) e Françoise (Cara Gee). Juntos a outros como ele, o cão líder é o Husky Siberiano Spitz. Aos poucos, Buck vai ganhando seu espaço e este se torna uma ameaça a Spitz. 

Mais tarde, o supera. Liderando sua matilha até que os serviços de Perrault e Françoise não são mais necessários. Buck e seus amigos acabam vendidos para o ganancioso Hal (Dan Stevens da serie de TV “Legion, 2017 a 2019”). Perseverante Buck os guia até não aguentar mais. Sendo castigado por Hal frequentemente, ele é salvo por John (Ford).


Bastante machucado e exausto, John o leva para sua morada. Lá iniciando uma improvável parceria e amizade. Thornton está amargurado pela morte prematura do filho, por isso se isola de tudo e de todos. Incluindo a esposa. Juntos, vão realizar o sonho do filho dele. Explorar regiões desconhecidas dos EUA. Ao mesmo tempo, Buck descobre mais sobre si. Em especial suas origens.  

Assim temos uma nova visão do conto “O Chamado da Floresta (The Call of the Wild, 2020)”. Onde Sanders deixa a trama com uma pitada atual sobre os maus tratos impostos aos animais. Exemplificada na sequencia de abertura da película, quando Buck é sequestrado e depois sendo adestrado violentamente com um bastão ao chegar a Yukon. Pontuando a violência psicológica que ele sofre, sendo ainda mais violenta que a física. Ao mesmo tempo, exibe como “o chamado” que recebe é realmente uma chama interna que se acende, demonstrando sua força de vontade e resistência pessoal. Superando todos os obstáculos e medos. Servindo de um exemplo para todos nós.

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