A DC está ciente que possui um dos personagens mais carismáticos das HQ’s, bem como, sabia do risco em produzir um filme que contasse sua origem e como ele se tornou um dos maiores vilões dos quadrinhos de todos os tempos. Estamos falando do Palhaço do Crime, o Coringa. Ele ficou marcado pelo tom cartunesco do veterano Cesar Romero no mítico seriado do Homem-Morcego nos anos 60, pelo olhar de doido varrido de Jack Nicholson em “Batman (1989)” a atuação visceral de Heath Ledger, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em “Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)”.
E mais recentemente com Jared Leto em “Esquadrão
Suicida (2016)”. Com isso
dito, coube a Todd Philips que
realizou a tresloucada franquia “Se
Beber, Não Case” a criar uma história original, ao lado do roteirista Scott Silver, sobre um personagem tão
cativante, que encanta a todos com sua insanidade. Philips também assume a direção do longa e chamou o versátil Joaquin Phoenix para viver o “Coringa”. Conhecido
por ter interpretado o eterno homem de preto Johnny Cash no cinema em "Johnny & June (2005)". Para juntos nos
trazerem um conto sobre como o Coringa se tornou o vilão que bem conhecemos.
Phoenix é Arthur Fleck, uma pessoa comum que
convive com seus problemas mentais. Indo semanalmente ao psicólogo do serviço
público e pegar seus remédios para tratar da sua saúde. Ao mesmo tempo, cuida
da mãe (Frances Conroy) idosa e
adoentada. Junto ao sonho em se tornar um comediante. Como seu ídolo, o
apresentador de TV, Murray Franklin. Este é feito pela lenda do cinema Robert De Niro. Trabalha como palhaço
para uma firma de entretenimento.
Estamos
em Gotham City, fim dos anos 70 e inicio dos 80, a cidade enfrenta uma greve
geral dos lixeiros. Por isso, ela está infestada de ratos, que adoecem sua
população. O ânimo dos cidadãos está
acirrado, Gotham está prestes a explodir. Arthur também está em ponto de bala. Não
entendendo porque é maltratado pelas pessoas, quando tenta ajuda-las e / ou simplesmente
faze-las feliz exercendo sua profissão. Nutre uma pequena paixão pela vizinha
Sophie (Zazie Beetz, a Domino de “Deadpool
2, 2018”). Daí o mote de “Coringa (Joker, 2019)”.
Philips
acerta em transformar Gotham ainda mais soturna ao levar a trama entre os anos
70 e 80. Onde a sujeira da cidade está para quem quiser ver. Tendo como
referencia a cidade de Nova York, que naqueles tempos não era o primor de
limpeza dos dias de hoje. Filmes como “Um
Tiro na Noite (1981)” de Brian De Palma e películas do mestre Martin Scorsese,
“Taxi Driver (1976)” e “O Rei da Comédia (1983)” são referencias
para retratar Gotham City.
Ao mesmo tempo, uma critica social sobre as
diferenças entre os mais ricos e mais pobres da cidade. Onde
os primeiros têm acesso livre há tudo de bom que ela oferece. Já os segundos
para apenas conseguirem cuidarem de sua saúde, precisam mendigar para que isso
ocorra. O destaque fica para a atuação de Joaquin,
onde a cada passo dado por ele, sua sanidade é questionada.
Elevando seu nível de
loucura, num estado onde se imagina como a única pessoa consciente de Gotham. Já
que seus cidadãos estão enlouquecidos por tudo o que está acontecendo naquele
momento. “Coringa” é uma historia inédita, onde é perceptível para o
espectador mais atento, as referencias estão lá. Como as clássicas HQ’s “Batman Ano Um (1987)” e “Batman: O Cavaleiro das Trevas (1986)”
de Frank Miller e “A Piada Mortal
(1988)” de Alan Moore & Brian Bolland.
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