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O documentário "NEW ORDER - DECADES"


Teve inicio na ultima quinta-feira (13 de junho de 2019) a decima primeira edição do festival In-Edit Brasil, realizado na terra da garoa São Paulo. Ocorrendo em locais da cidade como a Cinemateca Brasileira, a Matilha Cultural e o Centro Cultural São Paulo. Vemos diversos documentários e / ou curtas-metragens relacionados ao mundo musical. Indo do bom e velho rock’n’roll passando por outros gêneros como soul, funk, blues, ska, rap e musica brega, por exemplo.

Com cinebiografias como “The Godfathers of Hardcore (2017)” sobre a banda nova-iorquina Agnostic Front e “The Insatiable Ones (2018)” mostrando a ascensão e a queda da banda inglesa Suede na cena Brit Pop dos anos 90. A cena musical brasileira não poderia passar em branco. Daqui temos “Alceu Valença: Na Embolada no Tempo (2019)”, onde o novo baiano revisa sua carreira; em “Amigo Arrigo (2019)”, sobre o trobador urbano Arrigo Barnabé e a gravadora independente DeckDisc tem sua história contada em “Tudo pela Música: Os 20 Anos da Deck (2018)”. 


Aqui vamos falar sobre o documentário “New Order: Decades (2018)”. Que não relata a trágica história de seus membros Bernard Sumner (guitarra e vocais), Peter Hook (contrabaixo) e Stephen Morris (bateria) e como eles superaram a morte prematura do vocalista de sua banda Joy Division, Ian Curtis. Que se suicidou quando eles atingiram sucesso na terra da Rainha. Para depois formarem o grupo New Order ao lado da tecladista Gillian Gilbert. Que mais tarde, se casaria com Morris.

Os integrantes do New Order passaram por aquele momento de transição, o fim súbito do Joy Division para se tornarem um dos principais representantes de um momento musical crescente na Inglaterra. Em especial na cidade deles, Manchester. Com eles, a música eletrônica ganhou a relevância que merecia e se tornou um dos gêneros mais influentes do meio. Exemplos recentes o duo luso-francês Daft Punk, os DJ’s Moby e Deadmau5.


Com isso dito, passados quarenta anos desde a primeira aparição na TV britânica do Joy Division nos estúdios da Granada Television. Eles retornam lá para montarem o show “So It Goes” ao lado do artista plástico Liam Gillick e o arranjador Joe Duddell para um projeto inovador. Juntos farão uma serie de cinco apresentações no Manchester Internacional Festival. Onde o New Order tocará canções pouco executadas em seus shows ao lado de uma orquestra formada por doze tecladistas. Ao invés da clássica orquestra de músicos.

Diferente e arrojado, Liam montou o palco a partir dos desenhos feitos por Bernard. Joe trabalhou junto ao NO. Em especial Stephen, um apaixonado por novas tecnologias, para organizar os arranjos e contratar os tecladistas para tocarem ao lado do New Order. Eles foram até a escola de música Royal Nothern School of Music em Manchester para fazer a seleção. No repertório temos “Plastic”, “Sub-Culture”, “Bizarre Love Triangule”, “Your Silent Face” e o encerramento com “Decades” do Joy Division. Elas foram gravadas em 2018 durante a apresentação no Museums Quartier  na cidade de Viena (Áustria). 


Para relatar o fato temos o diretor Mike Christie.  Mesclando o começo da montagem do espetáculo, com imagens do show em si. Juntamente com depoimentos dos envolvidos e como estavam entusiasmados com isso. E ao mesmo tempo, com muito medo de tudo dar errado. Eles revisam a própria história. Aqui temos uma das melhores partes, com Bernard em estúdio bastante desconfortável ao ouvir as antigas canções do NO, como eram primarias e inocentes.  Em meio a isso, eles ensaiam “Disorder” do Joy Division no estúdio caseiro de Morris.

Já os integrantes mais novos, o guitarrista Phil Cunningham e Tom Champman, este teve a difícil missão de substituir o bass guitar Hero Peter Hook. Eles comentam a alegria de fazerem parte do NO e já eram fãs de carteirinha deles quando jovens. Chapman fala abertamente sobre o peso nas costas da sombra de Hook e o suporte que teve do grupo para supera-lo. O jornalista e fundador da gravadora Factory Tony Wilson (1950 – 2007) é relembrado por eles e considerado um dos principais influenciares culturais de Manchester. O designer gráfico Peter Saville que criou a maioria das capas dos álbuns do NO e todas do Joy Division, é co-fundador da Factory, também se faz presente. 

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