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RYAN GOSLING é "O PRIMEIRO HOMEM"


O infinito do universo sempre fascinou o imaginário do homem. A sétima arte soube aproveitou o tema com clássicos como “O Dia em que a Terra Parou (1951)”, “2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)” e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)”. Mais recentemente com o emocionante “Gravidade (2013)”, o impactante “Interestelar (2014)” e a aventura “Perdido em Marte (2015)”. Isso inspirou o cineasta Damien Chazelle a dirigir “O Primeiro Homem (First Man, 2018)”. Vindo de dois sucessos consecutivos no cinema com o tenso “Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014)” e a homenagens aos antigos musicais de Hollywood, “La La Land: Cantando Estações (2016)”. 

Por este ultimo, ganhou a estatueta do Oscar para Melhor Diretor daquele ano e se tornou o mais jovem vencedor na categoria. Recebeu o convite do mago Steven Spielberg para dirigir “O Primeiro Homem”. Que é baseado no livro de mesmo nome escrito por James R. Hansen sobre o astronauta Neil Armstrong. Sendo adaptado pelo roteirista Josh Singer, responsável pela história do polêmico “Spotlight: Segredos Revelados (2015). Pelo qual levou para casa o Oscar de Melhor Roteiro Orginal daquele ano.


Juntos nos trazem a corrida espacial no auge da Guerra Fria. Com Armstrong sendo interpretado pelo galã do momento Ryan Gosling ("Blade Runner 2049, 2017") e sua esposa Janet é feita por Claire Foy (a rainha Elizabeth da serie Netflix “The Crown, desde 2016”). Eles vivem um drama familiar com a morte da filha pequena Karen, vitima de câncer. 

Neil indo trabalhar na NASA e ser um dos escolhidos para a viagem no espaço até a Lua. Focando na personalidade introspectiva de Armstrong, Chazelle identifica que isso dá foco a ele para atingir seus objetivos. Ao mesmo tempo, se afastando de amigos próximos e da própria família. Janet percebendo isso, não deixa que o marido se desconecte dela e dos filhos. Em um dos momentos mais fortes da película, é quando ela inquere Neil a se despedir dos filhos antes de ir para Lua. Intimidado, tenta explicar a eles se voltará ou não da viagem.


Damien conduz a trama de forma quase silenciosa (poucos dialogos), mas nem por isso deixa de ser menos tensa. Com Neil e os outros astronautas fazendo treinamentos exaustivos e colocados no limite intelectual, onde tentam encontrar formas para chegar a Lua antes da União Soviética. Deixando sua marca, ao filmar seu elenco bem perto. Como bem vimos em “Whiplash” e “La La Land”. 

Dando ao espectador, uma sensação de proximidade com os personagens. A reconstituição de época é primorosa. Os figurinos e os cenários, destacando os claustrofóbicos cockpits dos foguetes espaciais. As instalações do Cano Canaveral estão de “encher os olhos”. O projeto Gemini que originou as missões da Apollo ganham impacto na sequencia da Apollo I. No  inicio de 1967, um incêndio dentro do seu cockpit, acaba vitimando os astronautas Gus Grissom (Shea Whigham), Ed White (Jason Clarke) e Roger Chaffee (Cory Michael Smith). Os efeitos sonoros em “O Primeiro Homem” são um show a parte. 


Na esplendorosa refilmagem da viagem de Neil ao lado de Buzz Aldrin (Corey Stoll, o Jaqueta Amarela do filme Marvel “Homem-Formiga, 2015”) e Michael Collins (Henry Thomas, o Elliott de “E.T. – O Extraterrestre, 1982”) até a Lua na Apollo XI. E a antológica frase dita por Armstrong ao ser o primeiro homem a pisar lá: “Um pequeno passo para o homem e um passo gigantesco para a humanidade”. E ele admirando a beleza de Terra do espaço. Enquanto passeia pelo Mar da Tranquilidade em solo lunar e ficando em paz consigo mesmo. 

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