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"PERDIDOS NO ESPAÇO (NETFLIX)"


Quando o assunto é refazer um clássico, seja do cinema ou da televisão, entramos em um terreno perigoso. Tivemos vários exemplos recentes que não foram uma boa ideia. Como a serie de TV do monstro japonês Godzilla. Em 1998 ele ganhou uma versão discutível feita por Roland Emmerich. Este vindo do sucesso arrasador de “ID4: Independence Day (1996)”. Já em 2014, tivemos uma versão à sua altura (literalmente) dirigida por Gareth Edwards. Que mais tarde realizaria o elogiadíssimo “Rogue One: Uma História Star Wars (2016)”.


Agora é a vez do canal das redes sociais Netflix neste território com “Perdidos no Espaço (Lost in Space, 2018)”. Sua versão original é de 1965, escrita e produzida por Irwin Allen. Grande produtor dos anos 60 que realizou as antológicas series “Viagem ao Fundo do Mar (1961 a 1964)”, “Túnel do Tempo (1966 a 1967)” e “Terra de Gigantes (1968 a 1970)”. Agora numa versão renovada, inspirada em grandes produções do cinema atual como a aventura “Gravidade (2013)” e o filosófico “Interestelar (2014)”.


Agora a família Robinson parte para o espaço infinito, junto a outras famílias em busca de novos planetas. Já que a Terra está superlotada e seus recursos naturais escassos. Fora a crise da politica mundial. O militar John (Toby Stephens) e a engenheira Maureen (Molly Parker) a frente da família. Ele, um ex-militar distante dos filhos. Já ela, uma mulher forte que fará de tudo para a sobrevivência de seus entes queridos.  Ao lado deles, as filhas Judy (Taylor Russell), é a médica da familia e da missão; a adolescente sonhadora Penny (Mina Sundwall) e o mais novo, Will (Maxwell Jenkins).  Este tentando mostrar seu valor aos pais.


Completando a tripulação o mecânico Don West (Ignacio Serricchio). Eles estão na nave Júpiter II que sofre uma avaria durante a viagem e fazendo uma aterrisagem forçada em um planeta desconhecido. Fora da sua rota original. Junto a isso, eles perdem contato com a nave mãe Resolute. Ao contrario da serie original, os Robinson estão perdidos ao lado de outros colonos. Entre eles a misteriosa cientista Dra. Smith (Parker Posey). Buscando sobreviver neste ambiente diferente e estranho, todos buscam voltar ao espaço.


Seguindo os novos tempos, o protagonismo é dividido entre John e Maureen. O casal não é tão harmonioso quanto do seriado clássico. Eles possuem suas desavenças, com John acatando a decisão final de Maureen. Vendo que ela está certa. E o pequeno Will, como o jovem explorador em busca de conhecimento e ser o primeiro colonizador interplanetário. Entre suas descobertas, um misterioso robô. Que só responde aos seus comandos e se torna seu protetor.

Dai vem uma das referencias da sessentista com a frase “Perigo! Perigo, Will Robinson!”.  A boa mistura com efeitos práticos e digitais lembram o clássico do cinema, a saga Star Wars. Somada a boa interação de seu elenco. O drama vivido por eles ganham veracidade com a interpretação deles. Atualizando o conto da família Robinson com um roteiro inteligente e intrigante.

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