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O incansável JACK WHITE nos traz "BOARDING HOUSE REACH"


Desde que surgiu no fim dos anos 90 e inicio dos 2000 com o duo formado ao lado da “irmã (ou seria esposa?)” Meg White, “The White Stripes”, Jack White chamou atenção por recuperar aquela velha chama do "rock’n’roll de raiz". Trazendo na memoria velhos mestres do blues como Robert Johnson e Son House, este último sua maior referencia. Atualizando sua sonoridade para uma nova geração que estava se formando na época. A banda encerrou suas atividades em 2006.

Em meio a isso, ele formou os grupos “The Raconteurs” com Brendan Benson e “Dead Weather” ao lado da vocalista do The Kills Alison Mosshart.  Trocando as seis cordas da sua guitarra para assumir a bateria. Incansável, White iniciou uma carreira solo de sucesso e muita rica musicalmente. Lançando dois discos autorais e uma coletânea que abrange sua carreira desde então. Comentamos sobre eles nos links abaixo:

JACK WHITE: O HOMEM DO MOMENTO (2012)
JACK WHITE: LAZARETTO (2014)
JACK WHITE: ACOUSTIC RECORDINGS 1998 – 2016 (2016)


Depois de uma apresentação exuberante no Festival Lollapalooza Brasil em 2015 e de um tempo para descansar, Jack solta “Boarding House Reach (2018)” como seu mais recente trabalho. Ao contrario do que se esperava, ele apostou numa mistura que traz r’n’b, hip-hop, jazz e soul music ao seu som característico. Descrito pelo próprio como “um álbum bizarro”. Compondo e tocando diferentemente do modo que está habituado. Só faz isso quando a inspiração vem a sua cabeça. Desta vez chamou músicos fora do seu circulo de amizade.


Composto de treze canções, temos um desfile musical da guitarra vibrante de Jack em meio a loops, floops e backing vocais encorpados. Intercalados por interlúdios musicais que podem causar estranheza para o ouvinte mais desavisado e que não conhece a fundo o conjunto da obra de seu autor. Mesmo para os fãs xiitas, eles podem se sentir “desconfortáveis” com o que estão ouvindo.


Canções como “Connected by Love”, “Corporation” e “Over and Over and Over” entrariam facilmente em seus trabalhos anteriores. Em “Abulia and Akrasia” temos o bluesman C.W. Stoneking declamando sua letra com um violino e um piano ao fundo. Em “Ice Station Zebra” temos uma ideia das intenções musicais de Jack descritas anteriormente. Assim como “Respect Commander”, começa como um trip rock e termina com um blues das antigas cheio de efeitos.


Em “Get in the Mind Shaft”, os bites eletrônicos se encontram com instrumentos orgânicos e canta suas letras em voz metalizada. What’s Done is Done”, o country ao melhor estilo de Jack. A doce “Humoresque” encerra o disco. Um testemunho pessoal sobre como o mundo digital vem ganhando espaço na música. Onde as pessoas deixam de lado a espontaneidade de ouvi-la ou cria-la.

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