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O thriller psicológico "CORRA"


O racismo nos Estados Unidos sempre foi e será um assunto delicado. Desde que o país foi fundado a tensão vivida entre negros e brancos possui proporções gigantes. E é uma tema recorrente na sétima arte. Seja como uma superprodução hollywoodiana ou uma película independente. Entre elas podemos destacar “Lincoln” do mago Steven Spielberg, que mostra o empenho do Presidente em abolir a escravidão no país. Ou o premiado “12 Anos de Escravidão” que discute a segregação racial, mesmo livres, eles são considerados escravos.

LINCOLN

DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO


É aonde chegamos ao thriller “Corra (Get Out, 2017)”. Onde o jovem fotografo negro Chris Washington (Daniel Kaluuya) está viajando com sua namorada, uma moça branca chamada Rose Armitage (Allison Williams). Eles estão indo para a cidade natal dela, para conhecer seus pais. Chris está inquieto porque Rose não os avisou que ela está saindo com um rapaz de cor.

Preocupado com a reação deles. Rose diz que não há motivo para isso. Porque seus pais têm a mente aberta. Chris sabe o que é preconceito, ainda mais indo para o interior dos EUA. Chegando lá, é surpreendido pela boa recepção da família dela. Em especial, os pais Dean (Bradley Whitford) e Missy (Catherine Keener).


Ao entrar na rotina deles, Chris repara que há algo de estranho. A aparente tranqüilidade do local e a simpatia deles possuem tem um significado. Assim temos o mote inicial de “Corra”. Escrito e dirigido pelo estreante Jordan Peele, comediante norte-americano conhecido pela parceria com Keegan-Michael Key, onde os dois tiram sarro do estereotipo afro norte-americano.

Peele com muita inteligência usa seu humor sarcástico e criando uma trama envolvente, onde o racismo por debaixo do tapete é pior que aquele visceral com negros e brancos trocando ofensas. Ou partindo para agressão física. A tensão vivida e crescente dentro do ambiente da casa dos Armitage. A atuação convincente de Kaluuya envolve o espectador. Seu personagem enxerga as nuances do que está vivenciando e se deixando levar pelo momento. Abrindo traumas interiores que estavam enterrados no fundo da sua alma.

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