Antigamente os filmes de mistério com uma levada policial faziam parte do cotidiano dos produtores de Hollywood. Como os filmes estrelados pelo mito Humphrey Bogart ao lado da lenda do cinema, o diretor John Huston. Por exemplo, os clássicos “O Falcão Maltês (1941)” e “O Diabo Riu por Último (1953)”. Aproveitando o filão, Hollywood levou os romances escritos pela inglesa Agatha Christie para tela grande do cinema. Ela ficou mundialmente conhecida como a “Rainha do suspense”.
Entre
os principais temos “Testemunha de
Acusação (1957)” e com seu personagem literário mais conhecido, o detetive
belga Hercule Poirot. Nos filmes “Assassinato
num Dia de Sol (1982)”, “Morto Sobre
o Nilo (1978)” e “Assassinato no
Expresso do Oriente (1974)”. Nos dois primeiros, ele foi interpretado pelo
saudoso Peter Ustinov (“Spartacus,
1960”) e no ultimo pelo veterano Albert Finney (o tutor de James Bond em “007: Operação Skyfall, 2012”). Agora no
século XXI, o catalogo de Christie é
trazido de volta com a nova adaptação de “Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express, 2017)”.
A
frente do projeto, temos o britânico Kenneth
Branagh. Conhecido por adaptar peças de Shakespeare, tanto para o teatro
como para o cinema. Entre seus principais trabalhos temos “Henrique V (1989)”, “Muito
Barulho por Nada (1993)” e “Hamlet
(1996)”. Ficou conhecido do grande público ao dirigir o primeiro filme do Deus
do Trovão Thor em 2011 e a versão com atores do clássico Disney “Cinderela” em 2015. E atuou em filmes
como “Operação Valquíria (2008)”, “Sete Dias com Marilyn (2011)” e “Dunkirk (2017)”.
Ele
dirige a película e assume a persona de Poirot. Resolvendo um caso em
Jerusalém, onde um artefato foi roubado na Basílica do Santo Sepulcro. Com sua
perspicácia e mente privilegiada, descobre quem efetuou o roubo. Logo em
seguida, decide entrar em férias para descansar e recuperar as forças. Pega um
barco para Istambul, ficando por lá para aproveitar a culinária local.
Reencontrando um velho conhecido, Bouc (Tom
Bateman). Ao mesmo tempo precisa retornar a Londres com urgência para
resolver um novo caso.
Bouc, agora dirige a linha de trem “Expresso do Oriente”. Oferece a Hercule uma cabine. Durante a viagem se encontra com outros passageiros. Como o empresário Samuel Ratchett (o Jack Sparrow Johnny Depp), com quem tem uma conversa. Que deseja contratar seus serviços, pois teme por sua vida. Poirot recusa oferta, pois conhece a reputação de Ratchett.
Junto
a isso, cruzam seu caminho o professor universitário Gerhard Hardman (Willem Dafoe de “A Culpa é das Estrelas, 2014”), a Princesa Dragomiroff (miss Judi Dench) e sua assistente Hildegarde
Schmidt (Olivia Colman); a condessa
Helena (Lucy Boynton) e seu marido
Pierre (Marwan Kenzari); a
enfermeira Pilar Estravados (a musa do cinema espanhol Penélope Cruz); a misteriosa Caroline Hubbard (Michelle Pfeiffer) e os assistentes pessoais de Ratchett, o
advogado Hector McQueen (Josh Gad, o
Lefoy de “A Bela & A Fera, 2017”)
e o mordomo Edward Masterman (o veterano ator inglês Derek Jacobi).
Revê a jovem Mary Debenham (Daisy Ridley, a sucateira Rey de “Star Wars: O Despertar da Força, 2015”) e o médico Arbuthnot (Leslie Odom Jr.), os conheceu na viagem de navio Durante o percurso do trem, Ratchett é assassinado. E todos no trem se tornam suspeitos. Cabe a Poirot descobrir quem realizou este ato infame. Assim temos o mote de “Assassinato no Expresso do Oriente”. Recheado de nuances e um jogo de aparências, onde a verdade parece ser mentira e vice-versa. Principal característica da literatura de Agatha Christie. Branagh como hábil cineasta, se aproveita bem disso. Fazendo uma adaptação literal do conto aliado com que há de melhor em tecnologia.
Edição ágil com ótimas sequências de ação. E tirando vantagem do clima claustrofóbico dos vagões, fazendo o espectador se sentir dentro deles. Como no filme de 1974, o elenco estelar chama atenção. Dirigido por Sidney Lumet (“Um Dia de Cão, 1975”) e contando com astros como o eterno 007 Sean Connery, Laurell Bacan, Ingrid Bergman, Anthony Perkins e Vanessa Redgrave. O novo cast exibe a mesma sintonia. Destacando Daisy mostrando que pode ter uma vida artística fora do universo Star Wars. E Michelle em um papel emana sensualidade e maturidade que lhe é característica. Como vimos em seus trabalhos “Suzie & os Baker Boys (1989)”, “Lobo (1994)” e “Revelação (2000)”.
Comentários
Postar um comentário