A "TORRE NEGRA" de Stephen King finalmente na tela grande do cinema

Séries literárias com o passar dos anos foram ganhando espaço na sétima arte. Os exemplos mais recentes e de grande sucesso, são as sagas do bruxo “Harry Potter”, a vampiresca “Crepúsculo” e o reality show dos “Jogos Vorazes”. É claro houve fracassos retumbantes como “Dezesseis Luas”, “A Quinta Onda” e outras que nem para trás nem para frente vão como “Maze Runner” e “Divergente”, por exemplo.

O renomado autor Stephen King, conhecido por seus contos de terror como os clássicos “O Iluminado (1977)”, “Carrie: A Estranha (1974)” e “It – A Coisa (1986)”, também teve seus livros adaptados para a tela grande do cinema com os citados anteriormente. Apesar contrários à visão do autor, obtiveram sucesso de publico e critica. Outras histórias com um tom mais sobrenatural foram levadas para o cinema como “Um Sonho de Liberdade (1982)” e “À Espera de um Milagre (1996)”. Até o conto sobre sua infância “Conta Comigo (1982)” foi adaptado.

Mais recentemente os livros “Under the Dome (2009)” e “O Nevoeiro (1980)” foram adaptados para a televisão como seriados. Agora a vez da serie fantástica com toque sobrenatural e uma pitada de terror, “A Torre Negra”. A adaptação foi encabeçada por Akiva Goldsman (Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por "Uma Mente Brilhante, 2001") que teve ao seu lado os roteiristas Jeff Pinkler, Anders Thomas Jensen & Nicolas Arcel. Este último assumiu a cadeira de diretor. Juntos trouxeram a introdução sobre o universo do pistoleiro Roland Deschain (Idris Elba, o Heimdall do filme Marvel Thor), o último defensor da torre que dá nome à película. Ele luta contra o Homem de Preto e feiticeiro Walter Padick (Matthew McConaughey, Oscar de Melhor Ator por “Clube de Compras Dallas, 2014”). 

Que deseja destruí-la, pois ela traz o equilíbrio este o mundo deles, chamado de “Mundo-Médio” e o nosso, que é conhecido como “Mundo-Chave”.  Com a torre abaixo, ele pode soltar os demônios que vivem entre eles e dominar os dois mundos. Entre eles surge o jovem Jake Chambers (Tom Taylor). Que perdeu o pai quando criança vive atormentado desde então. Fazendo terapia e tendo ao seu lado a mãe Laurie (Katheryn Winnick), que deseja recupera-lo e o padrasto Elmer (Karl Otto Thaning), que quer se livrar dele.

Tom tem pesadelos constantes e os coloca no papel. É sobre o mundo do Homem de Preto e do Pistoleiro. A mãe assustada decide coloca-lo em um internato. Enquanto isso, pesquisa sobre seus desenhos e descobre que um deles é de um casarão abandonado na sua cidade (Nova York). Os funcionários do internato chegam e Jake repara que eles são os seres malignos de seus sonhos, monstros usando pele humana. Finge que vai até o banheiro do apartamento e foge pela janela. Indo até o casarão, encontra um portal que o leva até o “Mundo-Médio”.

Lá se encontra com o pistoleiro Roland. Quer se vingar de Walter, por este ter matado seu pai Steven (Dennis Haysbert, o Presidente David Palmer da serie de TV “24 Horas, 2001 a 2010”). Que faz uso de magia negra para conseguir o que necessita. Jake e Roland precisam um do outro para atingir seus objetivos. O primeiro quer proteger a torre e o segundo conseguir sua vingança contra o Homem de Preto. Assim temos o mote de “A Torre Negra”.

Em um conto que mescla o tom fantástico, suspense, terror, boas sequencias de ação e um ar que lembra os faroestes de antigamente, temos uma boa entrada ao universo criado por Stephen King para a série literária. O próprio já havia comentado que sua maior inspiração foi à saga do Anel escrita por J.R.R. Tolkien. Idris está bem à vontade no papel do herói perdido na dor, que deixou de lado seu dever de proteger a “Torre”. Enquanto o personagem de Tom surge como uma redenção a Roland que o recoloca nos trilhos. McConaughey cumpre bem seu papel de vilão.