Desde
que Ridley Scott anunciou que
voltaria ao universo de “Alien”, deixou os fãs da saga do ser xenomorfo em
êxtase. O clima claustrofóbico criado no primeiro “Alien: O Oitavo Passageiro
(1979)” criou um novo gênero dentro da ficção cientifica. Bem como deixou um
ponto de interrogação na exploração do espaço: “Seria a viagem entre as
estrelas tão silenciosa e encantadora como imaginamos?”. Assim Scott nos trouxe “Prometheus” em 2012, um preludio dos eventos vistos nos filmes
anteriores. Iniciando a origem, não só de “Alien”,
mas se mistura com a nossa própria. Usando o conto literário “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von
Däniken como referência. Discutimos a película no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2012/06/prometheus-origem-das-especies.html
Assim chegamos à “Alien Covenant (2017)”. Sua linha do tempo ocorre 10 anos depois de “Prometheus”, estamos em 2104. Vemos a nave que dá titulo ao filme indo ao planeta Origae-6. Uma futura colônia terrestre e transportando dois mil colonos e mais de seis mil embriões humanos. Devido à longa duração da viagem, sua tripulação está em estado de hibernação. A nave é dirigida pela inteligência artificial chamada M.O.T.H.E.R. e supervisionada pelo androide Walter (Michael Fassbender). Durante o percurso, a Covenant é atingida por uma tempestade de raios solares. Fazendo com que Walter desperte a tripulação antes do planejado. Sobrevivem, com algumas baixas. Como o capitão da missão, Jacob Branson (James Franco de “Oz: Mágico & Poderoso, 2013”). Marido da cientista Daniels (Katherine Waterston de “Animais Fantásticos & Onde Habitam, 2016”).
O
restante da tripulação é formado por Oram (Billy
Crudup, o Doutor Manhattan de “Watchmen, 2009”) e substituto de Branson;
sua esposa, a bióloga Karine (Carmen
Ejogo); os pilotos casados Tennessee (o comediante Danny McBride) e Faris (Amy
Seimetz); os seguranças Lope (Demián
Bichir) e Hallet (Nathaniel Dean)
e os oficiais Ricks (Jussie Smollett)
e Upworth (Callie Hernandez). Todos
estão consternados com o falecimento de Jacob. Realizam um discreto cerimonia
de despedida. Contrariando a primeira ordem de Oram. Mais tarde, começam o
reparo da Covenant. No espaço, Tennessee ao consertar a rede de energia da
nave, recebe uma transmissão. Ao usar seus computadores, decifram a mensagem e
localizam sua fonte. É um planeta próximo à Origae-6. Oram decide ir até lá. Percebem condições para colonização. Já Daniels é contra a ideia.
Encontram
também a nave que dra. Elizabeth Shaw (Noomi
Rapace) e o androide David (Fassbender)
foram em busca dos “Engenheiros” ao fim de "Prometheus". Junto a isso, a natureza selvagem de lá deixa
sua marca em alguns membros da expedição. Infectando-os com um vírus que os
destrói por dentro, saindo deles um novo ser. Um Xenomorfo, como visto ao final
de “Prometheus”. Que ataca a todos, fazendo com eles formem um circulo para se
prevenir de uma nova investida. O que ocorre, sendo Daniels seu principal alvo.
Que foi salva por Walter.
Até
que surge um clarão no céu escuro do planeta e junto a ele, uma figura. Que se
mostra ser David. Resgatando os sobreviventes e os levando a um local seguro.
Uma cidadela abandonada. Lá eles tentam se comunicar com a Covenant, ao mesmo
tempo, David lhes explica como foi parar ali e o que aconteceu a dra. Shaw. Se
aproximando de Walter, que o chama de irmão. Assim temos a trama básica de “Alien Covenant”. Mantendo
o tom filosófico de “Prometheus”, Scott nos traz novas indagações sobre a
origem da raça humana, sua evolução e como ela está causando sua própria extinção. Exemplificado na sequência de abertura
de “Covenant”, quando David desperta
e conhece seu criador Peter Weyland (Guy
Pearce). Onde os dois discutem sobre a origem das espécies e Weyland apenas
lhe disse que juntos irão buscar a resposta.
Para
não perder as referencias, vemos o Alien em sua evolução completa. Atacando os
membros sobreviventes da Covenant, com sequências espetaculares que trazem na
memoria o ato final de “Aliens: O
Resgate (1986)” e se aproximando
da linha do tempo de “Alien: O Oitavo
Passageiro (1979)”. Não espere em “Alien
Covenant”, perguntas deixadas em aberto nos outros filmes da franquia. A película
é uma continuação direta de “Prometheus”
e se você viu os teaser que estão neste post, compreenderá melhor sua história. Quanto
ao elenco, o destaque fica para Michael
Fassbender. Em atuação brilhante, nos exibindo a ambiguidade de seus personagens.
Enquanto Walter é uma versão atualizada de David, mais um androide obediente
com um instinto de proteção pelos tripulantes da Covenant. Em especial,
Daniels. Já David, representa a si mesmo, no seu desejo de ser “O Criador”. Ele
mesmo disse que no seu isolamento “Todo esse tempo sozinho, a casa do diabo
surge”. Para bom entendedor meia palavra basta.
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