Os
mistérios do universo sempre intrigaram a mente humana. Com os questionamentos
“Da onde viemos?”, “Quem nos criou?”, “Até onde podemos chegar?”. Este sempre
foi um tema rico para a sétima arte. Um dos maiores exemplos é o clássico
“2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)” e posteriormente com “2010: O Ano que
Faremos Contato (1984)”. Junto a isso, uma critica às grandes corporações que
buscam enriquecer com a exploração espacial.
Assim
temos a scifi mesclada com terror “Alien:
O Oitavo Passageiro (Alien, 1979)”. Dirigida pelo então iniciante Ridley Scott. Que na época só tinha uma
película no currículo, o capa e espada “Os Duelistas (1977)”. Muito elogiado
pela critica. Sua história foi escrita por Dan
O’Bannon. Inicialmente seria uma adaptação do conto de Frank Herbert, Duna
(1965). Mas devido à falta de orçamento para a mesma, foi cancelada sua
produção. O’Bannon residindo na
cidade luz, Paris. Naquele momento, conheceu desenhistas como Moebius e Chris
Foss mais o artista plástico H.R. Giger.
Que
lhes inspirou a reescrever seu roteiro e daí surge a ideia para “Alien”. Com o auxilio do roteirista Ronald Shusett
levam o script para os executivos da 20th Century Fox. Após dois anos, estes
entusiasmados com o sucesso estrondoso de “Star Wars: Uma Nova Esperança
(1977)” e percebendo que a ficção científica voltava a ganhar força no cinema,
aprovaram o projeto.
Durante
este período, o roteiro foi revisado por Walter
Hill (que iria dirigir a empreitada, mas devido a outros projetos, recusou)
e o produtor do filme David Giler. Após
ver os storyboards iniciais com fortes referencias a “2001” e “Star Wars”, Scott decidiu que “Alien” teria uma pegada mais forte e critica. Assim somos
apresentados à tripulação da nave Nostromo está retornando a Terra, após uma
viagem de trabalho para a corporação Weyland-Yutani.
Ela é
formada pelo Capitão Dallas (Tom
Skerritt, “Top Gun: Ases Indomáveis, 1986”), a piloto Ellen Ripley (Sigourney Weaver), a navegadora Lambert
(Veronica Cartwright), o medico e
cientista Ash (Ian Holm, o hobbit
Bilbo Bolseiro da saga do Anel), o oficial executivo Kane (John Hurt, de “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal,
2008”) e os engenheiros mecânicos Parker (Yaphet
Kotto, o dr. Kananga de “007 Viva & Deixe Morrer, 1973”) e Brett (Harry Dean Stanton).
Todos
estão hibernados por causa da duração da viagem. São despertados pela inteligência
artificial Mother, por causa de uma mensagem recebida de um planetoide em meio
à jornada de volta deles. Chegando lá, enxergamos os destroços de uma nave. Percebem
que sua origem não é terrestre. Investigando mais a fundo, Kane encontra
casulos. Um deles se aberta, assim que se aproxima. E é atacado por uma
criatura saído dele. Cobrindo seu rosto por completo e se agarrando ao seu
pescoço.
Levando
as pressas de volta à Nostromo, é atendido por Ash. Kane é colocado em
quarentena. Ripley contrariada por ele estar a bordo, por considera-lo um risco
para todos. Passando certo tempo, ele desperta e a criatura está morta. Ao lado
da tripulação, celebrando por estar livre dela. De repente, começa a passar
mal. E daí a surpresa, saindo dentro dele (no peito) um pequeno alienígena. Que
acaba matando Kane.
Deixando
a tripulação a bordo preocupada. Um a um, são atacados pelo Alien. Que se
desenvolve, com uma couraça quase destrutível e sangue na forma de acido. Assim
temos a trama de “Alien: O Oitavo
Passageiro”, que ocorre no ano de 2122 (30 anos depois de “Prometheus, 2012”). Onde Ridley nos traz um novo gênero do
dentro da ficção cientifica. O ambiente claustrofóbico da Nostromo, o suspense
crescente com a presença do Alien e a representação das grandes empresas por
parte de Ash, que se revela um androide.
Os
desenhos do Alien e dos interiores da sua nave foram inspirados e criados por H.R. Giger. As roupas usadas pelo
elenco, dentro e fora da Nostromo, foram feitas por John Mollo. “Alien” também
revelou o talento de Sigourney Weaver.
Que trouxe uma das primeiras heroínas da tela grande do cinema.
ALIEN: O OITAVO PASSAGEIRO (1979)
Em 1986,
voltamos ao mundo de “Alien”, com “Aliens:
O Resgate (Aliens)”. Scott cede
a cadeira de diretor para James Cameron.
Que escreveu o roteiro ao lado de Walter
Hill & David Giler. Ripley como única sobrevivente da Nostromo. Vaga no
espaço por 57 anos até ser resgatado. De volta a Terra, descobre que o tempo
que ficou em hibernação. É processada pela Weyland-Yutani e perde sua licença
para pilotar uma nave.
Aposentada
a força, é chamada por eles para uma missão de emergência. O planetoide que
havia encontrado no passado, é agora uma colônia terrestre chamada LV-426. Suas
comunicações foram interrompidas sem aviso prévio. A corporação envia uma força
tarefa até lá para descobrir o que houve. E Ripley é a única que o conhece,
indo como consultora.
O planeta
sofreu alterações na sua atmosfera. Sua superfície foi transformada como a da Terra. Eles
aterrissam no planeta e descobrem que a colônia está deserta. Na estação que
controla a energia de lá, acham os corpos dos colonos. Em meio aos destroços,
eles acham uma criança. É uma menina chamada Newt (Carrie Henn), que se afeiçoa a Ripley. De repente, são atacados por
diversos aliens. Poucos sobrevivem. Entre eles Ripley, Newt, o representante da
Weyland-Yutani Carter (Paul Reiser,
do seriado televisivo “Mad About You, 1992 a 1999”), o soldado Hicks (Michael Biehn, o Kyle Reese de “O
Exterminador do Futuro, 1984”) e o androide Bishop (Lance Henriksen, o Frank Black da serie de TV dos anos 90, “Millennium,
1996 a 1999”).
Cameron deu uma nova dinâmica à franquia. Que
ganhou mais ritmo de filme de ação aliado ao já conhecido suspense claustrofóbico
e com um orçamento maior, os militares da película utilizaram o que há de mais
moderno em termos de armamento. E em LV-426, vemos a Alien Queen em uma luta
épica contra Ripley, apenas utilizando um exoesqueleto que carrega material
pesado dentro da nave que a levou de volta aonde tudo começou para ela, a
Sulaco. Por sua atuação impactante, Sigourney
recebeu sua primeira indicação ao Oscar de melhor Atriz daquele ano.
ALIENS: O RESGATE (1986)
Em
1992, em sua estreia como diretor, David
Fincher (“Seven: Os Sete Pecados Capitais, 1995”) nos traz Ripley de volta
onde parou em “Aliens: O Resgate”. O modulo de fuga da Sulaco em que estava com
Newt, Bishop e Hicks cai acidentalmente em um planeta prisão chamado Fiorina “Fury”
161. Mais tarde, descobre que uma das criaturas que reproduzem os aliens (o alien
facehugger) estava em um dos seus amigos.
Agora
Ripley tem que lutar em duas frentes. Evitar que seja estuprada pelos
prisioneiros e que uma nova ameaça surja entre eles. Descobre também que foi ela,
inseminada pelo embrião da Alien Queen. Enquanto isso surge um novo Alien que
ataca todos na prisão. Ao mesmo tempo, que evitar que ele chegue as mãos da
Weyland-Yutani que deseja transforma-lo em arma biológica.
Este
é o mote de “Alien 3”, que de certa
forma encerra a angustiante jornada de Ripley na telona. Se sacrificando para
evitar que o pior chegue à humanidade. Sua história foi escrita por Vincent Ward (de “Amor Além da Vida,
1998” com Robin Williams) e o roteiro foi revisto por Walter Hill, David Giler
& Larry Ferguson.
ALIEN 3 (1992)
Quando
imaginávamos que a aventura de Ripley no espaço infinito havia se encerrado. Dai
que surge “Alien Ressureição (Alien
Ressurection)” em 1997. Estamos no ano de 2379, os cientistas militares que
conseguiram recolher amostras de sangue de Ripley, através do que tinham da
Alien Queen. Dai temos o clone da Rippley em sua versão 8. As anteriores não
deram certo. Vemos uma relação mais próxima entre este e os aliens.
Percebem
que a mistura do DNA sanguíneo de Ripley com o alien, a fez adquirir habilidades.
Agilidade, força física, o sangue acido e uma conexão psíquica com os mesmos. Todos
estão a bordo na nave Auriga e estão acompanhados de mercenários espaciais como
Elgyn (Michael Wincott), Johner (o
Hellboy Ron Perlman) e a androide
Annalee Call (Winona Ryder, a Joyce
Byers da serie Netflix “Stranger Things, desde 2016”).
Dirigido
por Jean-Pierrre Jeunet, do cult “O
Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)”, a partir do roteiro escrito por Joss Whedon (dos filmes Marvel “The
Avengers: Os Vingadores, 2012” e “Vingadores: Era de Ultron, 2015”). Temos as experiências
dos cientistas com a facehugger em seres humanos. Ao contrario dos filmes
anteriores, o habilidade claro da nave vislumbramos o ataque xenomorfe dos
aliens aos seus tripulantes.
ALIEN RESSUREIÇÃO (1997)
O inesperado
acontece. Ridley Scott anuncia que
está voltando ao universo de Alien em “Prometheus”.
A película foi lançada em 2012, e seria um preludio dos eventos vistos
anteriormente na franquia. Um conto sobre as origens do “Alien”, bem como da
raça humana. E critica ao comercial indiscriminado das grandes corporações. Já discutimos
“Prometheus”, leia no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2012/06/prometheus-origem-das-especies.html
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