Quando
Natalie Portman surgiu para o cinema
como a frágil Mathilda no filme de ação “O Profissional (1994)” de Luc Besson.
Poucos imaginariam que ela se tornaria uma das talentosas e vistas da sua
geração. Em meio a isso, ela participou da saga Star Wars (1999, 2002 e 2005) de
George Lucas, como Padmé Amidala. Ela fez par romântico com Hayden Christensen. Este era Anakin Skywalker que mais tarde se tornaria Darth Vader. Assim
conhecemos a mãe do último jedi Luke Skywalker e da general Leia Organa. Mais
tarde, ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz pelo drama “Cisne Negro (2010)” e fez
parte do Universo Cinematográfico Marvel nos filmes do Deus do Trovão Thor como Jane Foster. E estreando como
diretora no drama “De Amor e Trevas (2015)”.
Agora
se transforma em uma das primeiras damas mais marcantes da história politica na
terra do tio Sam, Jacqueline Kennedy. Ganhando o titulo de
“Jackie (2016)” com direção do
chileno Pablo Larrain, do ficcional
“Neruda (2016)”, em seu primeiro filme nos EUA. O roteiro foi escrito por Noah Oppenheim de “A Série Divergente: Convergente (2016)”. Que ganhou o
premio de Melhor Roteiro no ultimo Festival de Veneza. Larrain e Oppenheim
nos trazem os eventos que ocorreram antes, durante e após o assassinato do
Presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963. Um olhar mais apurado e
próximo daqueles que estavam ao seu lado naquele dia fatídico. Seguranças e a
própria Jacqueline segurando a cabeça ensanguentada do marido em seu colo.
Daí vemos
Jackie (Portman) em uma casa de
campo e se preparando para dar uma entrevista uma semana após do ocorrido. O
repórter (Billy Crudup de
“Spotlight: Segredos Revelados, 2015”) chegando, já é advertido que tudo dito
por ela será checado pela mesma. Só publicando, o que ela autorizar. Com seu
tom de voz peculiar, vemos a construção de sua personagem diante das câmeras. Não há
uma ordem cronológica dos fatos. A narrativa segue os passos de Jackie, quando
ela passa ser visto pelo grande publico. Como num especial sobre a Casa Branca,
que narra sobre as mudanças que fez em seus interiores. A compra e recuperação
de moveis. Como por exemplo, o quarto em que dormiu o Presidente Lincoln. E
discutindo sua ligação com artes. Especialmente, a música.
Intercalando
conversas com Bobby Kennedy (Peter
Sargaard de “Sete Homens & Um Destino, 2016”). Discutindo detalhes
sobre o funeral de John e suas lembranças no Força Aérea Um
(avião presidencial) levando o caixão do marido e a rápida sucessão de Lyndon
Johnson (John Carroll Lynch). Nesta
sequencia, ela relata toda sua raiva, tristeza e totalmente perdida com o
momento vivido. Logo depois, Jackie comenta ao repórter que ele não poderá
publicar isso. Mais
tarde, está conversando com um padre (John Hurt, “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal,
2008”). Se abrindo sobre sua dor, falando sobre a perda de dois filhos durante a
gestação. E como se sentia “morta” com a perda do Jack (apelido para John). Ao
mesmo tempo, confessa que se irritava com o habito constante dele de ouvir a
canção “Camelot (1960)” do musical de mesmo nome.
Assim
temos o conto de “Jackie”. A
película não visa desmitificar o mito. Apenas nos aproximar dela. Dando uma
visão mais humana da persona de Jacqueline Kennedy. Como todo ser humano, com
suas falhas e virtudes. Enxergamos nela uma força interior para superar a dor
da perda e seguir em frente. Ao mesmo tempo, duvidas como irá se sustentar a si
e aos filhos. Pois, lembra de ter lido que a viúva de Lincoln morreu pobre. Natalie está simplesmente espetacular. Ela pegou
trejeitos e o modo de falar de Jacqueline, isso fez com o que a aparência
ficasse em segundo plano. A câmera de Larrain
opta por closes em seu rosto para dar ênfase à sua atuação. Justificando sua
indicação ao Oscar de Melhor Atriz deste ano. Ele mescla bem imagens da época
com o que foi filmado. Dando mais realismo às cenas. “Jackie” também é um dos últimos trabalhos de John Hurt. Falecido recentemente, em 25 de janeiro ultimo.
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