Nos últimos anos, o cinema tupiniquim tem aproveitado um terreno até então pouco explorado por ele. No caso, estamos falando das cinebiografias e por ventura, documentários. Seja de celebridades (musica, teatro, TV e o próprio cinema) ou personagens que marcaram a nossa história politica.
Leia
alguns exemplos abaixo:
MAIS FORTE QUE O MUNDO: A HISTÓRIA DE
JOSÉ ALDO
SENNA
TRINTA (filme sobre o carnavalesco Joãozinho Trinta)
TIM MAIA
NÃO PARE NA PISTA (A MELHOR HISTÓRIA DE PAULO COELHO)
SOMOS TÃO JOVENS (RENATO RUSSO)
GONZAGA: DE PAI PARA
FILHO
TROPICÁLIA
CORAÇÕES SUJOS
RAUL: O INICIO, O FIM
& O MEIO
Agora a vez da história da pimentinha Elis Regina ganhar uma versão para a tela grande do cinema. Dirigida por Hugo Prata e para ser a biografada temos Andreia Horta. Aqui a vemos encarando o personagem de corpo e alma. Sentindo-se a presença da própria na telona. Em um roteiro linear, o começo da carreira de Elis nos anos 60 até sua fatídica morte em 1982.
Sua
história se confunde com a do país. A ascensão do militarismo em meio às
revoluções de um povo querendo se libertar do sistema vigente. A própria
tentando vencer e se tornar uma artista de relevância no meio artístico. Horta mostra a que veio. Fazendo com
exatidão os movimentos, gestos, caras e bocas de Elis. Onde a própria ao ser
entrevistada, diz que sentiu a presença de Elis nas filmagens. Prata e equipe comentaram o mesmo.
Junto a ela temos Caco Ciocler como o tímido e segundo esposo de Elis, Cesar Camargo Mariano. Que o interpretou com perfeição. Gustavo Machado é o Ronaldo Boscoli, o primeiro marido, um cafajeste e mulherengo de primeira. E com Lucio Mario Filho fazendo o finado Miéle (31.05.1938 – 14.10.2015), de forma respeitosa e digna.
Prata opta por focar na vida pessoal de
Elis desde sua chegada a capital carioca. Gaúcha de nascença vem à cidade
maravilhosa para conhecer seus ídolos de perto e ao mesmo tempo, conquistar seu
sonho de se tornar uma artista de sucesso como eles. Onde sua caminhada ao
estrelato, se mescla com a Bossa Nova, o Cinema Novo, o Teatro Oficina e Arena
mais a Tropicália de Gil & Caetano.
Juntos
aos programas de auditório da época na televisão, Rede Record e Globo, onde Elis
pode exibir todo seu talento. A desenvoltura incomum nos palcos e voz potente
que marcou sua carreira. Prata com a
interpretação marcante de Horta,
enxergamos bem os altos e baixos de sua personalidade inquieta até o momento
final e triste de sua vida.
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