O Universo Cinematográfico Marvel cresce e se fortalece a cada filme lançado na sétima arte. Os últimos lançamentos só comprovam essa força. O segundo filme dos Vingadores, “Era de Ultron (2015)”, a introdução de um novo herói “O Homem-Formiga (2015)” e mais recentemente o derradeiro filme do Primeiro Vingador, “Capitão América: Guerra Civil (2016)”. Agora o UCM migra para um território, pouco explorado até então. Só visto brevemente nos filmes do Deus do Trovão, “Thor (2011)” e “Thor: O Mundo Sombrio (2013)”. No caso, estamos falando de magia e misticismo.
É a vez do “Doutor
Estranho (Doctor Strange, 2016)”
ganhar sua versão para a telona. Teve sua primeira vez nas HQ’s em 1963, criado
por Stan Lee e Steve Dikto. Aqui temos o neurocirurgião Stephen Strange, uma
pessoa arrogante, egocêntrica e confiante demais sobre suas capacidades. Até
que sofre um acidente de carro e perde a sensibilidade e firmeza das mãos. Seu
principal meio de trabalho. O personagem é feito por Benedict Cumberbatch (o Sherlock Holmes do seriado televisivo
inglês, desde 2010).
Desesperado
em buscar de uma cura, se afasta da sua única amiga no hospital em que
trabalhava, a dra. Christine Palmer (Rachel
McAdams de “Spotlight: Segredos Revelados, 2015”). Após vários
procedimentos cirúrgicos experimentais para recuperar o momento das mãos sem a
eficácia desejada e já sem recursos financeiros. Descobre que uma pessoa
paraplégica recuperou os movimentos das pernas milagrosamente. Ela se chama
Jonathan Pangborn (Benjamin Bratt de
“24 Horas: Viva Um Novo Dia, 2014”). Indo ao seu encontro, ele o reconhece.
Pangborn diz que tentou se consultar com Strange e teve como reposta, paciente
sem tratamento.
Mesmo assim, ele o auxilia. Dizendo para ir até o templo Kamar-Taj em Katmandu (Nepal). Sua caminhada não é nada fácil pela cidade. Chegando lá se depara com Karl Mondo (Chiwetel Ejiofor, “Perdido em Marte, 2015”). O apresenta a Anciã (Tilda Swinton, “O Expresso do Amanhã, 2013”). O que parece ser um centro de medicina alternativa, o que deixa Strange decepcionado. Mostrando na verdade ser um local onde a magia e o misticismo se cruzam.
A
Anciã ensina as pessoas com que possuem o dom da magia e a força de espirito
para se tornarem mestres místicos para proteger a Terra. Como Mondo e seu
pupilo que se voltou contra ela, Kaecilius (Mads Mikkelsen, o Hannibal Lecter da serie de TV “Hannibal, 2013 a
2015”). Strange tem uma demonstração do seu poder e explicando a ele que nada é
o que realmente parece ser. E que o mundo em que vivemos é dividido por espaço
entre espaços. Isto é, não vivemos em só uma dimensão. Que a mesma se divide em
várias.
Espantado
com sua descoberta, Strange pede a ela que o ensina. A Anciã recusa de inicio,
por ver nele as características de Kaecilius. Sua arrogância, por exemplo. Já
este que buscar libertar Dormammu. Um ser que vive da Dimensão Negra, onde o
tempo e o espaço não existem e lá todos vivem eternamente. Começando seu
treinamento, Strange ainda não abriu totalmente sua cabeça para os ensinamentos
da Anciã.
Lá tem acesso à sua biblioteca, que é protegida por Wong (Benedict Wong, da serie Netflix “Marco
Polo” desde 2014). Sua
memoria fotográfica e agilidade no pensamento o ajudam a se aprimorar nos seus
estudos sobre magia. Já seu raciocínio lógico o impede de ir à frente, até a
Anciã o coloca à prova. Usando os anéis de acesso que os levam de um local para
outro, em questão de segundos. Ela o deixa no alto do monte Everest. No limite,
Strange descobre seus poderes. Assim temos a introdução do “Doutor Estranho” no cinema.
Scott Derrickson, vindos dos filmes de terror “O
Exorcismo de Emily Rose (2005)”, “A Entidade (2012)” e “Livrai-nos do Mal
(2014)” se mostra como a escolha certa para a cadeira de diretor. Onde a
história escrita por ele junto aos roteiristas C. Robert Cargill e Jon
Spaiths, nos dá a dimensão (com perdão do trocadilho) sobre a personalidade
de Strange em aceitar sua condição física e se realmente quer ser o herói, das
premonições da Anciã.
Isso
se deve ao ótimo trabalho de Cumberbatch,
que soube dosar humor e seriedade ao personagem. As pitadas de humor na hora
certa, como na cena vista no ultimo trailer sobre a senha do wi-fi em
Kamar-Taj. Ao brincar com Wong sobre seu nome completo. O chamando de Bono,
Eminem e até Beyoncé. Ou quando conquista o Manto da Levitação, que tem vida
própria.
As
sequencias no Multiverso, são de tirar o folego. Logo na abertura do filme e na
luta de Strange e Mondo contra Kaecilius e seus aliados pelas ruas de Nova
York. Onde a cidade não é afetada pelo confronto. Só na dimensão onde estão.
Com o 3D, este efeito ganha proporções gigantescas. Ao vê-las impossível não
lembrar a ficção scifi “A Origem (2010)” de Christopher Nolan. Isso se deve
também a ótima visão de Derrickson
que soube aproveitar o orçamento que tinha em mãos mais a equipe da Industrial
Light and Magic ao seu lado. O que mantem o bom ritmo da película. AVISO AOS NAVEGANTES!!!
Como
é de praxe nos filmes da Marvel, temos a manjada cena pós-credito. E nos
últimos lançamentos, elas se tornaram duas. Se você não quer saber sobre elas, PARE DE LER AGORA! Senão, é por sua conta e risco. A
primeira é a introdução para “Thor:
Rangnarok (estreia prometida para novembro de 2017)”. Onde Thor (Chris Hermsworth) conversa com Strange
sobre o desaparecimento de Odin. Dando a entender que veremos o Doutor Estranho
no filme do Deus Do Trovão. Já a segunda, dá a deixa para a história do segundo
filme do Doutor Estranho.
Comentários
Postar um comentário