Na noite do ultimo sábado (08 de outubro de 2016) tivemos a quarta edição do Popload Festival, idealizado pelo jornalista Lúcio Ribeiro. Ela aconteceu no Urban Stage, localizado na zona norte da cidade de São Paulo e como seu criador, o ecletismo musical reinou. Representando a nossa terra brasilis, tivemos o suingue instrumental do Bixiga 70 (que substituíram de ultima hora, uma das atrações confirmadas The Battles. Que cancelou toda uma turnê na América do Sul, devido a problemas familiares de um de seus membros) e uma das representadores da Nova Música Popular Brasileira Contemporânea, Ava Rocha.
A big
band paulistana Bixiga 70 mesclou
jazz, soul, dub e musica afro brasileira de primeira qualidade. Logo em
seguida, subiu ao palco Ava Rocha. Filha
do icônico cineasta brasileiro Glauber Rocha. Ela é conhecida no meio musical
pelo seu apoio a cena indie tupiniquim. O repertorio do show trouxe seu álbum “Ava
Patrya Yndia Yracema (2015)” como base, com direito a versões de “Iracema” de
Adoliran Barbosa e “Índio” de Gal Gosta. Sua voz rasgante e performance de
palco chamam a atenção de todos.
A parte internacional do festival começou com o duo nova-iorquino Ratatat. Misturando musica eletrônica com instrumentos. Mike Stroud e Evan Mast nos trazem uma apresentação interativa cheio de efeitos de palco. Luzes e imagens de computação gráficas no telão aliados ao som psicodélico da dupla.
Depois
um dos mais esperados do Popload, o Wilco. Grupo de Chicago (EUA) liderada
por Jeff Tweedy se apresentou por
aqui em 2005, no finado Tim Festival. Porem, só na sua edição carioca. Então foram
mais de 11 anos, que estiveram no Brasil. E sendo a primeira vez na terra da
garoa. Eles estão excursionando e divulgando o novo disco “Schmilco (2016)”. Que
tem uma sonoridade mais acústica e melancólica. Bem ao contrario, do que foi a
apresentação.
Seguindo
a cartilha do penúltimo álbum “Star Wars (2015)”, foi um show onde as guitarras
se fizeram presença. Entre as canções, Jeff
disse: “Estamos tentando tocar algo de
tudo que gravamos, pois nunca estivemos aqui". Tentaram tocar tudo, só
faltou “Wilco” de 2009. Os fãs empunhavam cartazes “Procura-se Jeff Tweedy”
como uma homenagem ao mesmo, por finalmente estar tocando em São Paulo. Canções
como “I Am Trying to Break My Heart”, “Via Chicago” e “Impossible Germany”
fizeram parte do show.
E encerrando os trabalhos, tivemos os ingleses do The Libertines. Estiveram por aqui em 2004, só que sem Peter Doherty. Afastado na época devido a seus problemas com drogas e álcool. O vocalista e guitarrista Carl Barât, o baixista John Hasall e o batera Gary Powell completam a formação original que retornou ano passado com o elogiado disco “Anthems For Doomed Youth (2015)”.
Foi uma
apresentação empolgante com Doherty
e Barât usando bandanas com as cores
da bandeira do Brasil e dividindo os microfones. O primeiro disco do grupo “Up
The Bracket (2002)” é tocado quase integralmente. “Time for
Heroes”, “Boys in the Band”, “What Kate Did”e “The Boy Looked at Johnny”, não
poderiam faltar. De “Anthems”
tivemos a balada “My Waterloo” com Carl ao
piano e Peter no violão e voz.
Sucessos como “Can’t Stand Me Now” e “Don’t Look Back in the Sun (encerrou o show com chave de ouro)” junto as novas canções como o reggae “Gunga Din”, “Fame and Fortune” e “Heart of the Matter” fizeram alegria dos presentes.
Vale
destacar o respeito dos artistas quanto ao horário de suas apresentações. Com uma
pontualidade de dar inveja aos britânicos, todas começaram conforme estava
programado. E a organização do festival, junto aos seus patrocinadores, que
disponibilizou para o publico um bilhete de metrô para voltar para casa e na
saída, garrafas d’agua.
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