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"NO DIRECTION HOME: A VIDA & A OBRA DE BOB DYLAN"


No ultimo dia 13 de outubro, o mitico poeta folk Bob Dylan ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2016. Deixando o mundo todo de queixo caído e nas palavras do membro da Academia Sueca Per Wastberg: “Dylan tem o status de um ícone. Ele provavelmente é o maior poeta vivo”. E a Secretaria Geral Sarah Danius da Academia explicou sobre a escolha por Dylan: “Por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música norte-americana”.

 
A nota oficial sobre o premio diz “Dylan gravou um grande número de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor. Como artista, foi altamente versátil e trabalhou como pintor, ator e autor de roteiro”. Vale lembrar que uma das maiores influências de Bob foi a geração beatnik de poetas modernos norte-americanos como Jack Kerouac e Allen Gisberg. Entre suas obras literárias temos “Tarantula (1971)”, uma compilação de suas letras junto a poemas experimentais. E “Chronicles Volume 01”, uma autobiografia lançada em 2004, que faria parte de uma trilogia que até a presente data nunca foi completada.


Aproveitando o momento, vamos discutir sobre a biografia definitiva sobre sua persona, “No Direction Home: A Vida & A Obra de Bob Dylan” do jornalista norte-americano Robert Shelton. Com um trabalho de pesquisa aprofundado na vida de Dylan. Ninguém chegou tão próximo de como funciona sua mente e seu coração. Pois foi o único que teve acesso direto a ele. O acompanhando no final dos anos 60. Terminando a obra e a publicando em 1986.

Com certo atraso, saiu por aqui 2011, uma edição caprichada e atualizada. Na época, Dylan estava completando 70 anos e a Editora Laurosse nos brindou com um exemplar desta obra prima sobre o poeta. Seus editores Elizabeth Thomson e Patrick Humphries aproveitaram o momento para lançar uma edição comemorativa de 25 anos do livro. Recheada com uma seção de fotografia, discografia completa, cronologia e capa dura. E como foi idealizada originalmente por seu autor. 


Shelton captura com precisão cirúrgica os eventos mais marcantes na carreira de Dylan. A idolatria de seus fãs com o crescimento do movimento folk nos anos 60. Bem como as reações diversas dos mesmos quando deixou de lado o som do violão para pegar uma guitarra elétrica. Quando foi chamado por eles de traidor. O vicio em heroína, o acidente de moto e seus primeiros romances (Suzie Rotolo e Joan Baez).  


Entrevistando inclusive personalidades que admiram a arte de Dylan. Junto à visão do próprio a respeito de si e de outros como ele. Também analisa seus principais discos. Shelton traça um retrato rico sobre o biografado. Desde a infância, adolescência, a admiração e idolatria por Woody Guthrie e as primeiras apresentações nos bares do Village, em Nova York. Vemos seu lado de homem comum (filho, pai, marido), religioso (judeu), artista (compositor e boêmio) e ativista politico.  

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