O
mago Steven Spielberg é um dos
maiores cineastas de todos os tempos. Marcado no inicio de carreira por filmes
que traziam aventura, fantasia com um ar de inocência que já não cabe nos dias
de hoje. Como nas sagas, Indiana Jones e Jurassic Park, “Contatos Imediatos do
Terceiro Grau (1977)”, “Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991)” e em especial, “E.T.: O Extraterrestre (1982)”. Onde a critica especializada o caracterizou como “o
cineasta que não quer crescer”. Mais
tarde resolveu fazer filmes com uma temática mais seria. Seja ficcional ou
baseada em fatos reais como “A Cor Púrpura (1985)”, “Império do Sol (1987)” e
com “A Lista de Schindler (1993)” ganhava seu primeiro Oscar como Melhor Diretor.
E em 1998, levaria mais uma estatueta para casa com o excepcional filme de
guerra “O Resgate do Soldado Ryan”. Com isso, Spielberg cresceu.
Mas sem perder
seu lado “inocente”. Isso é exemplificado em “A.I.: Inteligência Artificial
(2001)”, “Prenda-me se for Capaz (2002)”, “Guerra dos Mundos (2005)” e “Cavalo
de Guerra (2011)”. Agora ele volta ao mundo da fantasia e aventura com “BGA: O Bom Gigante Amigo (The BFG, 2016)”.
Baseado no conto escrito por Roald Rahl.
O mesmo de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”. Em parceria
com os estúdios Disney, Spielberg nos traz uma volta ao tempo. Relembrando
seus tempos como diretor e produtor de filmes como “Goonies (1985)”, “O Jovem
Sherlock Holmes (1985)” e “Fievel: Um Conto Americano (1986)”. Onde a fantasia
e a magia se fundem. E ele, como poucos, sabe fazer uso disso. Com roteiro
adaptado por Melissa Mathison, que
escreve a história de “E.T.: O Extraterrestre”. Veio a falecer em novembro do
ano passado.
Deixou o script para Spielberg contar a história da órfã Sophie (Ruby Barhill) ao encontrar o gigante do título perambulando incógnito pelas ruas de Londres madrugada adentro. Ele é feito por captura de movimentos pelo ator inglês Mark Rylance. Que ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Ponte de Espiões (2015)”. Ultimo trabalho de Spielberg. Aqui vemos como BGA leva Sophie para seu mundo magico. Lá ela descobre que ele é o menor de um grupo de gigantes. Que o humilham e o descriminam por não comer crianças. Diz a Sophie que é responsável pelos sonhos das crianças. Em uma das mais belas sequencias da película, BGA mostra a ela como leva o sonho para um garoto. Eles estão na beirada da janela, as sombras em volta do quarto formam o sonho narrado por ele. E fechando a cena, com o sorriso de satisfação da criança. Aqui ele mostra bem como saber fazer uso de uma câmera. Num plano sequencia empolgante, BGA precisa esconder Sophie dos outros gigantes. Passando por todos os cantos de sua morada, eles não percebem sua presença. Spielberg como hábil cineasta, orquestra com perfeição a mescla entre a ilusão e a magia do cinema.
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