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"RUA CLOVERFIELD, 10"


O ano era 2008 e a Bad Robot de J.J.Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força, 2015”) soltaram a ficção cientifica com ares de terror “Cloverfield”. Onde o planeta é invadido por alienígenas e tudo é registrado através de câmeras de celulares por seus interpretes. A sua maioria, atores amadores.

Na época, o filme chamou atenção por sua técnica diferenciada. Vista anteriormente no terror juvenil “A Bruxa de Blair (1999)”. Em “Cloverfield”, ela foi aprimorada e se juntou com que a de mais moderna na técnica de efeitos digitais com a de melhor na arte de efeitos especiais artesanais. No caso, o mago Phil Tippett. Um dos responsáveis pelas criaturas da saga Star Wars. Um bom exemplo: o monstro Rancor de “Star Wars Episodio VI: Retorno de Jedi”.


Daí, chegamos a “Rua Cloverfield, 10 (10 Cloverfield Lane, 2016)”, dirigido por Dan Trachtenberg e com roteiro escrito pelo estreante Josh Campbell ao lado de Damien Chapezze (“Whiplash: Em Busca da Perfeição, 2014”). Temos a história da jovem Michelle (Mary Elizabeth Winstead, a filha do Duro de Matar John McClane) fugida de casa após uma briga com o namorado. Ela sofre um acidente na estrada.  Acorda e se vê presa a um quarto no parecer ser em um porão.

Lá se encontra com Howard (John Goodman, o Fred Flintstone do cinema e a voz do monstro azul Sully da animação Disney “Monstros S.A.”). Ele lhe disse que o mundo que ela conhece acabou. Foi destruído por uma guerra com alienígenas e os militares para elimina-los usaram armas químicas, que acabaram com o ambiente natural da Terra.


Michelle está em um bunker localizado no subsolo da fazenda de Howard. Onde conhece outro sobrevivente chamado Emmet (John Gallagher Jr.), um vizinho de Howard. Vivem o dia a dia esperando que possam voltar à superfície. Desconfiada da situação, Michelle não acredita na história de Howard e pede auxilio a Emmet para ir lá em cima e descobrir a verdade do que está acontecendo.

Assim somos apresentados a “Rua Cloverfield, 10”. Seu clima claustrofóbico é muito bem retratado por Trachtenberg, onde nada para ser o que realmente aparenta ser. A interação do trio formado por Goodman, Winstead e Gallagher é excepcional. Destacando em especial o primeiro, que com sua experiência mistura a tensão (o olhar ameaçador), o humor (brincando com a situação) e o medo (proteger a si e seus companheiros de cena). E Winstead mostrando a força e perseverança de sua personagem, como fez muito bem “Duro de Matar 4” e “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”.


Não é uma continuação direta de “Cloverfield”. Apenas utiliza parte de sua história, para uma nova onde os eventos vistos no primeiro filme, desencadearam o que está ocorrendo em “Rua Cloverfield, 10”. Um suspense psicológico tenso até o seu fim, que aproveita o talento de seus atores para nos proporcionar um entretenimento de primeira. O filme conta a participação especial do sniper americano Bradley Cooper, quase imperceptível.

Com não seria diferente nos trabalhos da Bad Robot, a parte técnica chama atenção. O trabalho do diretor de fotografia Jeff Cutter (onde as luzes e as sombras se fundem, criando um efeito único), a montagem ágil de Stefan Crube, a trilha musical tensa de Bear McCreary e os efeitos visuais no ato final da película.

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