Muito se falou sobre o
futuro da principal banda do cenário heavy metal atual. Estamos falando do Iron Maiden. Desde o termino de suas
atividades após a última turnê que incluiu passagem em nosso país tupiniquim ou
o diagnostico de Bruce Dickinson com
dois tumores cancerígenos na garganta. Ao final da turnê, na
verdade a banda entrou em estúdio para gravar seu mais novo álbum, “The Book of Souls (2015)”. Com um
intervalo de cinco anos desde “The Final Frontier (2010)”, o grupo realizou
duas grandes excursões ao redor do globo, a “The Final Frontier World Tour
(2010 a 2011)” e temática “Maiden England World Tour (2012 a 2014)”.
Em meio ao tratamento
de Bruce, o grupo foi gravando as
canções que fariam parte do disco. Dai tivemos a noticia mais aguardado por
todos. O anuncio que ele estava curado da doença. E pronto para partir em uma
nova aventura com o Iron Maiden pilotando
o avião da banda, o Ed Force One.
Assim chegamos a “The Book of Souls”. Mostrando que a
donzela de ferro tem muita lenha para queimar, nos trazendo um dos seus
melhores álbuns. Musicalmente sentimos
que eles adicionaram uma atmosfera maia (arte e conceito do disco). Bruce se tornou seu principal
compositor, sendo responsável pelas excelentes canções que abre (“If Eternity Should Fall”) e fecha (“Empire of the Clouds”).
A pegada progressiva
está mais em evidencia, ouvida em “Brave New World (2000)”; “Dance of Death
(2003)”; “A Matter of Life & Death (2006)” e “The Final Frontier (2010)”. O
acréscimo de uma orquestra em determinadas faixas e sons mais acústicos como a
introdução de piano tocada pelo próprio Bruce
em “Empire of the Clouds”. Indicam
um novo direcionamento musical para o Iron
Maiden. “The Book of Souls” foi
dividido em dois discos devido à duração de suas faixas.
IF
ETERNITY SHOULD FALL:
Primeira grande (em todos os sentidos) canção do álbum. Composta inicialmente
para o trabalho solo de Bruce. Ela
foi aproveitada, pois sua temática combinou com a proposta do disco. Climática, num crescendo com a banda e a potencia sonora característica. O contrabaixo
pulsante de Steve Harris se fazendo presente.
SPEED OF LIGHT:
Primeiro single. Canção
direta. Som nu e cru. Segue a linha de “The Wicker Man” e “Different World”.
THE GREAT
UNKNOWN: Canção metal padrão. Referência direta de “Brave New
World” e “A Matter of Life & Death”.
THE
RED AND THE BLACK:
Com introdução do contrabaixo acústico de Steve
Harris. A única composta por ele somente. A canção mostra porque Harris é um dos maiores compositores do
estilo. Mesclando com perfeição, peso e harmonia.
WHEN THE RIVER
RUNS DEEP: Heavy metal padrão de qualidade Iron Maiden.
THE
BOOK OF SOULS: Canção
que dá nome ao álbum. Simplesmente épica. Bela introdução acústica que dá a
deixa para o já conhecido duelo de guitarras pelo trio formado por Adrian Smith, Dave Murray & Janick
Gers. E destacando o trabalho de Nicko
McBrain nas peles da sua bateria.
DEATH
or GLORY: O peso está
de volta. Canção prima de “Revelations” e “Flight of Icarus”.
SHADOWS
OF THE VALLEY: Apesar
da introdução a lá “Wasted Years”, não é sua segunda parte. Composta por Gers & Harris. Ela segue uma linha musical que lembra “Brave New World”.
TEARS
OF A CLOWN: Composta
em homenagem ao comediante Robin Williams, nas palavras de Bruce. Uma quase balada com toques de hard rock. Um belo tributo.
Composição de Adrian Smith & Steve Harris.
THE
MAN OF SORROWS:
Apesar do título, não é a canção composta por Bruce em sua carreira solo. Na verdade, ela é de Dave Murray com Steve Harris. Uma balada na sua essência.
EMPIRE
OF THE CLOUDS: Agora
o épico composto por Bruce. A canção
mais longa do repertorio IM. São
18 minutos de deleite musical. É diferente de tudo o que a banda já registrou
anteriormente. Começa ao piano, vêm às
cordas e aos poucos Adrian, Steve, Dave, Janick & Nicko se fazem presentes. Em “Powerslave (1985)”, tivemos “Rime of the Ancient Mariner” de Steve Harris. Agora chegou a vez de Dickinson se mostrar um compositor
de mão cheia. Peso e harmonia na medida certa.
O saldo final é
extremante positivo. Onde temos o Iron
Maiden em sua plena forma musical. Bruce,
apesar do tratamento da garganta, manteve sua performance vocal. A coesão e aprimoramento
de Steve, Dave, Adrian, Janick & Nicko como banda simplesmente beira à perfeição.
Comentários
Postar um comentário