Filmes sobre viagens no
tempo e um futuro apocalíptico para a raça humana não são uma novidade no mundo
do cinema. Exemplificando isso temos a sagas De Volta para o Futuro e O Planeta
dos Macacos, nos dois casos respectivamente. Mas somente uma conseguiu mesclar
os dois temas de forma inteligente. Estamos falando de “O Exterminador do
Futuro”. Criada pelo diretor arrasa quarteirões James Cameron,
responsável pelas maiores bilheterias do cinema com arrecadação que superam um
bilhão de dólares ao redor do globo. No caso, o oscarizado “Titanic (1997)”
e o revolucionário “Avatar (2009)”.
Um filme considerado trash dos anos 80, num futuro distante a Terra é dominada por máquinas comandadas por um programa chamado Skynet. E a humanidade, quase extinta, luta bravamente pela sua sobrevivência. Como escolhido para lidera-la, temos John Connor. Este envia Kyle Reese (Michael Biehn), seu braço direito, para o passado e salvar sua mãe Sarah (Linda Hamilton). Pois as máquinas enviaram um Exterminador (T-800) para executá-la, assim John não nascerá e a raça não terá seu líder.
Essa é a premissa de “O Exterminador do Futuro (1984)” com o Conan Arnold Schwarzenegger como o ser robótico maligno. Em 1991, tivemos “O Exterminador do Futuro 2: Julgamento Final (T2: Judgement Day)”, Sarah Connor (Hamilton) está internada num hospício, devido aos seus delírios sobre o futuro. Seu filho John (Edward Furlong), então adolescente, não consegue se adaptar aos lares adotivos. Enquanto isso, as máquinas enviam um novo exterminador, o T-1000 (Robert Patrick), mais avançado e que pode adquirir qualquer forma, desde que tenha contato com ela. E o John do futuro manda o mesmo T-800 para proteger seu alter ego do passado bem como sua mãe.
Já em 2003, foi a vez de “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das máquinas (Terminator 3: The Rise of the Machines)”. Onde o futuro visto nos filmes anteriores é inevitável. Então John (Nick Stahl), junto a Kate Brewster (Claire Danes), lutam contra a T-X (Kristanna Loken) com a ajuda de um novo modelo do antigo exterminador, o T-850 (Schwarzenegger). Para tentar impedir que o dia do julgamento final aconteça.
No ano de 2009, saiu “O Exterminador do Futuro: Salvação (Terminator: Salvation)”. As maquinas dominam o mundo e John Connor (o Cavaleiro das Trevas Christian Bale) como líder da resistência humana contra elas. Ao seu lado, a esposa Kate (Bryce Dallas Howard) e a ajuda inesperada de um estranho que descobre mais tarde ser um exterminador, Marcus Wright (Sam Worthington, o Jake Sully de “Avatar, 2009”).
Assim chegamos ao novo capitulo da franquia, aqui chamado de “O Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator: Genisys, 2015)”. Aqui temos o retorno de Schwarzenegger como T-800 e a história do apocalipse cibernético contado de forma diferente. O relato a seguir pode conter spoilers, se não quiser saber, PARE DE LER AGORA. A guerra entre maquinas e humanos está chegando ao fim. Com elas em desvantagem, John (Jason Clarke de “Planeta dos Macacos: O Confronto, 2014”) e Kyle (Jai Courtney) invadem uma instalação da Skynet que possibilita a viagem no tempo.
E do outro lado, uma força especial destrói o centro de energia das maquinas. Kyle se oferece para ir ao passado e salvar a mãe de John, Sarah (Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de “Game of Thrones desde 2011”). Ao chegar, Kyle descobre que ela já se preparando e tem ajuda de um velho conhecido, o T-800. Que ela chama carinhosamente de “Papi”. Confuso, Kyle não entende o que está acontecendo. Pois eles são atacados por um T-1000 (Lee Byung-hun de “G.I.Joe: Retaliação, 2013”). Mais tarde, Sarah e o T-800 explicam a ele que o ano de 1984 que ele conhecia não existe mais.
Devido à interferência temporal feito pelas maquinas. Sarah diz também que a Skynet enviou robôs para assassinar seus pais e que foi resgatado por “Papi”. Desde então, ele a criou e treinou para o que iria enfrentar. Nos confrontos, eles pegaram as peças dos exterminadores destruídos e montaram uma máquina do tempo. Que os levará para o ano de 1997, quando a Skynet se globalizou e destruiu o mundo ao se conectar com as redes militares ao redor do globo, detonando ogivas nucleares por todo o planeta. E trazendo consigo uma surpresa (estragada pelo último trailer). John, antes a salvação da raça humana, agora é o vilão transformado no androide T-3000, formado pela tecnologia das nano-partículas. Esta é a trama básica de “Gênesis”.
Com algumas referências à história original. Como a frase dita por Kyle no filme de 1984, “Venha comigo, se quiser viver”, agora quem fala é Sarah para ele quando se defrontam com o T-1000. Ou na sequência do mesmo filme em que o Exterminador chega ao ano, se encontra com outras pessoas e quer suas roupas. E o embate com sua versão anos 80 e o T-800 dos dias de hoje, é simplesmente antológico. Agora a Skynet é um sistema operacional que acessa tudo o que estiver conectado. Podendo estar em vários lugares ao mesmo tempo (celulares, tablets, TVs, computadores e carros).
E Arnold brincando com a própria idade (67 anos) explicando a Kyle seu envelhecimento devido ao enxerto de pele ao seu esqueleto metálico e criando um novo bordão: “Velho, mas não obsoleto”. Substituindo o “Hasta A La Vista, Baby” e trazendo de volta, o “I Will Be Back”. O diretor Alan Taylor (de “Thor: O Mundo Sombrio, 2013”) nos dá uma nova visão sobre o que foi visto anteriormente na saga. Usando o conceito utilizado em “X-Men: Dias de um Futuro Passado (2014)” para explicar as viagens no tempo, como isso interfere no espaço-tempo dos personagens e nas memorias de Kyle sobre seu próprio futuro. AVISO AOS NAVEGANTES: Como nos filmes da Marvel, há uma cena pós-créditos. Dando a entender que há possibilidade de uma continuação (dependendo como for a bilheteria mundial).
NOTA PESSOAL: Uma estranha coincidência por parte do elenco. Como dito anteriormente, Emilia Clarke é a mãe dos dragões de “GOT”. E nos anos de 2008 e 2009, tivemos a serie de TV “O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor” que centrava nos eventos vistos em “T2”. E como a personagem, temos Lena Headey. Que mais tarde se tornaria a enigmática e maligna Cersei de “Game of Thrones”. E o diretor Alan Taylor também já dirigiu alguns episódios ao longo das temporadas da mesma serie.
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