No último primeiro de maio, foi lembrado que nesta data no ano de 1994 perdemos o tricampeão mundial da Formula Um Ayrton Senna (21.03.1960 – 01.05.1994). Houve varias celebrações ao redor do país como no Parque do Ibirapuera, em sua lagoa, a proteção de imagens de suas vitórias que eram refletidas através de uma cascata formada por jatos d’agua.
Nestes
21 anos sem o piloto, foi lançado o documentário “Senna (2010)”. Realizado
pela produtora inglesa Working Tittle e dirigida por Asif Kapadia. Contando com depoimentos de pessoas próximas e da
mídia da época juntamente com as imagens daqueles tempos, do arquivo pessoal e
da família de Senna.
Contando a história de Ayrton desde seu começo de carreira no Kart (onde diz: “Aquilo era corrida de verdade. Não havia política envolvida.”). Indo para seu inicio na Toleman em 1984, quando chamou atenção de todos ao chegar em segundo lugar no Grande Prêmio de Mônaco. Com um adendo: a corrida terminou antes do horário determinado, por causa das condições do tempo, o que favoreceu o francês Alain Prost.
Passamos
para o ano de 1985, quando Ayrton está na Lotus e ganha seu primeiro grande
premio em Estoril. E em 1988, ele se transfere para McLaren. E aí temos uma
ideia de como foi sua relação com seu companheiro de escudeira, o então
bicampeão mundial de F1 Alain Prost.
O que se tornou a maior rivalidade da época. O que antes era uma equipe com dois pilotos de ponta se tornou mais tarde internamente duas equipes para distintos pilotos. Ou seja, uma disputa interna. Senna ganhou seu primeiro campeonato em 1988. No GP de Mônaco, a batida entre eles quando liderava com um minuto de diferença para Prost. E ao vencer o GP do Japão, em uma disputa acirrada com o mesmo.
Ao
mesmo tempo, vemos os bastidores da Fórmula Um. Onde quem comandava é o
presidente da FIA naquele momento, Jean-Marie Balestre. Em uma reunião entre os
pilotos sobre o campeonato, Senna o confronta e Balestre diz: “A decisão
correta é a minha decisão”. Senna sai da sala, contrariado.
É aí
que o documentário se destaca. Vemos o que acontece internamente na Formula Um.
Como sua politica pode ser determinante para o resultado final de um campeonato.
Vide o exemplo do GP de Mônaco em 1984, onde os especialistas garantem a
vitória de Senna na época. Mas por ser um evento realizado em território
francês, a sede da federação é na França, seu presidente era francês e ultimo
campeão idem. Não é preciso dizer mais nada.
A rivalidade entre ele e Prost crescia a cada dia. Ela chegou ao seu ápice em 1989, quando o piloto francês bate no seu carro. Ele sai momentaneamente da pista, mas consegue retornar e vence a corrida. Porém, em uma decisão dos fiscais da prova, ele é desclassificado e perde o campeonato para Prost. Nos anos de 1990 e 1991, foram marcantes para Senna.
Em ‘90, ele ganha seu segundo título ao vencer Prost no GP do Japão, ao se chocar em seu carro. Já em ’91, Senna venceu seu terceiro campeonato e ao mesmo tempo, emocionante na primeira vitória de Senna no Brasil, exausto devido às condições adversas da corrida.
Focando mais no talento de Senna, em especial quando corria na chuva onde mostrava toda sua genialidade no volante, do que na vida pessoal. Ela é abordada superficialmente. Como suas namoradas, a rainha dos baixinhos Xuxa e a modelo Adriane Galisteu. E depoimentos dos pais e da irmã Viviane, que falam um pouco como era Ayrton fora do cockpit de carro de F1.
Até
chegarmos o momento fatídico de 1994, de onde saiu da McLaren e se transferiu
para a Williams. Apesar das diversidades ao dirigir o novo carro, Senna
transparecia confiança que conseguiria vencer o Grande Premio de San Marino, no
circuito de Imola. Seu acidente é
mostrado de forma racional e chega a emocionar com o depoimento dos pilotos, de
familiares, especialistas e pessoas comuns que até então acompanharam sua
carreira.
O
documentário mostra como Ayrton Senna era pessoa determinada e disposta a
realizar seus sonhos. Indo do limite até o impossível para alcançar seus
objetivos. Sendo uma inspiração para todos nós. Focando mais no seu lado
positivo e optando por não mostrar muito seu “outro lado”.
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