Qual é o limite de uma pessoa, seja físico e /ou psicológico, pode aguentar?
Essa questão é vista e respondida no segundo filme como diretora da
musa Angelina Jolie. Ele se chama “Invencível (Unbroken,
2014)”. Baseado no livro escrito pela autora norte americana Laura
Hillenbrand, que conta a história do atleta olímpico Louis Zamperini (Jack
O’Connell). Onde este disputou as Olimpíadas de Berlim (1936), ganhou a
medalha de ouro nos 5000m rasos e ainda quebrou o recorde olímpico. Depois foi
lutar na Segunda Guerra Mundial, pela Força Aérea dos Estados Unidos. Em missão, no bombardeiro em que estava
sofre uma pane e cai em meio ao mar Pacífico. Ele e os sobreviventes, o piloto
Phil (Domhall Gleeson, Bill Weasley da saga Harry Potter) e Mac (Finn
Wittrock), ficam perdidos por 47 dias. Sem água potável e suprimentos. São
resgatados pela marinha japonesa. Assim se tornam prisioneiros de guerra.
Torturados ao extremo, eles são transferidos para um campo de concentração no
Japão.
Phil e Louis se separam. Mac não aguentou o tempo no mar e morreu de fome. No campo, Louis encontra seu algoz. O cabo Watanabe (Miyavi) que conduz as atividades de modo cruel e implacável aos prisioneiros. Ao vê-lo e sabendo seu passado esportivo, acaba se tornando seu principal alvo para tortura física e psicológica. E conhece lá também o oficial John Fitzgerald (Garrett Hedlund de “Tron: O Legado, 2010”). Essa é a trama básica de “Invencível”.
Jolie mostrando
mais desenvoltura por detrás das câmeras, que na sua primeira vez na cadeira de
diretor, o drama de guerra “Na Terra do Amor e do Ódio (2011)”. Que narrava um
amor impossível no conflito entre bósnios e sérvios. Ela aposta numa
história sobre superação. A adaptação foi feita pelos
roteiristas William Nicholson ("Mandela: O Longo Caminho para
a Liberdade, 2013") e Richard LaGravenese ("P.S.
Eu Te Amo, 2007") com supervisão
final dos irmãos Joel e Ethan Coen ("Onde os Fracos Não Tem Vez, 2007").
O trabalho do diretor de fotografia Roger Deakins (“007: Skyfall, 2012”) se destaca. Nos ângulos e nas paisagens, em especial nas sequencias aéreas e em alto-mar. A excelente reconstituição de época. A atuação competente de Jack O’Connell como o biografado, que teve o próprio como consultor (até falecer em 02 de julho de 2014). Somada a uma nova geração de atores formada por Gleeson, Jai Courtney (o filho do Duro de Matar John McClane) e Hedlund.
A trilha musical edificante de Alexandre Desplat (de “Harry Potter & As Relíquias da Morte Partes I & II, 2010 e 2011”) contribui para o clima imposto por Jolie ao contar a história de Zamperini. Os altos e baixos, mas que no fim, sua persistência e força interna o mantiveram sempre no comando da própria vida. Junto à música de Desplat, temos a canção composta pelos ingleses do Coldplay, “Miracles”. “Invencível” foi indicado para três categorias técnicas do Oscar deste ano: Melhor Fotografia (Deakins), Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
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