Principal estreia nas salas de cinema da sua cidade, temos a nova
empreitada da Marvel na tela grande. Estamos falando de “Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy, 2014)”. Os
heróis mais improváveis deste universo estão agora no cinema. Criados em 1969,
mas poucos aproveitados pela própria Marvel. Dá para contar nos dedos o quanto
apareceram nos quadrinhos. Só em 2008, começaram a ter uma presença maior nas
revistas da editora. Coincidentemente com o primeiro filme deles, “Homem de Ferro (2008)”. Com a
mesma, se fortalecendo no cenário cinematográfico, apostando nos Guardiões como
parte deste universo. Graças às sagas do “Homem
de Ferro”, “Thor” e “Capitão América”, a Marvel pode colocar
em prática, uma película que os liga com o espaço infinito e ao vilão Thanos,
visto no final de “The Avengers: Os Vingadores (2012)”.
Dirigido por James Gunn (do terror “Os Seres Rastejantes, 2006”) e escrevendo o
roteiro ao lado de Nicole Perlman. Eles nos introduzem Peter Quill
(Chris Pratt), mais conhecido como Starlord; Gamora (Zoe Zaldana),
a filha adotiva de Thanos e criada como uma arma letal; Draux (Dave Bautista),
o Destruidor e a dupla formada pelo guaxinim alterado geneticamente Rocket (Bradley
Cooper) e a árvore mutante Groot (Vin Diesel). No inicio do
filme, estamos em 1988, com Quill quando criança perdendo a mãe. Ele sai
correndo e já fora do hospital, é abduzido pelo alienígena Yondu (Michael
Rooker, o Merle Dixon da serie de TV “The
Walking Dead, 2010 até hoje”). Para cria-lo e transforma-lo numa espécie de
ladrão intergaláctico de joias.
Um encontro que se torna uma verdadeira caçada, com a inclusão de Rocket & Groot. Atrás da recompensa pela captura de Quill. Onde causam um verdadeiro tumulto em Xandar e são capturados pela Tropa Nova. E enviados para a prisão de segurança máxima espacial Kyln. Resolvem juntar forças e fugir de Kyln. Lá conhecem Drax que se alia ao grupo. Gamora diz a eles que um contato que deseja o Orbe, e irá recompensa-los com uma fortuna. Em uma fuga no mínimo, mirabolante. Todos escapam de Kyln e se dirigem para Nowhere, no ponto mais longínquo da galáxia e lá estamos reunidos os foras da lei mais perigosos.
Também é a residência de Taneleer Tivan, o Colecionador (o Che Guevara Benicio Del Toro). Visto em “Thor: O Mundo Sombrio (2013)”. No caminho, eles têm oportunidade de se conhecerem melhor. A convivência de início não é fácil. Com Quill, se tornando o líder do grupo. Gamora, isolada e jurada de morte por todo universo. Rocket é o responsável pelas invenções. Drax é a força motriz. Groot, o lado sensível. Cada um com seus traumas e justificativas para ser o que são. A negociação com Tivan dá errada e Ronan consegue pegar o Orbe. Daqui temos o ponto de virada, com o grupo indo atrás dele para salvar o universo. Esta é a trama inicial de “Guardiões da Galáxia”.
Onde o diretor James Gunn consegue dar ritmo à
sua história, colocando na medida certa: ação, humor, drama aliados a efeitos
visuais de última geração. Fazendo uma comparação entre os Guardiões e os
Vingadores. Com estes sendo os Beatles e os Guardiões, os Rolling Stones.
Quando juntos, os Vingadores lutam com certo glamour, graça e há um plano
tático, de acordo com a experiência militar do Capitão América. Já nos
Guardiões ocorre o contrario. Existe uma estratégia de ataque e defesa, só que
sempre acabam improvisando, porque o mesmo não sai conforme planejado.
É a boa interação do seu elenco principal com Chris Pratt dando conta do papel de Starlord; Zoe Saldana (a nova Uhura de “Star Trek” e a Neytiri de “Avatar, 2009”) mostrando a desenvoltura de sempre; Dave Bautista (o lutador de MMA), uma boa surpresa; Bradley Cooper fazendo a voz de Rocket com o sarcasmo que é peculiar ao personagem, em seu melhor momento no cinema e o grandalhão Vin Diesel como Groot, resumindo bem sua interpretação, “eu sou Groot”. “Guardiões da Galáxia” é diversão garantida.
Sem a expectativa e a pressão gerada por “Os Vingadores: A Era de Ultron”, o que deixa a película mais leve e nos mostra muito bem seus personagens. E com referencias as sagas “Star Wars” e “Indiana Jones”. Sem deixar de mencionar sua trilha musical, recheada de clássicos dos anos 70 como “Hooked on the Feeling” do Blue Swede, “Go All The Way” dos The Raspeberries, “I’m Not in Love” do 10cc, “Fooled Around & Fell Love” de Elvis Bishop, por exemplo.
Os momentos mais agitados como na batalha final
entre os Guardiões e Ronan, temos “Cherry
Bomb” das Runaways. Ou quando eles chegam a Nowhere toca “Moonage Daydream” do camaleão David
Bowie. Os “Guardiões da Galáxia”
já tem continuação confirmada para 2017. Com James Gunn como
responsável mais uma vez (direção e roteiro). AVISO AOS NAVEGANTES: Como de praxe, há a famosa
cena pós-crédito, no caso duas. Mas nada que diga o que irá acontecer futuramente
e/ou mesmo dentro do universo dos Guardiões e dos Vingadores. Sendo na segunda,
temos a aparição de um velho conhecido do cinema dos anos 80. Ele é um pato. E
não é o Patolino e nem o Pato Donald.
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