Desde que surgiu para o mundo da música no começo dos anos 2000, Jack White sempre chamou atenção pela sua versatilidade tanto na guitarra como em outros instrumentos. Por exemplo, bateria e piano. Sem esquecer da sua genialidade ao compor canções como “I Felt in Love with a Girl” e “Seven Nation Army” com o White Stripes; “Steady As She Goes” ao lado dos The Racounteurs” e “Cut Like A Buffalo” no The Dead Weather, onde toca bateria e divide os vocais com Alisson Mosshart do The Kills.
Sempre ocupado nos projetos acima mencionados e depois de encerrar as atividades do White Stripes, Jack tem feito outros trabalhos como produtor em sua gravadora, a Third Man Records. Onde inclusive produziu o último álbum do godfather of grunge Neil Young, “A New Letter (2014)”.
Para
conhecer um pouco sobre a carreira de Jack White, leia o post sobre ele abaixo:
http://cyroay72.blogspot.com.br/2012/07/jack-white-o-homem-do-momento.html.
Voltando à sua carreira solo, temos “Lazaretto (2014)”. E mais uma vez, White atesta sua destreza musical.
Quando “Blunderbuss (2012)”, seu
primeiro disco solo, tinha uma influência clara do que foi feito em suas bandas
já citadas acima. Sempre como o blues do Mississipi como principal referência.
Desta vez, White opta por uma pegada mais pesada e rock’n’roll com uma boa
pitada de country music, sem deixar de lado o blues sujo que ficou
característico em seu som. Segue abaixo a analise de cada faixa contida em “Lazaretto”.
THREE WOMEN: Rock agitado. Trazendo o melhor do rock anos 70.
TEMPORARY GROUND: A country music reina, com direito a violino.
WOULD YOU FIGHT FOR MY LOVE: Balada com uma linda harmonia vocal.
HIGH BALL STEPPER (instrumental): Rock instrumental sujo e distorcido.
JUST ONE DRINK: Outra canção country. Destacando o clima para baile dançante.
ALONE IN MY HOME: Mais uma balada, o country no ar novamente. Doce e suave.
ENTITLEMENT: Balada country, com piano e vocais de apoio em destaque.
THAT BLACK BAT LICORICE: Blues rock que mescla os sons produzidos com o Dead Weather e os Raconteurs.
I THINK I FOUND THE CULPRIT: Jack faz experimentos na canção. Onde há o encontro entre o country e o blues. Criando uma atmosfera musical branca e preta.
WANT AND ABLE: Encerrando o disco, em clima de filme faroeste americano. Com som de corvos e Jack tocando um piano como se estivesse em um saloon no final do expediente.
O saldo final é positivo. Com Jack White mostra porque é um dos músicos mais talentosos da sua geração, em um dos melhores álbuns de 2014. Onde o blues sujo dos rios de Mississipi mais o puro country de Nashville com uma salpicada do melhor rock’n’roll dos anos 70, se cruzam perfeitamente.
Comentários
Postar um comentário