Como muitos sabem, hoje é o dia mundial do rock. O dia ficou marcado pela realização do concerto Live Aid, idealizado por Bob Geldof, para erradicar a fome na Etiópia. Sendo realizado simultaneamente em Londres (Inglaterra) e na Philadelphia (Estados Unidos) em 13 de julho de 1985. Este blog foi criado no mesmo dia, só que em 2011. E celebrando nosso terceiro aniversário, vamos discutir a presença do rock’n’roll na festa do Oscar. Onde alguns (e poucos) foram nomeados e /ou premiados com a estatueta. E como em muitas vezes, nem lembrados (injustiçados) pelos membros da Academia de Artes & Ciências Cinematográficas (Estados Unidos). Lembrando que a canção só pode ser indicada se for composta exclusivamente para o filme.
Não pode ser uma já feita anteriormente a ele. E / ou utilizada
em outra película. Voltando ao assunto, o Oscar de Melhor Canção está presente desde o inicio da cerimonia do Oscar em
1934. De lá para cá, quase todos os gêneros musicais passaram por lá desde o
bebop passando pelo auge dos musicais como “Ardida como Pimenta (1953)” e “Nasce Uma Estrela (1954)”; indo para o jazz com “Bonequinha de Luxo (1961)” e “Butch Cassidy & Sundance Kid (1969)”; e as baladas românticas em “Nosso Amor de Ontem (1973)” e na refilmagem do clássico “Nasce Uma Estrela (1976)”, com Barbra Streisand e Kris Kristofferson.
Já nos anos 80, o rock se fez presente com “Up Where We
Belong” interpretado pelo bom e velho Joe Cocker e a
cantora Jennifer Warnes, do filme “A Força do Destino (1982)”.
Onde inclusive ganhou a estatueta daquele ano e concorria com “Eye of The
Tiger” do Survivor de “Rocky III (1982)”.
Em 1984, foi a vez de Steve Wonder ganhar com “I Just Called to Say I Love You” do filme “A Mulher de Vermelho (1984)”. Superando os concorrentes Phil Collins em “Against All Odds (Take A Look At Me Now) no drama romântico “Paixões Violentas (1984)” e “Footloose" do musical "Footloose: Ritmo Louco (1984)” de Kenny Loggins.
Nos anos 90, tivemos como vencedores, sir Elton John com o desenho da Disney, “O Rei Leão (The Lion King, 1994)”. Que ganhou a estatueta por “Can You Feel That Love Tonight” e concorreu com “Circle of Life” e “Hakuna Matata”. E o “The Boss” Bruce Springsteen com “Street of Philadelphia” do filme “Philadelphia (1993)”. O primeiro filme a falar sobre a AIDS abertamente. Onde Tom Hanks levou o Oscar de Melhor Ator daquele ano.
Uma história engraçada sobre “Streets
of Philadelphia”. Bruce está
acostumado a compor canções de modo instintivo. Ou seja, quando tem vontade de
fazê-lo. Jamais por encomenda, como foi o caso. E no final, ele ficou
plenamente satisfeito. No começo dos anos 2000, os roqueiros fincaram seus
nomes na cerimônia. Com Phil
Collins levando o Oscar de Melhor Canção por “You’ll Be in my Heart” da animação
da Disney “Tarzan (1999)”.
O poeta Bob Dylan ganhou por “Things Have Changed” do filme “Garotos Incríveis (Wonder Boys, 2000)”. Em 2002, o rock bateu na trave, Sting com a canção “Until ... (Kate & Leopold, 2001)” e sir Paul McCartney com “Vanilla Sky” de “Vanilla Sky (2001)” perderam para “If I Didn’t Have You” de Randy Newman da animação Disney “Monstros S.A. (Monsters Inc., 2002)”.
Em 2003, tivemos uma virada nos conceitos da Academia. Com a vitória do rapper Eminem e a canção “Loose Yourself” do filme autobiográfico "8 Mile: Rua das Ilusões (8 Mile, 2002)”, sobre os irlandeses do U2 com “The Hands That Build America” de “Gangues de Nova York (2002)”; Paul Simon e a canção “Father & Daughter” do desenho “Os Thornberrys: O Filme (2002)”; e o nosso Caetano Veloso ao lado da cantora Lila Downs em “Burn It Blue” de “Frida (2002)”, entre os indicados.
Nos anos seguintes, tivemos Annie Lennox (Eurythmics)
levando a estatueta para casa com a canção tema do terceiro filme da saga do
anel, “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (The
Lord of the Rings: Return of the King, 2003)” chamada “Into
the West”. E tendo como adversários Sting (“You
Will Be My Ain True Love”), Elvis Costello e T-Bone
Burnett (“The Scarlet Tide”) ambas do filme “Cold
Mountain (2003)”, interpretadas por Alison Krauss.
Em 2004, tivemos uma pequena surpresa com o uruguaio Jorge
Drexler levando a estatueta com “Al Outro Lado del Rio”.
Sendo a primeira vez que uma canção em espanhol ganhou o Oscar de Melhor
Canção. Ela está no filme “Diários de Motocicleta (2004)” do brasileiro
Walter Salles.
Com isso, a Academia começou a repensar seus conceitos sobre a
premiação para canção original. Indo do tradicional ao alternativo com uma
variação pouco vista em qualquer tipo de premiação do gênero. Em 2008, tivemos
“Jai Ro” do multicultural "Quem Quer Ser um Milionário
(Slimdog Milionarie, 2008)" e em 2011, “Man or Muppet”
de “Os Muppets (The Muppets, 2011)”, por exemplo.
Seguindo isso, tivemos “I Need to Wake Up” de Melisa
Etheridge para o documentário “Uma Verdade Inconveniente (2006)”;
“Falling Slowing” da dupla Glen Hasard & Markéta
Irglova para o filme “Apenas Uma Vez (Once,
2007)” e “The Weary Kind” para o country movie “Coração
Louco (Crazy Heart, 2009)”. Que deu o Oscar de Melhor Ator
para Jeff Bridges.
Nos últimos anos, tivemos poucos indicados relevante. Destaque para “Skyfall (2012)” de Adele, vencedora daquele ano. Sendo a primeira canção tema para um filme da franquia do agente com licença para matar James Bond, “007: Operação Skyfall (007: Skyfall, 2012)”, a vencê-la.
E uma das maiores surpresas aconteceu na última cerimônia, onde a
canção “Let It Go” da animação “Frozen: Uma Aventura
Congelante (2013)” levou a estatueta para casa. Sendo que tinha como
concorrentes Karen O (Yeah Yeah Yeah) com “The Moon Song”
para o filme “Ela” de Spike Jonze e “Ordinary Love”
do U2 da cinebiografia de Nelson Mandela, “Mandela: Long
Walk to Freedom (2013)”.
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