Pular para o conteúdo principal

Visita À "EXPOSIÇÃO DAVID BOWIE"


Aproveitando o dia ensolarado de sábado (15/03/2014), este que vos escreve foi ao Museu da Imagem e do Som (MIS) da cidade de São Paulo, para ver a exposição do camaleão do rock David Bowie. Criada pela Organizada pela Victoria & Albert Museum (V&A, Londres), um dos mais importantes museus da área de design. Que teve acesso ao The David Bowie Archive para criar esta exposição única.

De inicio, não acreditei nas longas e demoradas filas. Infelizmente experimentei o pior dos remédios. Estando lá ao vivo e a cores, esperando mais de uma hora e meia para comprar o ingresso. E quando já com o ticket de entrada em mãos, me deparo com outra surpresa desagradável. Quatro lances de escada, que dão acesso à exposição, lotados e nova espera de trinta minutos.


Quando finalmente, adentro no saguão principal, recebo um dispositivo com fone de ouvidos (no melhor estilo ipod), que toca a música de Bowie a cada recinto onde há um item pessoal dele de acordo com o tema. Que são colocados em ordem cronológica.

Na entrada, temos o traje usado na tour de Alladin Sane e lá somos levados pela canção “Space Oddity” para itens referentes ao primeiro álbum homônimo de Bowie (“David Bowie, 1969”) com a versão em vinil, rascunhos de letras manuscritos por ele mesmo e posters como o do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)” do mestre Stanley Kubrick.


Indo mais a frente, temos a fase que Bowie começou a destacar. Onde se vê materiais promocionais, e como no espaço dedicado ao seu primeiro trabalho, para os discos “The Man Who Sold The World (1970)”, “Hunky Dory (1971)”, “The Rise & Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972)”, “Alladin Sane (1973)” e “Diamond Dogs (1974)”. Bem como os álbuns “Scary Monsters (and Super Creeps) (1980)”, “Earthling (1997)” até o mais recente, “The Next Day (2013)”. 

Junto aos trajes utilizados em cada álbum falado nas linhas anteriores. Onde temos o casaco com as cores da bandeira da Grã-Bretanha na capa de “Earthling”. Em meio a isso, temos a replica do “Verbasizer”. Um programa de computador criado pelo próprio Bowie junto a um amigo de San Francisco (EUA) que quebrava frases inteiras e as transformavam em palavras aleatórias. Fazendo com que se misturassem e se tornassem a base de letras variadas. Junto a um vídeo explicativo narrado por David se divertindo com o software.


Seguindo, temos o macacão usado no videoclipe de “Starman” junto a um monitor passando o mesmo. Ao lado, descemos uma escada onde se vê no teto, vários livros pendurados. Como “1984” de George Orwell, “Madame Bovary” de Gustave Flaubert e “Os Amantes de Lady Chartteley” de D.H. Lawrence, por exemplo.

DAVID BOWIE – STARMAN

Lá temos o traje usado na performance ao lado de Klaus Nomi no programa da TV americana Saturday Night Live em 1979 com a canção “The Man Who Sold the World”. Junto ao conceito pensado por Bowie para o disco “Diamond Dogs” a partir do romance utópico “1984” com rascunhos de desenhos e uma arte pensada para apresentações ao vivo.

DAVID BOWIE with KLAUS NOMI – THE MAN WHO SOLD THE WORLD

Já no piso abaixo, temos a carreira de Bowie no cinema e no teatro. Com um telão passando as principais sequências com sua participação, como na fantasia “Labirinto (1986)”, no musical “Absolute Begineers (1986)”, o filme de guerra “Furyo, em Nome da Honra (1983)”e a ficção cientifica "O Homem que Caiu na Terra (1976)". Como curiosidade, temos as sandálias usadas por ele no polêmico filme de Martin Scorsese, “A Última Tentação de Cristo (1988)”, quando fez Pôncio Pilatos. E posters dos filmes mencionados acima.


E sua atuação elogiada como “O Homem Elefante” nos palcos da Broadway nos anos 70. Indo mais adiante, temos os trajes e materiais usados nos shows de “Young Americans (1975)”, “Station to Station (1976)” e “Heroes (1977)”. Daí, chegamos à vestimenta usada no clip de “Life on Mars” com o mesmo rolando no monitor ao lado. Percorrendo a exposição, vê-se quadros de pintura a óleo feitos por David e o retratado foi um tal de James Osterberg, mais conhecido mundialmente com Iggy Pop. E um telefax (alguém se lembra?) do Rei do Rock Elvis Presley parabenizando o Thin White Duke pelo sucesso obtido com o álbum “Station to Station (1976)”.


DAVID BOWIE – LIFE ON MARS

Indo em direção à última sala de exposição, temos um telão em 360° com imagens de estúdio, shows, bastidores, entrevistas e sessões de fotografia, intercalados pelo som ambiente com as canções “Sweet Thing”, “Jean Genie” e "Rock'n'Roll Suicide". É quando o som vai para os fones dados na entrada com “Five Years”, “Rebel Rebel” e “Heroes”.

DAVID BOWIE – REBEL REBEL

O saldo final é positivo. Onde os itens da coleção estão bem expostos e o sistema de som impecável. A interatividade reina de forma primorosa. Como o próprio Bowie idealizava para a própria carreira até os dias de hoje.

DAVID BOWIE – THE JEAN GENIE

O ponto negativo fica para a má organização do MIS. Com a desculpa dada por eles, que o espaço da exposição estava superlotado e era necessário aguardar pessoas saírem para voltarem a vender ingresso. Bem como na entrada da mesma, onde o funcionário dizendo para a pessoa à minha frente que tinha que só podia liberar seu acesso, depois que determinado número de pessoas adentrassem ao espaço dedicado à exposição.

DAVID BOWIE – HEROES

Para saber mais, sobre a exposição, veja o link abaixo:


AVISO AOS NAVEGANTES: É proibido tirar fotos dentro do espaço da exposição. Sendo assim, tudo aquilo que você ver e ouvir têm que ficar muito bem guardado na memória. Ou adquirir o livro editado pela Victoria & Albert Museum (Londres) e traduzido para o português à venda na loja do MIS.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do ...

O Eterno Lex Luthor do cinema GENE HACKMAN (30.01.1930 - 17.02.2025 R.I.P.)

No último dia 27 de fevereiro (quinta-feira), o mundo do entretenimento foi surpreendido com uma noticia inimaginada. O corpo do ator Gene Hackman e de sua esposa Betsy Arakawa foram encontrados mortos em sua residência em Santa Fé (Novo México). A investigação inicial tinha como premissa um roubo seguido de morte, onde inclusive o cão do casal foi alvejado. Indo mais a fundo, descobriu-se que eles já haviam falecido a mais de nove dias. Mais tarde foi divulgado que o marcapasso no coração de Gene parou de funcionar no dia 17 de fevereiro. Hackman tinha 95 anos e Arakawa , 65 anos.  A investigação está em andamento pela polícia local.  Aposentado desde 2004, em sua última entrevista dada a Larry King disse que não tinha projetos futuros e acreditando que sua carreira como ator havia chegado ao fim na época. Mesmo assim deixou sua marca na sétima arte. ganhador de dois Oscar por Melhor Ator pelo thriller policial “ Operação França ” em 1971 e por Melhor Ator Coadjuvante pel...

"SING SING", Um Conto Real

Há um programa dentro do sistema prisional na terra do tio Sam chamado “ Rehabilitation Throught The Arts ”. Ele busca reabilitar homens presos através de atividades artísticas. Inspirando  Greg Kwedar a adaptar os livros “ The Sing Sing Follies ” de John H. Richardson e “ Breakin’ the Mummy Code ” de Brent Buell, ao lado de Clint Bentley , Clarence Maclin e John “ Divine G ” Whitfield . Este ultimo é interpretado por Colman Domingo (o Ali da série HBO “ Euphoria , desde 2019”) e Kwedar assume a cadeira de diretor em “ Sing Sing (2024) ”.  Com Divine G a frente dos presidiários para atuarem numa peça teatral dentro da instituição que dá título à película. Ao lado deles , homens que cumpriram suas penas e participaram do programa. E hoje trabalham nas comunidades que cresceram. Como Clarence “ Divine Eye ” Maclin , David “ Dap ” Giraudy e Mosi Eagle por exemplo. Se junta ao elenco, Paul Raci que faz Brent Buell.  Eles nos trazem um relato sobre homens que buscam ...