Estamos
chegando ao final do festival Lollapalooza no Jockey Club da
cidade de São Paulo. Com shows de Wehbba, Baia, Lirinha & Eddie,
Vivendo do Ócio, Wannabe Jalva, Database, Red Oblivion, Mixhell, Vanguart,
Felguk, Rusko, Hot Chip, Major Lazer e Kaskade. Segue abaixo o relato
dos principais shows.
REPÚBLICA: Trouxe o seu trash metal ao
festival. Fazendo versões matadoras de “Killing in the Name” do Rage
Against The Machine e “The Number of the Beast” do Iron
Maiden e canções próprias como “Life Goes On” e “Dark
Road”.
FOALS: Terceira vez
no Brasil (vieram em 2008 & 2011 com o Red Hot Chili Peppers), a banda
indie inglesa trouxe seu som pop rock dançante para o festival. O vocalista Yannis
Philippakis anda pelas estruturas do palco montado na arena de um lado
para o outro. Com canções que agitaram a galera como “Baloons”, “Olympic
Airways”, a nova “My Number”, “Blue Blood”, “Late
Night”, “Spanish Sahara”, “Red
Socks Pugie”, “Inhaler” e com “Two
Steps Twice” encerrando o show e o baterista Jack Bevan indo
à frente do palco para puxar palmas do público e acompanhar o ritmo dela.
PUSCIFER: Mais um projeto do líder do
Tool, Maynard James Keenan, no palco do Lollapalooza. Ao contrário
do A PERFECT CIRCLE, o show tem um tom mais rock
industrial eletrônico com Keenan servindo taças de vinho aos
membros da banda e no meio da apresentação, Eddie Vedder surge
para tomar um gole da garrafa e brinda-los. No repertório, as canções “Tiny
Monsters”, “Vagina Mine”, “Toma”,
“The
Rapture”, “Rev 22:20”, “Dear Brother”, “Breathe”,
“Man
Overboard”, “Telling Ghosts” e o encerramento
com “The Undertaker”.
KAISER CHIEFS: A banda inglesa já agita o festival com “Never Miss A Beat” e “Everything is Average Nowadays”. Em “Kinda Girl You Are”, o vocalista Ricky Wilson brinca com a câmera do canal Multishow. “Na Na Na Na Naa”, o público canta junto à banda o refrão. Ricky fala em português e agradece o convite para tocar no festival e já emenda “Little Shocks”, “Living Underground” e “Everyday I Love You Less & Less” com Ricky correndo de um lado para outro do palco. O ska de “Good Days, Bad Days” acalma os ânimos. “Modern Way” e em “The Angry Mob”, Ricky anda no meio do galera e sobe na estrutura central. Segue com a nova “You Got the Nerve”. “Ruby”, o público canta e agita junto ao grupo. “I Predict A Riot”, Ricky sobe na estrutura lateral do palco. “Oh My God”, fecha com chave de ouro, o show dos Kaiser Chiefs.
THE HIVES: Numa apresentação energética, a banda sueca surpreendeu a todos e deixou o público aquecido para o show de encerramento do Pearl Jam. Com todos vestidos de fraque, o vocalista Howlin’ Pelle Almqvist e grupo fizeram da sua performance o mais puro rock’n’roll com as canções “Main Offender”, “Die, All Right” e “Go Right Ahead”. “Hate To Say I Told You So”, seu maior sucesso levantando poeira da arena. O encerramento é com “Tick Tick Boom”.
PLANET
HEMP: O show no Lollapalooza foi
o encerramento da turnê que reuniu a banda para comemorar os 20 anos de
carreira e foi marcado pelo tom de alegria e tributo na canção “Samba
Makossa” da Nação Zumbi, homenageando Chico Science,
Bezerra da Silva e Chorão (Charlie Brown Jr.) e Skunk, membro fundador do
Planet Hemp. E contou com os maiores sucessos da turma de Marcelo D2
& BNegão como “Legalize Já”, “Queimando
Tudo”, ”Ex-quadrilha da
Fumaça” e fechando a apresentação com “Mantenha o Respeito”.
PEARL JAM: Na sua terceira passagem pelo país (2005 & 2011), o PJ fez uma apresentação do mais puro rock’n’roll. Ela começa com Eddie Vedder subindo ao palco e cumprindo o público com um “Olá, São Paulo” e já emenda “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”. O que parecia ser um show mais calmo. Ledo engano. A banda já emenda a rápida “Why Go Home”. Seguida do riff de “Interstellar Overdrive” do Pink Floyd que foi a introdução perfeita para “Corduroy”. Daí, temos “Comatose”. Eddie tentando falar em português e dizendo em inglês que ele é “shit (ou merda, traduzindo)”, deseja uma ótima noite de domingo de páscoa a todos os presentes e o ovo de chocolate que o PJ oferece é a canção “Olé”. O show volta a esquentar com “Do The Evolution”. É hora para os casais dançarem juntos com “Wishlist”. Segue com “Got Some” e em “Even Flow”, a arena montada no Jockey vem abaixo. É o momento para as baladas com “Nothingman”, “Insignificance” e “Daughter”.
Com a guitarra em punho, Eddie começa a dedilhar “World Wide Suicide”. Eddie lembra que o PJ está gravando um disco novo e o convite para tocar aqui no Brasil foi uma benção e já emenda o clássico “Jeremy” onde todos cantam junto ao grupo. Fecham a primeira parte com “Unthrought Known”, “State of Love & Trust” e “Rearviewmirror”. Depois de cinco minutos de pausa, o grupo volta e Eddie vai ao microfone dizendo em português: “Obrigado, São Paulo, por respeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso é muito importante”. É a deixa para “Given To Fly”. Seguem com as baladas “Better Man” e “Black”.
Eddie continua a conversar com as pessoas e diz que quando toca no Brasil, sempre lembra do seu amigo Joey Ramone e que a próxima canção é dedicada a ele, Johnny & Dee Dee, ou seja, o clássico Ramone “I Believe in Miracles”. Dai vem “Go” e a canção que todos esperavam, “Alive”. Cantada em uníssono e deixando todo o grupo espantado como ela emociona o público brasileiro. Com a cover do The Who, “Baba O’Riley”, onde Eddie distribui pandeiros para aqueles que estão próximos ao palco e “Yellow Leadbetter”, fecham a última noite do festival com sentimento de dever cumprido.
A destacar
como o PJ cresceu musicalmente, onde cada um se destaca em seu
instrumento de trabalho. O virtuosismo de Mike McCready nas
seis cordas, o baixo pulsante de Jeff Ament, a precisão e
habilidade de Matt Cameron nas baquetas e peles, Stone
Grossard na guitarra base regendo a banda como ninguém e a voz
poderosa de Eddie Vedder. Sem deixar de mencionar, Boom
Gaspar como convidado especial nos teclados.
Muito bom!!!#
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