Estreando neste final de semana, temos “Hitchcock (Hitchcock, 2012)” dirigido pelo estreante Sasha Gervari. O filme não é biografia sobre o cineasta, é na verdade um conto sobre os bastidores e as filmagens de seu maior sucesso na telona, “Psicose (Psycho, 1960)”. Como Alfred Hitchcock, temos o Hannibal Lecter Anthony Hopkins e sua esposa Alma Reville, a rainha Helen Mirren.
A película começa com ele em seu escritório nos estúdios da Paramount, pensando qual será seu novo projeto cinematográfico, já que está sem ideias sobre o que filmar. Auxiliado pela sua secretária pessoal Peggy Robertson (Toni Colette da série “United States of Sara, 2009”), Alfred precisa arranjar algo senão irá enlouquecer a todos a sua volta. Pois o sucesso de seu último filme “Intriga Internacional (1959)” já começava a pesar sobre seus ombros.
Até que surge o livro “Psicose” sobre o assassino serial Ed Gein (Michael Wincott) que foi a inspiração original para o filme. O projeto já existia, mas nenhum estúdio queria faze-lo pelo teor da história, muito pesada para os padrões da época. Hitchcock fica maravilhado por ela e quer filma-la de qualquer jeito. Por contrato, deve um filme para os estúdios Paramount, porém seus executivos o recusam. Fazendo com que Hitchcock hipoteque a casa para conseguir dinheiro para financiar a filmagem de “Psicose”.
Com ajuda de seu empresário Lew Wasserman (Michael Stuhlbarg de “MIB: Homens de Preto 3, 2012”) faz um acordo com o estúdio onde ele tem o controle absoluto sobre o filme, a Paramount faz a distribuição e exibição pelos Estados Unidos. Em meio a isso, seu casamento está em crise. Alma sempre ajudou Hitchcock, pois tem experiência como revisora de roteiros, foi assim que se conheceram e casaram. Ele preocupado demais em fazer “Psicose” e ela se interessando por Whitfield Cook (Danny Huston de “O Resgate, 2012”), escritor e roteirista em ascensão no meio cinematográfico.
“Hitchcock” mescla bem esses momentos mais pessoais da vida do casal e as filmagens de “Psicose” onde temos a bela Scarlett Johansson (a Viúva Negra dos “Vingadores, 2012”) como Janet Leigh, Jessica Biel (“O Vingador do Futuro, 2012”) faz Vera Miles e James D’arcy (“W/E, 2011”) é Anthony Perkins, surpreendente a semelhança física entre eles.
Destaque para o trabalho da equipe de maquiagem. Muito tem se falado sobre a maquiagem feita em Hopkins para se parecer com Alfred como uma caricatura, ao contrário do pareceu para este que vos escreve, ela está excelente. A reconstituição de época, a fotografia e os figurinos estão impecáveis. Assim como a química do casal formado por sir Anthony Hopkins e Helen Mirren, onde sua sintonia rege o filme. Balanceando os momentos de drama, comédia e suspense gerado pela tensão nos bastidores da produção de “Psicose”.
O clímax da película é quando Hitchcock prepara uma estratégia para lança-lo nas salas de cinema, pois a Paramount não gostou do filme e não quer fazer muito estardalhaço sobre ele. Assim cria uma cartilha para os donos dos dois cinemas que iram exibir “Psicose”. Onde há um suspense crescente sobre o mistério do filme até a clássica cena do chuveiro.
Em que
temos o tema musical criado por Bernard Hermann em que cada nota é regida pelo
próprio Hitchcock de acordo com a reação do público durante a sequência. “Hitchcock”
presta uma bela homenagem ao mestre do suspense. Assim como “O Artista” e “A Invenção de Hugo Cabret” fizeram no ano de 2011 para sétima arte.
Para aqueles saudosos do “Karate Kid”
Ralph Macchio, ele faz uma
participação especial como o roteirista de “Psicose”,
Joseph Stefano.
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