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"MILLENNIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES ..." David Fincher supera a versão original


A adaptação da primeira parte da trilogia literária “Millennium: Os Homens Que Não Amavam as mulheres” de Stieg Larsson (1954 – 2004) para a grande tela com o diretor David Fincher, de “Se7en – Os Sete Pecados Capital (1995)” e “A Rede Social (2010)”. Com direito à abertura no melhor estilo 007. Não é a primeira versão para o cinema, temos que contar a versão sueca de 2009 e estrelada por Noomi Rapace (que está em “Sherlock Holmes: O Jogo de Sombra, 2011”). Muito boa por sinal, mas que perde para a versão de Fincher. Rica em detalhes na história como também em termos de produção. Essa é a principal diferença entre elas. A comparação entre as duas produções é inevitável. A versão de 2009 tem como destaque o excelente elenco europeu contando a história da hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist.


O filme começa com o jornalista interpretado pelo James Bond Daniel Craig (em uma das suas melhores atuações) enfrentando um processo contra um alto executivo sueco que o acusou de difamação por causa de uma matéria sua na revista em que administra, a Millennium. Em meio a isso, surge o magnata sueco Henrik Vanger, interpretado pelo veterano Christopher Plummer (o capitão von Trapp de “A Noviça Rebelde, 1965”) que o incumbi de desvendar o mistério do desaparecimento da sua sobrinha-neta Harriet, há mais de 40 anos.


Para o papel de Lisbeth temos Rooney Mara (a namorada de Mark Zuckerberg no filme de Fincher, “A Rede Social, 2010”) que trabalha como detetive particular para uma agência de investigação. Com hábitos inusitados, reclusa e com seus traumas de infância como abusos sexuais quando criança. Destaque para o visual radical da personagem e atuação marcante de Mara que justifica sua indicação para o Oscar de Melhor Atriz deste ano. Juntos, eles tentam desvendar esta trama cheia de mistérios, surpresas e revelações sobre a família Vanger e seus descendentes. Destaque também para desempenho de Stellan Skarsgard (o Bootstrap da franquia “Piratas do Caribe”) como Martin Vanger, herdeiro do império da família.


Fincher acerta em filmar a película no norte da Suécia destacando a fotografia local com toda sua frieza em tons acinzentados e azulados graças ao diretor de fotografia Jeff Cronenweth e a edição primorosa feita por Angus Wall & Kirk Baxter que fazem às duas horas e 38 minutos passarem voando. Sem deixar de mencionar a excelente trilha de Trent Reznor & Atticus Ross, ganhadores do Oscar de Melhor Trilha Sonora Musical no ano passado. 

Todos seus parceiros em “A Rede Social”. E mais a excelente adaptação de Steven Zaillian, roteirista de “A Lista de Schindler (1993)” de Steven Spielberg e “As Gangues de Nova York (2002)” de Martin Scorsese. Mostrando assim que David Fincher é um dos melhores cineastas da sua geração. Nada mal para quem começou como estagiário na Industrial Light & Magic de George Lucas e teve seu nome nos créditos de “Star Wars – Episódio VI: Retorno do Jedi (1983)” e “Indiana Jones & O Templo da Perdição (1984)”.

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